sexta-feira, 9 de junho de 2017

Crônicas de um pai: acalentar

Crônicas de um pai: acalentar

Agora é oficial, são três os dentes e não mais apenas dois, há registro em prontuário pediátrico atestado pela nossa médica e tudo mais. Maria Luíza já não é mais minha banguelinha, ela é um mocinha com dentes. O sorriso ganha volume e charme.

Se já é uma mocinha por que nos chama tarde da noite?

Quer se sentir acompanhada e acalentada, deseja que lhe segurem as pequeninas mãos, que lhe saciem aquela fome irresistível da madrugada, que lhe sussurrem votos em sua barriga e que lhe digam do seu lugar em nossas vidas.

Eu e Vany somos pais de uma garotinha. Agora, venha, precisamos despertar do sono da manhã. Vamos acordar, me mostre como é se espreguiçar com toda a preguiça do mundo - e mais alguma - me abrace como faz e como só você faz, enterre o seu rosto bebê em meu peito e suspire, deixe a sua marca em minha camisa, eu a levarei orgulhoso, nem Ulisses teve marca tão terna para lembrar.

O sol acordou e vai ligeiro, tenho aquele derradeiro olhar de despedida que você me oferece ao ganhar o colo da berçarista. Fique com Deus, meu amor!

Ps. Hoje é sexta!! Beijos molhados para Dona Vany e a mocinha Maria.

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