quinta-feira, 13 de junho de 2019

Santos Dumont (3): O Balão Brasil

Santos Dumont (3): O Balão Brasil

O jovem Dumont, emancipado pelo pai e com recursos que lhe permitiam viver, estudar e contratar serviços na cidade de Paris,
preparava-se para voar. A Paris dos primeiros anos do século XX tinha os céus povoados de balões, era possível alugar balões
e realizar passeios. O jovem Dumont chegava encantado com a literatura de Júlio Verne e julgava que encontraria sociedade que
comungava das mesmas expectativas, logo percebeu que Verne era notável romancista e havia distância considerável entre a narrativa
do mundo de máquinas submarinas e aeronátucas descritas por Verne e o mundo real de oficinas e de experimentos.
Deu-se conta de que havia muito trabalho para que os voos fossem populares e seguros. Graças aos recursos que trazia começou os seus estudos.
Balão Brasil foi a sua primeira criação. Logo estranhou-se com os fabricantes da época. Era possível contratar a fabricação de balões, todavia,
logo os fabricantes perceberam que Santos Dumont era estudioso e não tinha medo de refazer e recriar as suas ferramentas, conceitos e projetos. Preparou-se,
estudou e pediu que lhe construíssem o Brasil. Rompeu regras estabelecidas e encomendou balão de dimensões tão pequenas que muitos
recusaram-se à fabricação, afirmavam que o balão não voaria. Outros, o ridicularizaram, viam o diminuto balão como exotismo do
jovem brasileiro.

(continua)

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