quarta-feira, 29 de março de 2017

Crônicas de um pai: coreografia da manhã

Crônicas de um pai: coreografia da manhã

As manhãs são únicas, passear pelo quintal e dar ouvidos aos pássaros, sentir a luz do sol preguiçosa se esparramando, tudo permite perceber o milagre que nos cerca.

No entanto, o relógio trabalha. Urge coreografar a manhã, sem prévios ensaios definir marcas e ações que pai e mãe executam à maestria. Bolsa e seu conteúdo, atualização da agenda do bebê, troca de fraldas, mamadeiras, café da manhã dos pais - xiiii! o pão acabou - lanche para enfrentar a jornada, calça lavada, cartão de ônibus. Há posições, marcas e bolsos para tudo. O tempo urge.

Staccato triplo!!!

Quando pai e mãe terminam a sua coreografia estão exauridos e o dia mal começou; respiram fundo, despedem-se, trocam dedos e dizem até mais!
Levam o sorriso trocado com carinho. No mundo para o qual vão espalham caras e bocas, pássaros e sóis das primeiras horas do dia, isso lhes bastará para atravessar e retornar ao seu solar.

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