sexta-feira, 30 de março de 2018

Crônicas de um pai: vigília


Crônicas de um pai: vigília

Ao pé do seu berço aguardo para ouvir a sua respiração. Aguardo para saber do seu sono e de sua dor. Disseram que apesar da fratura você parecia disposta, parecia pronta para brincar. Estou ao pé do seu berço. Perdi a conta do quanto caminhei pela casa atento aos ruídos. Nada de resmungos, nada ainda.
Por fim, você despertou para a primeira mamadeira da madrugada. Aproveitei e troquei as suas fraldas e lhe dei roupa apropriada para a madrugada fria. Enganei-a para que tomasse o remédio e começamos nossa negociação para uma noite de sono. O gesso pesava e a deixava incomodada, não lhe dava os movimentos aos quais já estava acostumada. No mais, o milagre que nasceu em nossa casa não dava sinais do seu contratempo. A negociação foi longa, deu-se por concluída às 3:30 da manhã, ela não desejava ficar sozinha, pedia calor e afago. O pequeno anjo dorme. Beijos, estou ao pé de ti!

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