quarta-feira, 25 de julho de 2018

Crônicas de um pai: O Zoológico

Crônicas de um pai: O Zoológico

Dia desses passeamos no Zoo. A coleção de animais conhecidos foi alargada e eu e Vany tivemos a chance de passear longe do caos da cidade. Maria Luíza combinou alegria e decepção. Não é de hoje que fico intrigado com a representação de animais, de forma particular, as maneiras como os estampamos e os apresentamos para as crianças.

Ursos e coelhos, galinhas e gatos, muitas vezes estão longe dos modelos reais, parecem corresponder a certo imaginário e repertório de livros de imagens. Luíza domina bem as passagens, reconhece cães e gatos, galinhas e pássaros sem grandes dificuldades; anda encantada com as formigas que marcham pelo seu quintal e grita de felicidade ao descobrir uma anãnô (aranha). Da ilustração e do boneco ao mundo real nossa filha não enfrenta grande dificuldade, exceto por dois animais: jacarés e ursos.

Na semana última jacarés passaram a ser imitados em nossa casa. Punhos juntos e as palmas da mão abrindo e fechando são a maneira de nossa filha chamá-lo tudo acompanhado do nome perfeito do bicho: jacaré. Lulu o conheceu pessoalmente, mas não ficou empolgada, decepcionou-se com o jacaré de verdade. Encantou-se e aplaudiu apenas o jacaré que aparecia estampado em lata de lixo. Eu a vi correr e quando me dei conta ela queria me mostrar o jacaré que decorava e informava aos usuários o tipo de lixo a ser recolhido. 'Aqui, papai, olha o jacaré!'.

Os ursos, de igual maneira, nada lembram os que ela conhece em livros e bonecos. Encantou-se mesmo com macacos e girafas, araras e tamanduás. Bem parecidos com os animais que ela já conhece. 'O que é aquilo, mamãe?!', 'É uma anta brincando na água!', 'êba!, vamos brincar na água com a anta, mamãe?!'.


Nenhum comentário:

Postar um comentário