terça-feira, 10 de julho de 2018

Crônicas de um pai: eu perguntei e ela me respondeu

Crônicas de um pai: eu perguntei e ela me respondeu

Eu arrumava os parafusos que comprei na quinta última, pensava mesmo que o feriado seria o dia de montar a estante planejada. Razões várias adiaram o projeto de uma estante para guardar os brinquedos, facilitaria a vida de Maria Luíza e a nossa; praticidade e arrumação eram a nossa meta.

Lá estava eu domingo pela manhã separando e guardando as ferragens que usaria quando ouvi vozes. Acreditei que Maria me chamava, caminhei na direção de seu quarto e quando próximo perguntei: 'Alguém me chamou?' Lulu, de pronto, respondeu: 'Chamei'. Aos 20 meses e 10 dias ela estava fagueira e serelepe, sábia que eu estava de pé e pedia a minha presença.

Lulu tem uma maneira própria de avisar que eu já estou acordado, ela levanta o indicador e diz 'óó!!' Ela sabe reconhecer os ruídos, ouve com atenção os passos dos moradores de sua casa. Acompanha tudo com atenção e dedo alerta. 'Então meu pai está reinando no quintal junto às ferramentas e aos parafusos e não me levou? Venha me buscar, papai! Quero brincar com o alicate e a chave sextavada, quero pescar parafusos com a ponta magnetizada da chave de fenda!! Venha logo!'

Por ora, ela não me disse tudo isso, foi apenas o 'chamei', mas não duvido que até o final de semana próximo a frase tenha crescido em complexidade, a atitude e o gesto já estão ali, agora faltam apenas um ou outro nome. Falta pouco.

(Eu e Dona Vany não estamos preparados, mas estamos nos divertindo)

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