Crônicas de um pai: Eu amo
As almas doentes e os corpos chagados dos meus pais a cada dia despediam-se, falavam-me da dor de deixar-se ir, de ficar sozinho e de sonhar a esperança de algo mais.
Ao olhar para você, minha pequena Maria, revivo tudo, no entanto, você ainda escreverá a sua história, há um céu inteiro para você colorir com os seus dedos de meu bem.
Aprende-se a amar, amando. A cada dia ao seu lado ouço a sua voz bebê e me lembro de mim, daquele menino que se perdeu e que você encontra.
Escrevo-lhe porque temo que os dias roubem o meu juízo e eu adoeça e não saiba mais nada de mim e fique como aquele homem que etiquetava o mundo ao seu redor para se lembrar dos nomes das coisas.
Grato, pequena Maria!
Beijo, minha filha!
(Já lhe agradeci, Vany?
Beijo!)
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