terça-feira, 30 de maio de 2017

Crônicas de um pai: acender a fogueira de São João

Crônicas de um pai: acender a fogueira de São João

Viva São João! Ao falar assim pode parecer que sempre fui dado a festas, de fato, a minha timidez e o meu mutismo me colocavam à margem, eu estava lá, mas não me atrevia, os medos eram grandes. Hoje, faço o que faço porque tenho uma justificativa: minha filha. Ela está para a festa da mesma maneira como eu estava para a caverna.

Viva São João!

Crônicas de um pai: despedir-se da manhã

Crônicas de um pai: despedir-se da manhã

A coreografia da manhã não deu certo, os passos, de fato, viraram tropeços e quedas. Eu e Maria não nos acertamos, só resta uma maneira: terminar o café, pentear os cabelos e escovar os dentes com ela nos braços. Ao fazermos isso, o choro cessou e o sorriso voltou ao rosto bebê do meu bem. Penso em Vany que já vai longe para cumprir a sua jornada, penso nos seus ombros que sofrem com os 8 kg de nossa filha. Nossa Maria agora sorri ao ver o pai brigar com os fios de cabelo para que fiquem no lugar, diverte-se com a boca cheia de escova e pasta. Dou-me conta que foi bom que a coreografia da manhã não tenha funcionado, ganhei instantes com minha filha, ganhamos a chance de termos um ao outro por uns poucos minutos. Ela sabe, Maria Luíza sabe que dentro de instantes eu a deixarei no berçário. Ela pressente que viverá parte do dia distante de nós, ela só deseja aproveitar.

Beijo molhado, filha!

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Crônicas de um pai: o sabor mamão da etiqueta

Crônicas de um pai: o sabor mamão da etiqueta

Não bastasse a dificuldade de certas roupas de bebê que trazem tantos botões que mais parecem uma loja de armarinhos da antiga Rua 25 de Março a etiqueta é outro caso sério. Maria Luíza adora saborear etiquetas, primeiro retiramos as das roupas, mas nos esquecemos as do cobertor e as dos bonequinhos. Lá está ela saboreando e mordendo as etiquetas, por isso, eu e Vany lançaremos, em breve, etiquetas com sabor. Maria Luíza já nos disse que deseja os sabores mamão, banana e caqui, as suas favoritas.
Em tempos de despesas crescentes, as etiquetas com sabor hão de nos ajudar...

Crônicas de um pai: São João

Crônicas de um pai: São João

Logo mais viveremos nossa primeira Festa Junina. O cheiro de vinho quente já perfuma o dia, as paçocas habituais, agora, valem duas vezes mais. A alegria e o estandarte estão em todo lugar. Eu a antevejo a brincar e a sorrir. A Festa Junina de 2017, de uma certa forma, é a primeira de nossas vidas.

Nossa pequena Maria já está pronta para saudar São João.

Crônicas de um pai: aprender a beijar

Crônicas de um pai: aprender a beijar

Incomodada, assim está a nossa pequena. Em breve o solitário par de dentes da arcada inferior ganhará a companhia dos dentes da superior. O conhecido desconforto combinado aos sinais certos nos avisam que logo nossa devoradora de frutas, papinhas e leite materno melhorará o seu apetite à mesa. Ela segue bem, pai e mãe ainda dormem aos picados, o sono atrasado não tem previsão de ser regularizado tão cedo. Todo o cansaço se desfaz frente ao sorriso e o beijo molhado de Maria Luíza. Sim, ela quer repetir o que vive e o beijo que recebe é de pronto retribuído.
Beijo molhado, filha!

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Crônicas de um pai: ladainha de anjo

Crônicas de um pai: ladainha de anjo

Atá! Atá! Tatatá! Atá! Atá! Tatatá!

Ps. Transcrevo sílaba a sílaba a saudação ao dia de Maria Luíza

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Crônicas de um pai: a felicidade de Maria Luíza

Crônicas de um pai: a felicidade de Maria Luíza

Sim, ela é feliz, sabe amar e ser amada. Sabe arrancar sorrisos de pessoas que jamais viu antes. Escancara a sua pequenina boca, aperta os olhos e a todos encanta. A cada dia me vejo mais e mais na obrigação de agradecer a Graça que é ser pai. A vida é outra, Maria insiste em me tomar pelo braço e me fazer ver que há mais do que eu acreditava. Fui um tolo!

Crônicas de um pai: da arte perfeita de trocar fraldas de um recém-nascido nada agitado com tão somente meia dúzia de pares de braços

Crônicas de um pai: da arte perfeita  de trocar fraldas de um recém-nascido nada agitado com tão somente meia dúzia de pares de braços

Já foi mais fácil, já foi mais rápido, agora, trocar fraldas lembra quermesse de festa junina com as suas brincadeiras e risadas. Maria não quer perder tempo, urge voltar aos seus jogos, aos seus exercícios vocais, por isso, ela resiste poucos instantes, cansada já de ficar deitada multiplica as suas justas reclamações e procura agarrar tudo que está ao alcance do seu braço, se algo está distante não há problema, Maria se contorcerá para buscá-lo, para trazê-lo para perto de si. 'Papai, falta muito?! Eu quero ver o que está fazendo, vou me levantar para saber o que acontece'. Lá vai Maria, não tem 200 dias, e levanta a cabeça para saber do seu mundo e dos moradores de sua casa. 'Está pronto, mamãe ?! Quer o meu beijo molhado ?!'.

Nossos braços se multiplicam para atender nossa pequena, após tantas séries olímpicas e intermináveis treinamentos percebemos que é preciso recomeçar. A fralda trocada instantes atrás está molhada, Maria ri aliviada e serena.

E recomeçamos a nossa série, regular e sem fim.

Beijo, família AB!

Crônicas de um pai: depois de 12 h

Crônicas de um pai: depois de 12 h

Depois de 12 h longe de casa, estou voltando. Ainda que cansado quero brincar com a minha família. A noite já caiu e eu ainda na rua. Penso no braço inflamado de Vany, nas suas dificuldades de carregar nossa filha. O semáforo teima em não abrir: 'Vamos logo! Alguém que me estima espera por mim'

terça-feira, 23 de maio de 2017

Crônicas de um pai: quase 7 meses (7 + 9 = 16 meses)

Crônicas de um pai: quase 7 meses (7 + 9 = 16 meses)

Na semana em que minha Maria completará 7 meses, os ventos mudaram. As noites voltaram a ganhar chamados, Maria Luíza tornou a acordar e sorrir. As razões não são claras, parece haver uma combinação de dificuldade para respirar e o susto que isso ainda lhe causa, tudo isso mesclado às saudades que sente de sua mãe.

Seguimos nos desdobrando, desconcertados com os sinais de Maria Luíza; ela parece entender uma ou outra frase e nos responde em sua linguagem bebê. As interações crescem, as mãos ganham agilidade para pegar o biscoito de polvilho e levá-lo à boca, aos poucos ela se acostuma a segurar a própria mamadeira. Quase 7 meses.

Ainda aprecia mais as frutas do que os legumes, banana, mamão e caqui são a sua paixão, mas não recusará laranja, maçã, melancia. Nada garante que o cardápio de hoje seja o mesmo de amanhã. Faz festa para todos que se aproximam, adora crianças e vovozinhas, adora pessoas simpáticas, chora para as resmungonas.

Vany padece de dores nos braços, não se acostumou à ginástica de alto impacto. Quase 7 meses.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Crônicas de um pai: ainda agora alguém para guardar

Crônicas de um pai: ainda agora alguém para guardar

Ainda agora havia risos e muxoxos no quarto de minha filha, ela deveria estar dormindo, mas está desperta e feliz.

Eu me aproximo devagar e paro junto à soleira da porta. Minha mãe está recurvada sobre o berço e conversa com a sua neta. Ela se mostra bem, traz de volta o sorriso que a marcou como mulher, a disposição para o outro que era a sua maneira de amar. (Ela não deveria estar ali).

Maria Luíza e a avó se entendem bem, dialogam com sinais francos e fartos, assemelham-se na maneira de apertar os olhos quando demonstram carinho.

Falo com minha mãe, digo-lhe que é bom encontrá-la, ela não responde parece não me ouvir. Fico ali, quieto e colado junto ao batente. (Eu não deveria estar ali). Deixo-as brincar de avó e neta, volto para dentro de mim mesmo.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Crônicas de um pai: coreografar a manhã

Crônicas de um pai: coreografar a  manhã

Se o ritmo de sono e a alimentação mudam, as manhãs não são mais as mesmas. A hora de acordar e as demandas de troca de fraldas e de alimentação são alteradas. A coreografia executada sem ensaio prévio pelos pais ficou velha e de nada serve agora. Urge criar outra, agora, sem discussão de roteiro, urge fazer. Nossa Maria agita-se nervosa durante instantes, algo está fora do lugar; felizmente, dura poucos instantes e logo já está a sorrir.

Vany já nos deixou para a sua jornada, eu, levei minha filha instantes atrás para o berçário. Desejo apenas recuperar os tensos minutos da manhã, aqueles não coreografados e que tanto nos fizeram suar, quero lembrar para levar o sorriso e a despedida de esposa e filha.

Agora é escrever e esperar que o relógio corra ligeiro e me diga que está na hora de voltar para casa, que é hora de ficar ao lado da esposa e da filha.

Até já !

terça-feira, 16 de maio de 2017

Crônicas de um pai: celebração

Crônicas de um pai: celebração

Volto ao lugar que nos últimos anos  ouviu meus rogos e minhas aflições, volto à igreja na qual orei por minha mãe doente. Trago agora a sua neta, a filha que tanto sonhou ter, agora, em meus braços. Levo junto ao peito a nora que ela tanto queria ter. Estamos aqui para oferecer à nossa pequena os sinais de pertença a uma comunidade, à sua comunidade. Tudo quer ver ao tempo em que distribui sorrisos e simpatia. Padre Pedro que tantas vezes ouviu minhas aflições, agora abençoa a minha filha.

Beijo filha!
Grato Vany

A sua bênção Padre Pedro!

Crônicas de um pai: Moinho de vento de Holambra

Crônicas de um pai: Moinho de vento de Holambra

A primeira coisa da qual me lembro passadas tantas horas da minha primeira vez no moinho de vento de Holambra são as escadas. Escadas de madeira, estreitas, íngremes e intermináveis. Não me lembro quantos foram os andares. Dificuldade alargada por levar nos braços Maria Luíza que tudo desejava ver, ela girava e girava tal como o moinho que descobria, a mãe ria de minha falta de pernas e de ar e reclamava por ajuda, desejava ser carregada.

A visita ao moinho me fez pensar sobre a Idade Moderna, sobre a sociedade que os holandeses criaram para si, lutando para não serem engolidos pelo mar e ao mesmo tempo dedicados ao cultivo de flores. As flores e o mar.

'Não, o moinho, na verdade os holandeses o conheceram na Turquia, gostaram e levaram a ideia para a Holanda', nos contou o Sr. Joseph, timoneiro do moinho, nascido na Holanda e falando um português melhor que a maior parte dos brasileiros.

A engenhosidade do trabalho com a madeira impressionava. Tudo era gigante e mostrava algo sobre o espírito da sociedade que o criou. Maria Luíza, muda, prestava atenção a tudo que o nosso timoneiro explicava. Vany descobria a pedra que moía o trigo.

Nos despedimos e buscamos a escada, havia muito a descer e eu teria tempo para me despedir daquele personagem que um dia habitou as planícies da Anatólia, tempos depois, viajou para os Países Baixos, e, agora, repousa no Brasil.

Crônicas de um pai: Dia das Mães

Crônicas de um pai: Dia das Mães

Vivemos o nosso primeiro dia das Mães entre pessoas queridas, pessoas que nos querem e nos fazem bem. Maria Luíza ainda leva em sua testa o sinal de sua nova condição. Há a sensação de que encontramos o caminho e o prumo foi ajustado. Vany, orgulhosa, leva nos braços a filha. Mãe e filha estão felizes e se põem a brincar, eu as observo sereno, viajo em minhas memórias e desperto com a minha Maria tocando o meu queixo.

Feliz Dia das Mães, Vany!

Bem-vinda a Holambra!

(Flores)

Crônicas de um pai: ela dorme

Crônicas de um pai: ela dorme

A mudança de hábitos alimentares e das horas de sono altera o ritmo da casa. Na semana que termina, pela primeira vez, vivemos sem solicitações de peito para mamar durante as madrugadas Apesar disso, acordamos, mesmo não sendo necessário acordamos para saber se ela estava bem, se ela estava agasalhada, se a respiração era limpa, se ela dormia bem. Aí, só aí, voltávamos calmamente para a cama e dormíamos, dormíamos o sono de pais encantados e exauridos.

Ela cresce, não é mais a menina de ontem.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Crônicas de um pai: sopa de mandioquinha

Crônicas de um pai: sopa de mandioquinha

Minha Maria revela-se boa de garfo, como se diz. Aos poucos os legumes são aprovados pelo seu paladar, mas nada de purês, ela gosta mesmo é de pedaços. Se o purê de mandioquinha foi rejeitado, a sopa foi aprovada e para que não houvesse dúvida, Maria repetiu o prato.

Após o pequeno jantar, abriu espaço em seu estômago bebê para dividir com a mãe o mamão da sobremesa. O par de dentes ganha destaque e lhe dá charme e a capacidade para comer melhor. Outro dia estava a mamar, agora agita-se para ter o seu prato à mesa. A sua personalidade está ali, nos gostos e vontades, nos resmungos e nos sorrisos.

Sorria, minha filha! Há bom suprimento de mandioquinha no freezer.

Beijos!

Crônicas de um pai: gesto antigo

Crônicas de um pai: gesto antigo

Um gesto antigo, daqueles que nos deixam mudos e felizes. Gesto que abre porta de chaves perdidas e nos permite tocar um gomil baço pelo tempo. Quando envelhecemos nos tornamos ricos em gestos antigos, você também terá os seus comigo, minha Maria. Terá os seus com a família que você criará e, um dia, perceberá nos seus gestos antigos algo dos que aprendi.

Beijo, filha!

Beijo, tia! Parabéns! (A beleza do gesto aos 90)

terça-feira, 9 de maio de 2017

Crônicas de um pai: o repouso da filha no colo da mãe

Crônicas de um pai: o repouso da filha no colo da mãe

O dia foi longo: brincadeiras, a primeira vez que experimentou o biscoito de polvilho e a visita de uma tia. Foi assim, ora sereno e cheio de frases de bebê junto aos brinquedos, ora dando gargalhadas ao fazer ginástica com os pais.

À medida que a noite chega outro é o ritmo. O sono bebê chama pela mãe, quer ser aninhado no colo da mãe. Maria Luíza muda fica mais lenta e menina junto ao coração que lhe deu vida. Não quer saber de mais nada, a mãe a acalenta e a conduz ao sono da noite.

Boa noite, minha filha!

Sonhe com os anjos!

domingo, 7 de maio de 2017

Crônicas de um pai: hoje, o pingo d'água, amanhã, o raio de luz

Crônicas de um pai: hoje, o pingo d'água, amanhã, o raio de luz

Nada a estranhar, tudo para nos divertir. O banho de ontem foi de chuveiro, a água quente descia do alto e Maria Luíza esticava os braços para segurar em suas mãos as gotas que caíam. As suas mãos bailavam no ar e ela buscava entender o que era aquilo que tanta satisfação lhe trazia.

Crônicas de um pai: Dia da Família, nosso primeiro

Crônicas de um pai: Dia da Família, nosso primeiro

Ontem, sábado, vivemos o nosso primeiro Dia da Família realizado pela Escola de Maria Luíza. Viver isso como pai pede que você repasse e repense toda a sua vida, nada é como antes. A oportunidade de conhecer outras das crianças que compartilham e se divertem naquele espaço, bem como, pais e avós é ótima experiência. No dia a dia conhecemos um ou outro, encontros casuais na sala de espera. As histórias de travessuras e descobertas de bebês e familiares é sempre pauta para que nos reconheçamos participando da mesma aventura (sem fim).
Pintamos quadro de massa que leva gravado a mão de nossa filha, assistimos a uma aula de música, brincamos junto à jabuticabeira do quintal da escola. Sim, tudo isso e muito mais. Saboroso ver como nossa filha se diverte naqueles espaços. Eu e Vany ouvimos muitas histórias dela, em particular, uma contada pela professora Verônica de Música. Ao iniciar a aula, a professora canta e saúda cada um dos alunos; nossa pequena parecia querer dormir, estava de olhos fechados, mas, ao ouvir a professora cantar o seu nome, nossa Maria Luíza sorriu ao ser lembrada, manteve os seus pequenos olhos fechados e mostrou-se feliz por estar ali e ser acarinhada pela sua professora.
(Como não ficar comovido frente a tais relatos).
Ao rever as fotos dei-me conta que meu sorriso não é sombra daquele que Maria Luíza me oferece. Ela sabe se divertir, ela é verdadeiramente encantadora. Eu preciso recuperar o sorriso que tive um dia, conto com a sua ajuda. Vany escondia a todos instantes os seus olhos molhados, no fundo, estou certo, que também está a buscar por sorrisos perdidos.
Nosso primeiro Dia da Família ainda não terminou, eu e Vany a todos os instantes nos lembramos e comentamos o que vivemos.

ps. Maria Luíza, a encantadora, hoje, fez nova descoberta: biscoito de polvilho!!!

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Crônicas de um pai: dia de pediatra (o sabor do chuchu)

Crônicas de um pai: dia de pediatra (o sabor do chuchu)

Dia de pediatra é repleto de expectativas. Avalia-se a condição geral, tomam-se medidas, pesa-se o bebê. O coração, fácil perceber, fica exposto. As narrativas sobre o que o bebê faz ou não são acompanhadas de um par de ouvidos que procura acompanhar o que diz a nossa pediatra. Tempos não levava minha filha ao pediatra, Vany tem se ocupado disso. Eu me mordia de culpa e de inveja por não acompanhá-las. Quinta última me coube a responsabilidade, confesso que morria de medo de perder alguma coisa, perder uma informação, perder a receita, perder algo simplesmente por cuidar demais. Felizmente creio que estamos a salvo de minha limitação de pai bobo.

Nossa pequena com seus quase 70 centímetros está pesando mais de 7 quilos e 500 gramas. Sorridente, muito sorridente. Adora frutas e resmunga quando o assunto é legume. Pelo menos até ontem quando mandou ver no chuchu. (Precisava ser o chuchu?! Eeeeecaa!)

Grato Doutora Camila pela sua ajuda!

Grato Vany por ser uma mãe de Verdade!

Crônicas de um pai: adoro olhar para a minha filha

Crônicas de um pai: adoro olhar para a minha filha

Fico ali, quieto, perdido em pensamentos. Meus olhos fixos em minha Maria Luíza procuram sinais, gestos, resmungos e afagos. Como acontece? Como a vida se renova? Não, ela não é um broto de feijão, é uma menina que cresce aos meus olhos e sob a sombra da velha árvore que eu sou.

Fico ali, sem palavras para dizer o que sinto e o quanto.

Não paro de olhar para ela, o tempo é outro. Todas as árvores estão ali naquele dedo bebê que se estica para buscar o meu escapulário.

Adoro olhar para a minha filha, há sentido maior.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Crônicas de um pai: descascar bananas

Crônicas de um pai: descascar bananas

Maria já havia nos surpreendido com o seu apetite e gosto por bananas. Amassada ou não ela se fartava, aliás, bananas, maçãs e caquis da estação a cativaram. Ao vê-la comer temia apenas que ela repetisse coleguinha do berçário, que, segundo histórias da avó contadas a Vany na sala de espera, o neto começará a comer cascas de bananas.

Os primeiros meses de um bebê são ricos em histórias das primeiras aventuras gastronômicas para além do leite materno e de fórmula. Comer casca de banana? É demais! Cada vez que Maria Luíza comia bananas eu me  lembrava do rapazinho do berçário que passará a curtir cascas. Achava engraçado, brincava com Vany sobretudo porque ela e avó do menino são ou foram veganas em algum momento da vida. Vany, no caso, abandonou durante a gravidez por exigências da própria  filha. "Como assim, mamãe ?! Não vamos provar a carne?! Ela parecer estar apetitosa!" E foi desta forma que Dona Vany, a vegana, abandonou o prazer do brócolis pela coxa de frango.

Maria Luíza, a encantadora, não deixa de nos surpreender. Dia desses, aproximou as suas pequenas mãos da fruteira, as bananas estavam maduras e perfumavam tudo. Ao ter uma em suas mãos começou - eu juro - a tentar descascá-la. A encantadora menina com o seu dedo bebê tentava e tentava arrancar a casca para poder comer. Não era operação simples, pedia coordenação de movimentos e de força. Lá estava a nossa filha a dar lições gastronômicas e de educação.

Respiramos orgulhosos de nossa Maria, agora é torcer para que o jovenzinho do berçário não a convença do contrário.

Beijo!!

Crônicas de um pai: ela disse mãe

Crônicas de um pai: ela disse mãe

Acredito que a pequena Maria chama pela mãe. À medida que as frases se transformaram em fórmulas adequadas a cada ocasião, Maria Luíza não deixa mais o berço para o meu colo sem dizer 'mãã'. Sim, ela quer a mãe. Há outras situações nas quais ela chama e pede a ajuda de sua mãe, o tempo voa ligeiro e somos chamados a aprender com o crescimento.

Ontem nós divertíamos com fotos da maternidade e das primeiras semanas, ela muito mudou. Hoje, tem até mesmo um par de dentes.

Ps. Vany, conseguimos todos os dias!