sábado, 25 de fevereiro de 2017

Crônicas de um pai: ao volante do carro

Crônicas de um pai: ao volante do carro

Impaciente, minha Maria estava impaciente, a mãe estava a se aprontar para sairmos e minha Maria com os seus resmungos de impaciência dizia que demorávamos. Resolvi tentar algo novo, decidi levá-la comigo para a garagem de casa. Ela nunca havia sentando antes no banco da frente, sempre fora a senhorinha que via a rua passar a partir do banco do passageiro; agora, sentada em colo, tinha ao alcance das mãos aquele painel cheio de botões e um volante. Em meio a tantas informações novas acompanhou a movimentação com atenção, ajudou-me a manobrar o carro e sempre em silêncio sorriu quando a mãe surgiu. A mãe não queria acreditar no que fizemos, não queria acreditar que a filha já estava a andar no colo do pai e, ao mesmo tempo, retribuía o sorriso de satisfação da filha que, agora, tinha muito a lhe contar sobre carros e garagens.

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