terça-feira, 20 de junho de 2017

Crônicas de um pai: a cada grão de areia que cai

Crônicas de um pai: a cada grão de areia que cai

A cada mamada, a cada banana amassada, a cada colherada de papinha, Maria Luíza se faz maior. Dias atrás recebemos fotos do berçário nas quais a nossa Maria usava chapéu de caipira. Ela não estava apenas sentada sozinha havia mais, ela levava expressão em seu rosto que revelava o seu  crescimento. O meu bebê já faz das suas e a cada dia reconhece mais e melhor as pessoas e objetos ao seu redor. Ela reconhece e aprende para que serve o que vê. Ainda acreditamos que ela será botânica, adora folhas amassadas pela sua pequenina mão ou in natura. Surpreendeu-se quando se deu conta de que o mês de junho floriu o seu quintal com as orquídeas que a avó cultivava. Ela, a cada dia, deixa de ser o nosso bebê para ser a nossa menina. Paradoxalmente, ao crescer ela pede mais e mais atenção. O nascimento dos dentes e o cair da noite são combinação que a aflige. Levá-la ao sono é um desafio de devoção e ao adormecer Maria Luíza espera contar com a mão ou o ruído da respiração dos pais por perto. O nascimento dos pais e a sua formação segue o cair dos grãos de areia.

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