quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Relatos de um professor: Quando os sonhos se mostram em sala

(O colaborador Kauê Vinícius traz reflexões sobre sala de aula)

Relatos de um professor:  Quando os sonhos se mostram em sala

Buscando relacionar história social e cultural com produção de artes visuais, tentei junto aos meus alunos algo inusitado. Diante do breve século XX, que deixou rastros da lógica imperialista em guerras cuja monstruosidade está presente ainda hoje, apresentei a eles as bases teóricas do movimento surrealista para que a criatividade pudesse ser exercitada.  Para tanto, direcionei a aula da exposição para o diálogo sobre os sonhos. A partir dos relatos de cada sonho buscamos reproduzi-los em gênero surrealista para futura exposição. Monstros, voos, animais bizarros, situações esdrúxulas se fizeram em papeis e em imaginação.
A partir disto defendo que ensinar e aprender história não se resume a decodificar palavras, interpretar textos e contextualizá-los, mas também e, sobretudo, usar da imaginação para fomentar criações e transformações possíveis. Assim como disse André Breton, os sonhos são tão importantes quanto a realidade da vigília, não devemos ignorá-los.

(Por Kauê Vinícius)

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