sábado, 2 de dezembro de 2017

Crônicas de um pai: a escalada

Crônicas de um pai: a escalada

Há uma casa inteira pela frente, rotas a serem palmilhadas centenas de vezes; concluída a série é preciso recomeçar, refazer roteiros, criar novas brincadeiras, descobrir texturas, aprender a diferença entre a verdura de nossa geladeira e as folhas verdes de nossos vasos. Assim são os dias, eles começam com gesto simples e supremo. Maria engatinha e busca pelas nossas pernas, quando as encontra, escala com as suas pequenas mãos e ao se colocar de pé nos diz do que precisa, nos segreda as suas expectativas e vontades. Mãos de bebê a nos chamar, nos voltamos para ela e ofertamos as nossas mãos para a jornada que começa agora. A casa é pequena e os roteiros são infinitos.

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