terça-feira, 13 de março de 2018

Crônicas de um pai: o caso do filtro de água


Crônicas de um pai: o caso do filtro de água

Depois de um certo tempo a comunicação entre os pais e a bebê-quase menina estava bem estabelecida. A delicada trama combinando linguagem e sinais deu a Maria Luíza capacidade de expressar o que está vivendo. Tudo caminhava bem até que ela apontou para o filtro de água e eu e Vany enfrentamos o inesperado. Apesar de ter a sua própria caneca para beber água, ela há muito prefere as nossas. Ela apontava para o filtro e reforçava a sua necessidade de água. Parecia simples, logo veio a primeira recusa de Maria. Ela não queria. Nova tentativa para ter certeza de que não era água e uma vez mais ela virou o rosto. Ela insistia e apontava para o filtro quando decidimos entregar-lhe a caneca. Maria a tomou satisfeita e em seguida aproximou-se da torneira do filtro para buscar o que desejava. Queria não apenas água ela deseja servir-se. Outro dia mal abria os olhos para mamar, agora dá conta do sentido e do lugar de um filtro de água. É claro que mal tocava a sua boca de bebê-quase menina na caneca e já a esticava para pegar mais água. Maria dividia a sua satisfação de tomar água sozinha com o conhecimento da mecânica do filtro. Fácil imaginar que no final a caneca ameaçava transbordar com tantas repetições da operação. Maria Luíza está contente com as suas descobertas e habilidades, estou certo que quando for preciso ela saberá saciar a sua sede.

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