sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Crônicas de um pai: o meu primeiro Dia dos Pais (o Dia)

Crônicas de um pai: o meu primeiro Dia dos Pais ( o Dia)

A escolinha mandou recados para a mãe, precisavam de não sei o quê do pai. Sim, assim, mesmo, a mãe decidiu que guardaria segredo, diz desdizendo e eu fico a ver navios.
Maria vive a resmungar comigo, ela está na fase em que a mãe é tudo. Lembra-se de mim apenas umas poucas vezes, no mais tudo passa por Vany.
É fato que Maria não tem idade, certamente não se lembrará do seu primeiro Dia dos Pais. Eu jamais esquecerei.
Olharei em seus olhos e agradecerei a sua presença em minha vida, ela virará para o lado a buscar pela sua mãe.
Eu a abraçarei e lembrarei de minha vida e de meus pais, intimamente apresentarei a neta que lhes dei; Maria insistirá que não deseja ficar no colo, quer ganhar o tapete e depois o cômodo que está além da porta.
Eu a erguerei acima de minha cabeça pedindo que abra as braços e estique as pernas para que possa dar o seu primeiro voo, Maria insistirá em sorrir, nada de voar, apenas sorrir como se todo o seu mundo estivesse ali.
Eu me voltarei para a mãe que insiste em colecionar lágrimas de alegrias e Maria resmungará dizendo que está farta de ficar no sofá e deseja caminhar; dirá em sua linguagem que engatinha para trás e quer que nos a conduzamos para frente.
Ela não se lembrará de nada disso, não se lembrará do primeiro Dia dos Pais, ela só quer ser e sorrir, comer e acarinhar à sua maneira frágil e doce, ranheta e encantadora.
Eu me lembrarei, insistirei com minhas memórias para nada perder do Dia que Maria ainda não conhece.

beijo, feliz Dia!

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