terça-feira, 25 de junho de 2019

Crônicas de um pai: cacá, homenagem

Crônicas de um pai: cacá, homenagem

sou grato, imensamente grato. quando chegou em nossa casa, confesso, mal nos falamos.
fui negligente ao deixá-la sozinha e abandonada em um canto da casa. estava atarefado com
outras coisas, não lhe dei o devido valor. 
dois anos e oito meses depois, eu me rendo. reconheço a sua sabedoria de gestos e de silêncios. sou grato pela paciência e carinho enormes que reservou para a nossa filha. outrora, você acompanhou a mãe de lulu na adolescência, não faz muito, mas hoje você reverencia outro membro da família.
não é possível falar de lulu sem falar de cacá, são gêmeas. inseparáveis nas reinações, infinitos os cuidados (nos últimos dias cacá usou mais o termômetro do que qualquer outro membro da casa no último ano). 
cacá revelou-se a primeira grande parceira. os braços, sim, aquela doce e suja figura tem braços que nossa filha adora torcer enquanto mama ou pouco antes de adormecer.
lulu sabe que sua amiga precisa de banho e aprendeu que cacá usa a máquina de lavar para os seus banhos. ainda fica impaciente quando encontra a ovelha pendurada no varal e se põe a gritar: 'socorro, a cacá tá presa'. depois e toda sorrisos e a mostra a todos dizendo que sua ovelha está 'perfumada de banho'.
grato cacá!

Nenhum comentário:

Postar um comentário