Crônicas de um pai: as brincadeiras
Araras e elefantes, bonecas e bonecas mudaram de papel em
nossa casa. O crescimento reescreve as brincadeiras e redefine os brinquedos. O
elefante agora recebe afagos ao ser minado e é abraçado tal como a própria
Maria é. Nossa filha vê e repete. Qualquer ação nossa ganha registros naquela
pequenina cabeça. Do abraço ao uso de uma chave de fenda, tudo está em sua
linha de atenção. Ainda ontem, Maria pegou uma chave de fenda e começou a
desparafusar – ao menos tentar – o seu berço. Ela nos viu fazendo
isso e aprendeu, agora, é a vez dela. Se
a mãe está a lavar mamadeiras, Maria Luíza quer tomar parte e mexer com água e
sabão. Se eu tirei as chaves da porta, pois nossa pequena tem hábito de
ficar na ponta dos pés e mexer no chaveiro – mais uns dias e ela alcançará a
maçaneta – é preciso deixá-las longe de suas mãozinhas. Tirei as
chaves da porta, mas deixei as do carro ao seu alcance e lá vai ela tentar as
chaves do carro na fechadura da porta de casa. Eu e Vany nos assustamos com
tudo isso, vivemos assombrados com o milagre que nasceu lá em casa.
(assombrados e felizes!)
(assombrados e felizes!)
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