sexta-feira, 30 de março de 2018

Crônicas de um pai: vigília


Crônicas de um pai: vigília

Ao pé do seu berço aguardo para ouvir a sua respiração. Aguardo para saber do seu sono e de sua dor. Disseram que apesar da fratura você parecia disposta, parecia pronta para brincar. Estou ao pé do seu berço. Perdi a conta do quanto caminhei pela casa atento aos ruídos. Nada de resmungos, nada ainda.
Por fim, você despertou para a primeira mamadeira da madrugada. Aproveitei e troquei as suas fraldas e lhe dei roupa apropriada para a madrugada fria. Enganei-a para que tomasse o remédio e começamos nossa negociação para uma noite de sono. O gesso pesava e a deixava incomodada, não lhe dava os movimentos aos quais já estava acostumada. No mais, o milagre que nasceu em nossa casa não dava sinais do seu contratempo. A negociação foi longa, deu-se por concluída às 3:30 da manhã, ela não desejava ficar sozinha, pedia calor e afago. O pequeno anjo dorme. Beijos, estou ao pé de ti!

quinta-feira, 29 de março de 2018

Crônicas de um pai: a asa quebrada do meu anjo

Crônicas de um pai: a asa quebrada do meu anjo

Ao anoitecer estávamos no hospital para radiografias, a asa, digo, o punho esquerdo da pequena Maria estava fraturado. Caminhar pelos corredores, aguardar e ouvir o diagnóstico foi desconcertante. Julguei-me livre daqueles corredores, agora aguardava ao lado de Vany na sala de gesso. A pequena asa seria imobilizada, antes disso Maria cativou e ganhou sorrisos daqueles que aguardavam a sua vez de vestirem o gesso branco. Aos poucos a ansiedade e o nó na garganta deu lugar à certeza de que o pequeno anjo, melhor do que todos, dava lições a respeito da superação. O pequeno anjo de asa quebrada repousa em seu berço, ressona e conversa sobre o que está por vir, medita no que fará durante a sua recuperação. O céu a aguarda.

terça-feira, 27 de março de 2018

Crônicas de um pai: dicionários

Crônicas de um pai: dicionários

Dicionários e enciclopédias eram mundos encantados. Lembro-me de uma edição do Lello Universal em dois volumes - gigantescos - que me auxiliaram muitas vezes em minhas tarefas de escola. O mundo que escapava do meu alcance estava ali, colocado em meu colo pelo Sr. Benedito de Moura. Verbetes, ilustrações, capitulares e a certeza de que eles sempre tinham algo mais para me mostrar. Os volumes nasceram, acreditava, noutro mundo, distante e virtuoso. Eu era um menino. À mesma época lembro-me de ouvir minha mãe e a tia Lídia, certa vez, a conversar sobre dicionários, é minha memória mais antiga do assunto. Minha mãe dizia que eu lhe fazia perguntas e que ela não sabia respondê-las, tia Lídia sugeriu um dicionário para o problema da irmã. Dias depois, dicionário encapado de um quadriculado branco e verde foi me dado de presente, pertenceu aos meus primos e agora era a minha ajuda para descobrir mais. Meu primeiro dicionário. Ando às voltas com isso para contar-lhe, minha filha, que você já tem um dicionário. É pequeno e adequado ao tamanho de seus dedos ágeis e molhados. Sei que é cedo, mas apaixonado que sou pela beleza desses volumes não resisiti. Mais tarde, em nossa biblioteca você encontrará outros, descobrirá as nossas edições do Caldas Aulete, do Elucidário de Viterbo, do Laudelino Freire da José Olympio - aquele que dicionarizava nomes que o Mário de Andrade rabiscava -, do Houaiss, do Aurélio Buarque e dos dicionários ilustrados da Melhoramentos. É pena que com o passar do tempo dei-me conta de palavras e verbetes que falam de nossa barbárie e dor, mas olhe com atenção minha filha há mais palavras bonitas do que feias.

Crônicas de um pai: a arte perfeita de trocar fraldas de uma bebê-quase menina encantadora

Crônicas de um pai: a arte perfeita de trocar fraldas de uma bebê-quase menina encantadora

Já foi mais difícil, muito mais difícil. Houve tempo em que trocar fraldas pedia três pares de braços, hoje as trocas são mais serenas. A primeira troca do dia é de longe a mais fácil. Maria deve se aprontar para sair e, em geral, ela dorme o sono da manhã. Sono leve, mas consistente. Sobrevive aos ruídos da casa que desperta para a jornada. Maria acorda para saber o que se passa quando trocam a sua fralda e, passo seguinte, gira para o lado a buscar pelo sono. Mais difícil é colocar a roupa para sair, tirar o pijama e vestir o uniforme é tarefa feita ao som de resmungos. Ela dorme leve, menina que dentro de instantes viverá as suas reinações entre os/as amigos/as da escolinha.
A chuva nos deu uma trégua e o sol deseja se mostrar.

Crônicas de um pai: Páscoa

Crônicas de um pai: Páscoa

Dias de paixão, dias de memória do nosso lugar na transcendência. Ouvia todos os anos de minha mãe que aprendi a andar na Páscoa. Aqui estou para lembrar disso na minha Páscoa. "Não há amor maior do que dar a vida pelo irmão".

domingo, 25 de março de 2018

Crônicas de um pai: mãmãnhê

Crônicas de um pai: mãmãnhê

Ela cresce e é possível acompanhar como as suas relações com pai e mãe assumem diferenças. Comigo ela anda menininha, vive os seus quase 15 meses, já com a mãe ela vive dengosa, pede atenção e colo com insistência. Eu e Vany acreditamos que talvez seja a proximidade do desmame. Nossa Luíza alimenta-se muito bem, come de tudo e nada rejeita, por vezes há uma expressão de estranhamento com o sabor para em seguida comer de bocão. O correr dos dias traz o amadurecimento e Luíza aprende mais sobre si mesma e sobre quem está ao seu redor. Os papeis dos pais ganham sentido em sua cabeça de bebê-quase menina. Ela sabe, acreditamos, que está deixando o peito, hoje mamar cumpre papel mais afetivo do que alimentar. Desta forma, ela ora age como bebê-quase menina, ora como bebê-nenê

ps. é muita coisa para alguém que ainda usa fraldas.

Crônicas de um pai: lápis de cor amarelo

Crônicas de um pai: lápis de cor amarelo

Primeiro foi o giz de cera, agora o lápis de cor. Por alguma razão desconhecida o giz amarelo e o lápis amarelo andam desaparecidos. Procura-se aqui e ali e nada. Maria Luíza quando perguntada a respeito do paradeiro dos seus pertences desconversa.

quarta-feira, 21 de março de 2018

Crônicas de um pai: piano de papel

Crônicas de um pai: piano de papel

Sábado último resolvemos nos dar de presente livros. Dona Vany e Maria Luíza gostaram da ideia, sobretudo nossa pequena que sabia da fonte de água que há em frente à livraria. Nossa Maria e água são amigas de brincadeiras sem fim. Depois de brincar e correr por entre os corredores, sentar-se em cadeiras coloridas próprias para o seu tamanho e folhear livros grandes e pequenos Minha Luíza saiu com dois livros em sua sacola. Levou para  casa livro de numerais e outro de instrumentos musicais. Ganhou o primeiro livro sonoro, hesitamos até agora em lhe dar um. Os sons desses livros são ruidosos e pouco melodiosos. Encontramos um que lhe oferece ao longo de suas páginas orquestra de animais tocando toda sorte de instrumentos. São gravações de instrumentos o que ouvimos, nada, portanto, daqueles sons chatos. Nossa Luíza ainda brinca de descobrir os caminhos do seu livro novo, todavia, por ora, o piano a cativou. Salta páginas e animais a buscar pela página do seu piano de papel. Alguém a visita e lá vai nossa pequena pedir os poucos segundos em que o seu piano dá o andamento de sua festa.

terça-feira, 20 de março de 2018

Crônicas de um pai: da cor do abacate

Crônicas de um pai: da cor do abacate

Os sinais estavam ali. Maria estava incomodada com o olho direito, pela manhã ao acordar havia secreção. Rosto lavado ela parecia disposta, disposta para dormir um pouco mais, afinal acordar cedo, de acordo com o livro de Maria, vale apenas para o final de semana. À tarde ao buscá-la no berçário havia ligeiro inchaço sob o olho, saímos dali em direção ao hospital. Dona Vany estava a caminho de casa e nos encontraria para a nossa consulta de emergência. Hospitais são simpáticos quando os deixamos, a sensação de alívio após o diagnóstico normaliza a nossa respiração, nos devolve ao mundo. Dei-me conta do quanto estava apreensivo quando fui perguntado sobre o nome e a idade de minha filha, minha voz saía com dificuldade grande. Maria estava quieta e buscava entender o que se passava, olhava apreensiva. Os sinais eram de dúvida e de incômodo. Ficamos os dois ali, abraçados. De repente deu o seu sorriso, aquele de alegria com o qual diz ‘olá, mamanhē'.  Dona Vany estava aflita e ao abraçar a filha chorou. A consulta foi rápida, felizmente foi diagnosticada alergia que pede apenas compressa de água e colírio para lubrificar os olhos. Quando nós três deixamos o hospital respirávamos melhor. Não houve mais choro, exceto quando Maria comia a sua sobremesa de abacate após o jantar. Lá pelas tantas ela resolveu nos dar de comer do seu abacate, estava saciada e era hora de dar de comer aos pais, simples assim. Comemos o que havia ainda, dona Vany dizia que não aguentava mais, Maria ante a recusa da mãe não teve dúvida começou a fazer ‘vruumm' para convencer a mãe a dar mais uma bocada. Agora são os olhos de Dona Vany que pedem a minha atenção.

Crônicas de um pai: a folha da parreira

Crônicas de um pai: a folha da parreira

A visita no final da tarde de sábado à casa da Tia Ruth foi cheia de surpresas, ela recebia o filho e a neta: Élcio e Maíra. Maria Luíza teve a chance de se sentir acarinhada por todos, a oportunidade de experimentar charuto de folha de uva e de repolho. Maíra aos 4 anos revelou-se simpática e disposta a brincar com a menina que acabava de conhecer. Correram sem parar e sem se cansar. Nós cansamos, sentamos e ficamos a ver as duas primas redesenharem os caminhos da casa.

Crônicas de um pai: café da manhã na padaria (ou 'parabéns, 53!')

Crônicas de um pai: café da manhã na padaria (ou 'parabéns, 53!')

O copo de iogurte batido era acompanhado por um canudo. Eu o mergulhei no iogurte e o ofereci a Maria Luíza que de pronto abriu bocão. Logo estava em condições de segurar e buscar pelo copo por conta própria. Mais do que isso, o tampo de mesa ganhou desenhos assimétricos reveladores da sua disposição. O capuccino de Vany logo chamou a sua atenção e nossa bebê-quase menina mudou mais uma vez de colo. O café da manhã transcorreu sem pressa, mas nada devagar. O sábado dos meus 53 começava.

quarta-feira, 14 de março de 2018

Crônicas de um pai: abra a boca, papai!


Crônicas de um pai: abra a boca, papai!

Situações inesperadas surgem a todo instante para assinalar as mudanças de nossa pequena. A maior independência pede iniciativa e a disposição para tentativas sem fim: ‘ainda vou acertar’ diz para si mesma enquanto se diverte aprendendo. De tudo isso resultam momentos que fogem ao esperado pelos pais, mas estão de acordo com o planejado pela nossa bebê-quase menina. As horas da refeição nas últimas semanas são feitas com duas colheres. Ela tem a sua própria para aventurar-se no prato e com isso aprimorar a sua coordenação, eu e Vany nos revezamos com a segunda colher dando -lhe de comer. O exemplo dos pais ao alimentar a filha podem dar pistas a Maria Luíza para melhor manejar a sua colher. A ideia dos pais era simples e por demais elementar, agora entendemos. Sim, ela vê e repete, ensaia com a colher o que estão a fazer em seu prato, mas nossa Maria vai além. Levanta a sua mão de bebê-quase menina e busca pela nossa boca. Maria quer nos dar de comer, deseja compartilhar de seu prato de comida com quem lhe quer bem.

ps. Vany tem lágrimas nos olhos ao aguardar a sua colherada de lentilha





terça-feira, 13 de março de 2018

Crônicas de um pai: o caso do filtro de água


Crônicas de um pai: o caso do filtro de água

Depois de um certo tempo a comunicação entre os pais e a bebê-quase menina estava bem estabelecida. A delicada trama combinando linguagem e sinais deu a Maria Luíza capacidade de expressar o que está vivendo. Tudo caminhava bem até que ela apontou para o filtro de água e eu e Vany enfrentamos o inesperado. Apesar de ter a sua própria caneca para beber água, ela há muito prefere as nossas. Ela apontava para o filtro e reforçava a sua necessidade de água. Parecia simples, logo veio a primeira recusa de Maria. Ela não queria. Nova tentativa para ter certeza de que não era água e uma vez mais ela virou o rosto. Ela insistia e apontava para o filtro quando decidimos entregar-lhe a caneca. Maria a tomou satisfeita e em seguida aproximou-se da torneira do filtro para buscar o que desejava. Queria não apenas água ela deseja servir-se. Outro dia mal abria os olhos para mamar, agora dá conta do sentido e do lugar de um filtro de água. É claro que mal tocava a sua boca de bebê-quase menina na caneca e já a esticava para pegar mais água. Maria dividia a sua satisfação de tomar água sozinha com o conhecimento da mecânica do filtro. Fácil imaginar que no final a caneca ameaçava transbordar com tantas repetições da operação. Maria Luíza está contente com as suas descobertas e habilidades, estou certo que quando for preciso ela saberá saciar a sua sede.

Crônicas de um pai: contar a própria história

Crônicas de um pai: contar a própria história

Ela vive a contar a história que cumprirá, vive a tamborilar em qualquer lata e vasilha de plástico o que tem a fazer. Ainda ontem ela visitava a sua madrinha Dani e aproveitou para narrar os seus sonhos e pedir à madrinha aulas de Taikô. Aguenta coração!

ps. e pensar que a mãe tinha medo que ela quisesse tocar bateria...

Crônicas de um pai: a arte da madeira

Crônicas de um pai: a arte da madeira

Ainda aprendo, por ora, fui mais ajudante que mal enxergava a fenda do parafuso - esqueci-me dos óculos de perto - do que marceneiro-chefe. Sábado último, os amigos Humberto e Gian trabalharam para aprontar pequeno portão de madeira que vamos instalar em nossa casa. Maria Luíza está a crescer e descobriu que além da porta da cozinha há o quintal e a lavanderia. Ela não ensaia mais nada, ela executa; simples assim, percebe que há algo além de suas vistas e ruma para saber do que se trata. Quintal e lavanderia, por mais que tenhamos cuidado, guardam riscos demais. Eu e Vany decidimos, com a pequena porta de madeira, criar alguma dificuldade para as incursões de nossa bebê-quase menina.

ps. o pequeno portão terá tranca com cadeado, Deus nos proteja!

Crônicas de um pai: parabéns!


Crônicas de um pai: parabéns!

“Meu querido diário: 
Ontem, segunda-feira, fartei-me. Festejei o aniversário de Dona Beth e do Sr. Humberto. Sob o pretexto de verificar como andava o trabalho da porta que esperam me impeça de subir escadas chegamos com saboroso bolo que ajudei minha mãe a preparar. Pulei de colo em colo, desarrumei guardados da tia Beth, visitei o Sr Galo e a dona Galinha, fiz carinho na akita branca da família. Cantei parabéns e apesar de não ser o meu aniversário fui saudada, apaguei vela e muito mais. O temporal lá fora chamava a minha atenção, afinal o pomar ficaria mais verde e com aquele aroma de folha molhada. Começamos bem a semana de aniversários de março, logo mais será a vez do meu pai”.

quinta-feira, 8 de março de 2018

Crônicas de um pai: o que aconteceu?

Crônicas de um pai: o que aconteceu?

Não sei, mas nossa Luíza mudou, mudou de novo. Ela sempre teve boa disposição para conversar, agora, há maior desenvoltura. Ela vê mais e melhor do que está ao seu redor, desta forma, a sua interação ganha qualidade. O livro de nomes ganha páginas, o manual de sensações e de cores não cessa. Hoje à tarde ao encontrá-la eu tinha a clara sensação que ela havia crescido, que ela havia aprendido mais acerca do mundo. Não era o bebê-quase menina que deixei logo cedo, era outra. Ao longo dos últimos 493 dias nos acostumamos com as surpresas, todavia, as mudanças apontam para um outro patamar, ela corre ligeira para se transformar, rogamos que tudo corra bem e saibamos acolhê-la e ajudá-la da melhor maneira.

ps. acostumei-me a pedir em oração ajuda para saber o que devia fazer, nos últimos 500 dias ando a pedir ajuda para ser um bom pai, inteligência para discernir os caminhos que se apresentam e, acima de tudo, coração para dar-lhe acalanto.

segunda-feira, 5 de março de 2018

Crônicas de um pai: a rota da seda e da berinjela


Crônicas de um pai: a rota da seda e da berinjela

A culinária árabe adora a berinjela, ela integra diferentes pratos e maneiras de preparo. Cresci graças às berinjelas recheadas de minha mãe e ao perfume do preparo de baba ganoush em nossa casa. Adoro berinjelas, ontem, descobrimos que nossa Luíza também. O final da tarde de domingo em nossa casa é dado ao preparo de tortas doces ou salgadas. É a nossa maneira de começar a semana com algo para se levar de lanche. A torta de ontem era de berinjela. Maria Luíza havia jantado, mas acompanhava com atenção a movimentação na cozinha. Depois de jantar insistiu em provar da panela na qual preparamos o recheio da torta. Colher de pau em punho ela limpou os últimos sinais da berinjela. Sentada, panela entre as pernas, nossa Luíza abria bocão para dizer sim ao legume de origem indiana que as sociedades árabes levaram para as suas cozinhas no distante século VIII. Ainda estamos a comer!

Crônicas de um pai: brincar e brincar


Crônicas de um pai: brincar e brincar

O primo Artur aos 4 anos de idade conta a todos que vai ganhar uma irmã, Maria Luíza durante visita de domingo mereceu sorrisos e a oportunidade de brincar, correr e soltar a voz ao seu lado. Os pais dedicados do primo de Maria Luíza desdobram-se em cuidados com todos. Parabéns pelos dias abençoados que estão por vir e grato pelo carinho!

sábado, 3 de março de 2018

Crônicas de um pai: madrugadas


Crônicas de um pai: madrugadas

Algo mudou, Maria acordava para mamar durante a madrugada, ela era um relógio. Ela ainda acorda, no entanto, algumas vezes não mais para mamar, ela deseja apenas o abraço e a presença de alguém. Difícil saber quando a madrugada será de mamadeira ou de ninar no colo, ela está mudando. Horas atrás acordada e chorosa em seu berço abriu os braços ao me ver entrar em seu quarto. Aninhada e abraçada ao meu peito fomos para a cozinha. Passos lentos para lhe dar jeito e tempo para tomar uma decisão: leite ou sono. O sono venceu, ficamos na cozinha de luzes apagadas balançando o corpo para niná-la. Adormecida retornou ao seu berço para o seu sono de beleza. Fiz a minha oração e voltei para cama pedindo para pegar rápido no sono e que ainda fosse possível dormir umas 10 horas de sono contínuo.

Crônicas de um pai: papai, papai olha a mamãe!


Crônicas de um pai: papai, papai olha a mamãe!

Vany está inconformada, Maria Luíza me chama cada vez que a mãe a contraria. Se a mãe lhe diz que é hora de deixar o quintal, Maria chama pelo pai para ficar um pouco mais. Se Maria não tem paciência de se vestir após o banho e quer ganhar o chão ainda de fraldas sou chamado para garantir a sua fuga. Eu acho graça das duas e digo apenas que como meninas elas vão se entender. Vany não aprova a minha solução e...filha, filha venha ver o que sua mãe está a fazer com o papai!