quarta-feira, 27 de junho de 2018

Crônicas de um pai: revistaria do Mustafa e da Marise

Crônicas de um pai: revistaria do Mustafa e da Marise

Ontem ao cair da tarde, depois da padaria, Maria Luíza passeou na revistaria do bairro. Contei-lhe que meu primeiro 'emprego', se posso chamá-lo assim, foi em uma banca de jornais. Era pequeno e não sabia ler, meu trabalho era entregar os jornais que os leitores pediam. Folhas e diários estavam todos enfileirados e eu os retirava da ordem para entregá-los. Apesar de não saber ler, sabia distinguir os desenhos das letras. Meu pagamento? Sim, recebia muito bem pelo meu trabalho. Podia folhear e devorar quantos gibis houvesse nas prateleiras. Deveria tratá-los com cuidado e, depois, levá-los de volta ao lugar certo. (De quando em quando podia levar um gibi para casa).

Maria Luíza encantou-se com as prateleiras da revistaria do Mustafa e da Marise e reconheceu alguns dos personagens que a acompanham. Encontramos a Môinca, assim mesmo, há ditongo em sua linguagem. Deu olá a Dona Galinha, que agora, é galinha mesmo, cocó é coisa do passado. Divertiu-se e ganhou afagos. A revistaria de hoje é maior do que a banca de jornais nas quais reinei. Lulu tem pela frente um mundo inteiro e estarei ao seu lado para matar a sede de coisas legais. 'Olhaaaa!!!'

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