sexta-feira, 3 de março de 2017

Crônicas de um pai: sentir-se alguém

Crônicas de um pai: sentir-se alguém

A casa desperta de forma diferente, preguiça e sorriso são pares. Resmungos de quem busca o peito para mamar ao mesmo tempo em que deseja saber se tudo está no lugar em que deixou antes de dormir. Satisfeita encontra  jeito para acompanhar o café da manhã da mãe. Os primeiros minutos do dia  foram ensaiados pelos pais, Maria Luíza percebe, há uma coreografia, que, aqui ali e ali comporta variações. A mãe parte para a sua jornada diária, eu e minha pequena temos que buscar o sono dos minutos que antecedem a saída para a escola. Inquieta, fomos ao quintal, dar bom dia a todos. Ela vê o quintal molhado pela primeira vez e fica ali tentando entender. As plantas verdes verdes colorem o quintal e acenam para a minha pequena. O sono chega devagar e ela adormece linda.

Dormiu calma. Ao chegarmos ao berçário ainda dormia, apenas ao retirá-la do carro ela despertou.

Já no colo da berçarista que nos recebeu, cochichou com os olhos para mim que queria mais do quintal molhado.

(Eu que ando desconcertado com a fase grude mãe e filha, me senti alguém no mundo dela. Beijo!)

Nenhum comentário:

Postar um comentário