quarta-feira, 26 de abril de 2017

Crônicas de um pai: hoje, dia 26, 6 meses de vida e arte

Crônicas de um pai: hoje, dia 26, 6 meses de vida e arte

Hoje, dia 26 de Abril, Maria Luíza completa 6 meses. Nossa aniversariante, enquanto escrevo, quer tomar parte, quer brincar com o teclado, ela distribui sorrisos que me encorajam. Maria nos oferece o que tem e sabe fazer de melhor, a sua alegria inocente, a disposição de abrir o peito sem meio termo. Ela, mais do que nós, está inteira e plena em cada ação e movimento. Aprendemos, aprendemos a lição esquecida e perdida.
Semanas atrás, eu e Vany deixamos a maternidade levando nos braços uma pequena menina, frágil e serena. Passadas poucas semanas, ela exibe desenvoltura e agilidade. Nada lhe escapa, observa e acompanha o que está ao seu redor. Eu e Vany vivemos dias repletos de novidades, purês e frutas já lhe são generosamente servidos, ganhou mesmo uma escova de dentes para a sua delicada e meiga boca. A vida de uma criança é um dom, é uma bênção que nos leva a colocar nossa história pessoal sob nova perspectiva. Nada é como antes, se deixei - deixamos - hábitos e jeitos perdidos em gavetas, por outro, nós nos transformamos em pai e mãe. Vivemos a nos dizer surpreendidos que somos pai e mãe, temos uma filha.
Hoje, dia 26, fazemos aniversário!
Parabéns, meu amor, minha Maria!
Parabéns, mamãe!
Parabéns, minha esposa!
beijos!

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Crônicas de um pai: voltar para os meus braços

Crônicas de um pai: voltar para os meus braços

Confesso, andava incomodado e inconformado. Minha pequena Maria estava um grude com a mãe, eu não servia para nada, quando muito aceitava sair do berço nos meus braços, mas, logo em seguida, dizia a plenos pulmões que desejava o colo de sua mãe.
Agora, tudo mudou. As últimas 48 horas foram de reencontro, sim, minha Maria aceitou o meu colo, aceitou passar horas ao meu lado. A mãe está aliviada, por um lado, ganhou horas de descanso, por outro, os seus ouvidos não ouvem mais minhas sinceras e sentidas reclamações.
Maria voltou para os meus braços.
Verdade seja dita: houve uma combinação desconfortável para a nossa Maria, o nascimento dos dentes a incomoda e problemas respiratórios; juntos, deixaram Maria Luíza apegada ao corpo e aos cuidados da mãe, o pai podia esperar.
Vany desdobrou-se para atendê-la, ficou esgotada, agora, dorme, dorme o seu sono de moça que sonha que já é mãe.

Crônicas de um pai: nada igual ao dia de ontem

Crônicas de um pai: nada igual ao dia de ontem

Diferente, tudo diferente. Ainda ontem, acordou durante a madrugada, hoje, dormiu tranquila. Ontem, comeu e brincou com o purê de batatas, agora, vira o rosto. Diversas situações mudam sem que eu e mãe entendamos os motivos, as rotinas tão solicitadas pelos pediatras são regularmente quebradas pelos bebês. Creio que a fragilidade e o crescimento são os responsáveis por tantas alterações, o desconforto provocado pelo nascimento dos dentes, ou a febre causada pelas vacinas, por exemplo, tiram tudo do lugar, não há hábito que sobreviva a uma criança que sofre com dores e irritações em suas gengivas.

terça-feira, 18 de abril de 2017

Crônicas de um pai: Obrigada, mamãe !

Crônicas de um pai: Obrigada, mamãe !

'Meu querido diário

Agradeço-lhe minha mamãe por todo o carinho. Perdoe-me, por favor, por todas as noites e madrugadas dos últimos meses de sua vida, perdoe-me por todas as vezes que lhe roubei o sono e sonho.

Agradeço-lhe por me dar a vida, por me atender, por se esforçar em entender minha linguagem bebê.  Eu não existiria sem você, sou você , é pelo seu coração que vivo a buscar para me acalmar.

Releve tudo, eu lhe peço, eu me esqueço das coisas; li, não me lembro quando - vê como vivo a me esquecer! - que bebês retém nada em suas memórias dos primeiros meses e anos, por isso vivo a pedir mais e mais sempre do mesmo jeito. Sei, só me lembro, que lhe devo o meu melhor sorriso, aquele sorriso inteiro (ele é assim porque verdadeiramente estou inteira nele).

Esteja certa que apesar de não me lembrar levarei o som do seu coração comigo, aprenderei a usar maquiagem pelas suas mãos e sorrirei cúmplice para você todos os dias de nossas vidas. Seremos amigas e parceiras e quando estivermos sozinhas em meio à chuva nos ajudaremos.

Eu estou aqui porque você me aceitou, agradeço-lhe por isso.'

Crônicas de um pai: Papai do Céu

Crônicas de um pai: Papai do Céu

'Olhe pela minha mãe que já saiu para trabalhar e ainda está escuro, olhe pelo meu pai que depois de me deixar em minha escola também sairá para o seu trabalho.

Agradeço-lhe Papai do Céu por me dar uma família. Um pai e uma mãe dedicados, nem sempre espertos para compreender os meus desejos e necessidades. Eles se esforçam, mas a minha lista de reclamações, resmungos e manhas só faz crescer.

Papai do Céu, por favor, traga o Sol para que possamos brincar ao livre e eu possa respirar ar bom e fresco. Olhe pelas crianças que não têm pais, pelas crianças que mal comem e que vivem ao sabor das horas sem carinho e sem abraços.

Grata, Papai do Céu !

Já me esquecia, alento ao time de futebol do meu pai que tenta mas a bola cisma em não entrar'

Crônicas de um pai: Eu amo

Crônicas de um pai: Eu amo

As almas doentes e os corpos chagados dos meus pais a cada dia despediam-se, falavam-me da dor de deixar-se ir, de ficar sozinho e de sonhar a esperança de algo mais.

Ao olhar para você, minha pequena Maria, revivo tudo, no entanto, você ainda escreverá a sua história, há um céu inteiro para você colorir com os seus dedos de meu bem.

Aprende-se a amar, amando. A cada dia ao seu lado ouço a sua voz bebê e me lembro de mim, daquele menino que se perdeu e que você encontra.

Escrevo-lhe porque temo que os dias roubem o meu juízo e eu adoeça e não saiba mais nada de mim e fique como aquele homem que etiquetava o mundo ao seu redor para se lembrar dos nomes das coisas.

Grato, pequena Maria!

Beijo, minha filha!

(Já lhe agradeci, Vany?

Beijo!)

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Crônicas de um pai: Outono

Crônicas de um pai: Outono

O outono deixou todos doentes em casa, primeiro a pequena Maria, depois, Vany e, agora, o pai. Ninguém escapou dos problemas respiratórios. Sofremos um bocado, acompanhar Maria e suas dificuldades respiratórias e, por conseguinte, as refeições truncadas nos deixaram assustados. Tão pequena e frágil, aos poucos ela dá sinais e nos avisa que os dentes também estão para chegar. Tudo ao mesmo tempo, desconforto demais.
Estamos aqui e vamos ajudá-la!

Crônicas de um pai: as frases ficaram regulares

Crônicas de um pai: as frases ficaram regulares

Maria será, ou melhor, é tagarela: fala e resmunga como poucos. As frases para nossa surpresa começaram a ganhar novo brilho. Outrora, elas pareciam uma coleção de sílabas e sons, agora, parece haver uma uniformização, eu e Vany acreditamos que a qualquer instante surgirá uma palavra conhecida, falta pouco.
Assusta um bocado, semanas atrás, deixamos a maternidade com uma menina pequenina, hoje, nos surpreendemos com as suas artes e travessuras.

Grato, Vany!
beijo, minha esposa!

Crônicas de um pai: Maria Luíza, programadora

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ps. minha Maria leva a sério a sua arte, não pode ver o computador e já leva as suas mãos ao teclado; abre janelas que eu sequer sabia que estavam ali.

sábado, 15 de abril de 2017

Crônicas de um pai: saber depois

Crônicas de um pai: saber depois

Ao longo do dia, um sem número de vezes imagino a minha filha crescida. Fico a pensar nos seus traços, nas suas brincadeiras e na sua alegria. Espero que os seus dias sejam mais felizes do que os meus, que não haja tantas janelas fechadas e que não chova tanto, que não lhe roubem a alegria em nome de bobagens. Espero que as flores floresçam mais e mais, que a esperança lhe dê o andamento do dia, que o respeito e a cordialidade sejam distribuídos em generosas porções. Caso faltem - e certamente faltarão - que saiba lembrar do alento que leva guardado, alento com gosto de acalanto.

beijo!

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Crônicas de um pai: o coelho e o ovo

Crônicas de um pai: o coelho e o ovo

Ao buscá-la hoje à tarde no berçário ganhamos uma menina que levava sobre a cabeça um par de orelhas de coelho. Ela estava linda, a mãe ficou emocionada, chegou às lágrimas ao segurar a sua coelhinha. O pai, cá entre nós, babava mais do que a filha.

Grato pela equipe que de forma dedicada cuida de nossa Maria.

ps. uma pergunta que não cala, qual das berçaristas vestiu-se de coelho? as fotos estão ótimas...

Crônicas de um pai: minha primeira Páscoa

Crônicas de um pai: minha primeira Páscoa

'Meu querido diário: Páscoa
Minha primeira Páscoa tem sido cheia de lições. Lições de família, lições de amor, lições do lar, lições de fé. Aprendi que dar a vida por amor nos faz ser sem que somos, nos qualifica e distingue'.


Crônicas de um pai: laringite, ainda

Crônicas de um pai: laringite, ainda

Apesar dos cuidados e medicamentos, Maria ainda padece. Sofre com a mudança de tempo, hoje, fizemos nova visita ao médico. Pai e mãe seguem atentos e com o coração na mão, pouco progredimos desde a visita médica de segunda última, o quadro segue pedindo atenção.

Crônicas de um pai: entre o purê de batatas e a massa de modelar

Crônicas de um pai: entre o purê de batatas e a massa de modelar

Liberados para comer comida, os dias de Maria Luíza ficaram agitados e repletos de novidades gastronômicas. A mudança de cardápio trouxe situações e brincadeiras inusitadas. O purê de batatas, aos poucos, ganha a aprovação do paladar de nossa Maria, ainda há caminho a percorrer até a aceitação ser completa. Por enquanto o purê lhe serviu para uma nova brincadeira, saboroso ao seu paladar, o purê também caiu bem para a brincadeira de massa de modelar. O estrago na mesa e nas roupas e extraordinário, tanto que após a refeição apenas o banho ajudar a recolar tudo no lugar.

Ela cresce!!

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Crônicas de um pai: remédios + remédios

Crônicas de um pai: remédios + remédios

Ontem era preciso comprar a primeira escova de dentes, hoje, remédios para pingar no nariz, as visitas à farmácia são regulares. Comprar remédios jamais é algo bom, revela a dor, assinala a doença e o mal-estar.
Indica, igualmente, que estamos a procurar a recuperação, a buscar o caminho que nos permita descansar.

No consultório, hoje, nossa pequena Maria revelou-se apurada observadora. Por instantes, a dificuldade de respirar fica de lado para que possa dar conta do sem número de novidades que estão ao alcance dos seus olhos.

Beijo!


Crônicas de um pai: aperto no coração

Crônicas de um pai: aperto no coração

O desconforto e a noite mal dormida da filha desconcertam. O outono e as dificuldades respiratórias deixam o coração apertado. Pai e mãe estão certos que logo a filha reagirá, logo ficará melhor, todavia, há um caminho a ser percorrido, há o ritual dos remédios que são ministrados em casa e, também, aqueles dados pelos médicos de acordo com a peculiaridade do desconforto. Passará, claro que passará, mas é melhor fazer isso com a ajuda certa. Nos chamam de pais de primeira viagem e, de fato, somos. Mais do que isso, somos pais de primeira viagem que estão cientes de que doenças respiratórias podem ser fatais para um recém-nascido que vive em uma cidade poluída.
Podem nos chamar de pais de primeira viagem sugerindo que exageramos, melhor assim, diz mais sobre quem somos e o brilho da nossa responsabilidade.

domingo, 9 de abril de 2017

Crônicas de um pai: purê de batatas com caldo de feijão

Crônicas de um pai: purê de batatas com caldo de feijão

'Meu querido diário: por fim meus pais começaram a diversificar o meu cardápio. Não aguentava mais ver tantas delícias sob os meus olhos e não poder saboreá-las. Purê com caldo de feijão foi aprovado, no início, estranhei, mas rendi-me.
Agradeço à minha pediatra, a Doutora C*; a senhora me salvou, se eu puder pedir um favor, a senhora pode avisar os meus pais que o sorvete triplo de morango com paçoca foi liberado. Estou ansiosa para experimentar o tal sorvete, meu pai fala tanto que não vejo a hora.
Beijos!'

Crônicas de um pai: a filha a buscar pelo coração de sua mãe

Crônicas de um pai: a filha a buscar pelo coração de sua mãe

Ouvimos e lemos o que estão a dizer sobre bebês, assistimos e compartilhamos vídeos de bebês aos montes. Há uma literatura sobre recém-nascidos. Por vezes a procuramos, por vezes pessoas próximas nos indicam.
Estamos imersos no universo bebê. Nas últimas horas aprendemos que bebês reconhecem as suas mães, não porque sintam o cheiro do leite, mas sim porque reconhecem o  batimento cardíaco de suas mães.
Vany chorou ao ouvir isso, voltou-se para mim e tentou sorrir para esconder as suas lágrimas.
Ao ver mãe e filha juntas, entendo que é verdade. Os olhares, as expressões, vivem a sua sintonia, a sua linguagem singular de mãe e filha.
É um privilégio acompanhar a dança das duas. Única e verdadeira.

Crônicas de um pai: Domingo de Ramos e a família

Crônicas de um pai: Domingo de Ramos e a família

Minha família passa bem, nos dias que seguem, muitas vezes me pergunto sobre a graça que é viver dias de tamanha satisfação. Alegria de ser, alegria de estar. Tornei-me, sob certo aspecto, homem que procura de diferentes maneiras testemunhar e compartilhar o sorriso que anima o meu dia.
O Domingo de Ramos trouxe de volta minha mãe, Dona Nacima, trouxe de volta a Paixão, a esperança sem fim e continuamente renovada. De volta à casa do Coração, de volta aos dias do acalanto e da devoção.
Olho para minha esposa, devo-lhe sincero agradecimento por me ajudar, por segurar a minha mão em dias de silêncio.
Nossa pequena Maria está bem, viveu dia cheio de novidades, sentada na grama, descalça, recolheu grama e mostrou-se em condições de levar adiante a lição que aprendemos.

sábado, 8 de abril de 2017

Crônicas de um pai: massagens para bebês

Crônicas de um pai: massagens para bebês

Sábado, dia da família, hoje, foi também o de descobrirmos sobre massagens para bebês no Sesc. Filas de mães e de pais, filas de avós, filas de carrinhos, filas e filas...exagero meu, como sempre...
Experiência divertida e lúdica durante as quais vivemos os nossos papeis de pais, pais encantados. Maria Luíza arranca sorrisos aos montes, ninguém se aproxima e fica indiferente.
Aprender a tocar, aprender a responder aos movimentos. O perfume do óleo em nossas mãos.
Sábado, dia da família, com certeza!

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Crônicas de um pai: Páscoa

Crônicas de um pai: Páscoa

(Oferecer-se por amor)

Certa vez, em dia de tristezas fundas, li comentários feitos pelo Papa Francisco a respeito do cuidado com pessoas acamadas. A atenção estava voltada não propriamente para o doente, mas para aqueles que dele cuidam. A aproximação lembrava a Páscoa, lembrava a Paixão. Naqueles dias, as palavras de Francisco ficaram comigo e me auxiliaram a ter prumo e ajudar com amor maior do mundo quem estava ao meu lado.

Minha Quaresma está repleta dessas lembranças.

Minha Páscoa, minha Paixão, agora, tem a pequena Maria, minha doce Maria.

Beijo, filha!

Feliz Páscoa !

Crônicas de um pai: escova de dentes

Crônicas de um pai: escova de dentes

Hoje comprarei a primeira escova de dentes....incrédulo, a ficha custa a cair. Não conduzimos, somos conduzidos. Há que se aprender a ouvir o ritmo e com coração sereno aproveitar o voo ligeiro, da maneira como vamos, em breve, ela se sentará sozinha à mesa para comer espaguete e pedir morangos de sobremesa.

Os olhos da mãe brilham mais do que o usual. Pais de primeira viagem ao saberem e ouvirem da pediatra que tudo segue bem, vivem a satisfação de saber que acertam mais do que erram.

Ela cresce e nós testemunhamos a bênção da vida.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Crônicas de um pai: Nossa Senhora de Lourdes

Crônicas de um pai: Nossa Senhora de Lourdes

Tantas mudanças e novas justo no dia em que Maria Luíza ganhou de presente uma pequena imagem de Nossa Senhora de Lourdes.
Hora de agradecer, hora de oferecer uma prece!

Crônicas de um pai: dia de pediatra (ai, meu Deus!)

Crônicas de um pai: dia de pediatra (ai, meu Deus!)

Maria chegou aos 7 quilos, mede 67 cm no dia em que completa 5 meses e 10 dias. Maria deixou a sua médica perplexa com esses números e, ainda, com os seus dois primeiros dentes.
A dieta será outra, manteremos o leite, mas agora podemos comer frutas e legumes...Estamos assustados com a nova etapa de nossas vidas.
Em silêncio olho para a minha esposa e fico a imaginar maneiras de dizer obrigado, meios de tornar a sua vida mais amena e tranquila.

beijo, Vany!

beijo, Maria!

ps. ai, meu Deus!!

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Crônicas de um pai: nada como antes

Crônicas de um pai: nada como antes

Maria não se senta mais como antes, a firmeza e a coordenação lhe dão agilidade e capacidade de interagir. Maria não se alimenta mais como antes, o tamanho da mamadeira e da vasilha de mingau são outros, cresceram.
Maria não nos olha mais como antes, ganhamos afagos e puxões de cabelo.
Maria não fala mais como antes, agora, descobriu fonemas e pode levar minutos em seus exercícios vocais.
Maria não veste como antes, mais da metade de seu enxoval foi aposentado ou doado.
Maria não ri mais como antes, oferece gargalhadas.
Maria não exibe as suas mãos como antes, já as descobriu, treinou o quanto precisava e agora as usa para trazer o mundo para perto de si.
Maria não brinca mais como antes, conta as suas próprias histórias de encantamento entre as plantas do quintal

ps. sim, é bom vê-la crescer, mas que me seja permitido dizer que sinto saudades dos dias em que ela pequenina ficava aninhada em meu peito e dormia; hoje, crescida, não adormece mais em meu colo.

Crônicas de um pai: livro de comer

Crônicas de um pai: livro de comer

O livro de banho definitivamente faz enorme sucesso com Maria Luíza. Mordedores, bonecas e balões são campeões de atenção, mas nada que lhes permita chegar perto do livro de banho. Aliás, ela não o usa no banho, apenas em todas os demais cômodos e em todas as situações imagináveis.

Sim, Maria será uma devoradora de livros, por ora, ela, de fato, os leva a boca para mordê-los ou erguê-los acima de sua cabeça e, assim, mostrar a todos que está se divertindo.

Beijo, filha!

Ps. Há apenas um outro objeto que ameaça o livro de banho, uma tampa de cor amarela que servia a um achocolatado. Brincar é o verbo para entender até onde o mundo chega!

terça-feira, 4 de abril de 2017

Crônicas de um pai: perfume do bem

Crônicas de um pai: o perfume do bem

O passar dos dias confere contornos, cores e cheiros ao solar em que vivemos. Eu trago o meu bem para perto e sinto o seu perfume, mordisco a sua pele bebê. Maria está inteira em meus braços, ensaia palavras, experimenta sons e confidencia os seus interesses e sonhos. Cúmplice digo-lhe que poderá contar comigo. Por um instante, eu me pergunto sobre a sua memória. Do que ela se lembrará ? De quem ela se lembrará ? Por ora, devo me dedicar aos seus brilhos confiar no porvir.

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Crônicas de um pai: ela perguntou sobre o pai?

Crônicas de um pai:  ela perguntou sobre o pai?

O pai bobo tolo telefona para ter notícias do retorno da esposa e da filha. (Se cabe ao pai o desconfortável tarefa de deixar a filha no berçário, a mãe tem o privilégio de restaurar a família trazendo a filha de volta à casa).

Depois de perguntar se mãe e filha estão bem, lança um 'ela perguntou?. Desejo confessado de se sentir relevante e importante na vida da pequena Maria. Receio de ser esquecido e preterido pelo colo de alguma berçarista.

A mãe, generosa, e ciente da fragilidade emocional do pai bobo tolo ensaia lindas respostas que o enchem de alegria.

Crônicas de um pai: Segunda-feira

Crônicas de um pai:  Segunda-feira

Após um final de semana em família, a segunda-feita reinicia o ciclo de jornadas longe de casa, de períodos afastados. Deixá-la no berçário, depois de tantas descobertas e transformações é pedir que você se afaste de sua melhor parte, é pedir que o dom que lhe foi ofertado fique distante. Aperta o coração.

A cada dia, Maria é outra. Segurar com as próprias mãos a colher que lhe serve o mingau é do passado. Eu e Vany acreditamos que algumas palavras e frases já fazem sentido para a nossa pequena. Ela nos ouve, ela nos segue e sorri para nós. Aos nossos olhos, a caminhada difícil que nos trouxe até aqui, de um instante para o outro ganha alento. Maria nos leva de volta aos dias felizes que todos nós tivemos. Ela nos restaura, purga dores e nos ensina a dignidade que um sorriso confere.

A vida é um dom, ouvir a vida é o que esquecemos de fazer. Quão difícil é não se esquecer das lições que realmente contam.

Grato, grato, grato!