Crônicas de um pai: vigília
Ao pé do seu berço aguardo para ouvir a sua respiração.
Aguardo para saber do seu sono e de sua dor. Disseram que apesar da fratura você
parecia disposta, parecia pronta para brincar. Estou ao pé do seu berço. Perdi
a conta do quanto caminhei pela casa atento aos ruídos. Nada de resmungos, nada
ainda.
Por fim, você despertou para a primeira mamadeira da madrugada.
Aproveitei e troquei as suas fraldas e lhe dei roupa apropriada para a
madrugada fria. Enganei-a para que tomasse o remédio e começamos nossa
negociação para uma noite de sono. O gesso pesava e a deixava incomodada, não
lhe dava os movimentos aos quais já estava acostumada. No mais, o milagre que nasceu
em nossa casa não dava sinais do seu contratempo. A negociação foi longa, deu-se
por concluída às 3:30 da manhã, ela não desejava ficar
sozinha, pedia calor e afago. O pequeno anjo dorme. Beijos, estou ao pé de ti!
Nenhum comentário:
Postar um comentário