Crônicas de um pai: desmontar a estante
A estante não ocupa mais a parede na qual viveu os últimos anos, os livros e os interesses, por ora, estão esparramados no chão. Aguardam nova parede e prateleira para que vivam. Fazer isso acaba por colocar em movimento a sua história, escancara memórias, revive situações. Os últimos anos de minha vida pulam ruidosos e saudosos. Todos os homens que eu fui, tudo quanto li e escrevi, tudo ali, empilhado. Era necessário fazer isso, não há espaço para um berço.
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