sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Crônicas de um pai: quando aconteceu?

Crônicas de um pai: quando aconteceu?

Vivo a me perguntar quando as coisas mudaram. Quando Maria Luíza aprendeu o que é uma bolsa? Quando aprendeu a usá-las? Hoje, ela ganhou bolsas de sua tia Laura. Ao perceber o que lhe davam de regalo esticou o seu pequeno braço para receber e carregar. Quem lhe ensinou? Não é de hoje que ela refaz o que há ao seu redor. Se a mãe está a pentear os cabelos, nossa Maria repetirá os movimentos de sua mãe. Quando ela deixou de ser uma menina que brincava para outra que aprendeu a brincar de usar, aprendeu a representar. Outro dia, ela abria a boca para sorver a sua comida, agora, deseja usar os talheres para buscar as delícias que lhe oferecem. Somos surpreendidos, ela nos leva a situações não cogitadas e inesperadas. Outro dia ela estava em nossos braços, agora o mundo está a chamá-la. Ela sorri, sorri seu jeito menina, menina que cresce. Dizemos que a amamos e ela nos oferta um sorriso ainda maior.  

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Crônicas de um pai: as brincadeiras

Crônicas de um pai: as brincadeiras

Araras e elefantes, bonecas e bonecas mudaram de papel em nossa casa. O crescimento reescreve as brincadeiras e redefine os brinquedos. O elefante agora recebe afagos ao ser minado e é abraçado tal como a própria Maria é. Nossa filha vê e repete. Qualquer ação nossa ganha registros naquela pequenina cabeça. Do abraço ao uso de uma chave de fenda, tudo está em sua linha de atenção. Ainda ontem, Maria pegou uma chave de fenda e começou a desparafusar – ao menos tentar – o seu berço. Ela nos viu fazendo isso e aprendeu, agora, é a  vez dela. Se a mãe está a lavar mamadeiras, Maria Luíza quer tomar parte e mexer com água e sabão. Se eu tirei as chaves da porta, pois nossa pequena tem hábito de ficar na ponta dos pés e mexer no chaveiro – mais uns dias e ela alcançará a maçaneta – é preciso deixá-las longe de suas mãozinhas. Tirei as chaves da porta, mas deixei as do carro ao seu alcance e lá vai ela tentar as chaves do carro na fechadura da porta de casa. Eu e Vany nos assustamos com tudo isso, vivemos assombrados com o milagre que nasceu lá em casa.

(assombrados e felizes!) 

domingo, 24 de dezembro de 2017

Crônicas de um pai: milagres

Crônicas de um pai: milagres

Ela é dada a realizar milagres. Desde antes de nascer ela trouxe dias claros para a casa que andava em silêncio de dor e de lembranças machucadas. Antes de nascer ela fez paredes serem renovadas, janelas sorrirem escancaradas. Ela fez das suas. Ela nos ensinou o que é um milagre, o que é uma bênção.
Agora mesmo, enquanto escrevo o nosso milagre mama e sua mãe aninha o milagre em seu peito.
Ela recriou o nosso mundo a partir das raízes, deu-nos novas chances, ensinou-nos que há o caminho do coração, tudo mais é engano, é descaminho.
Em dias de nascimento daquele que fala de amor, o milagre que nasceu lá em casa nos ensinou a ser um presépio, de verdade.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Crônicas de um pai: caminhar

Crônicas de um pai: caminhar

Quando está conosco Maria prefere caminhar dando as mãos. Ela nos conduz, cria os seus itinerários e revela a sua curiosidade. Certa vez disseram que era dengo, disseram que ela sabia caminhar por conta própria e seria desnecessário dar-lhe as mãos.
As caminhadas que faz com os pais, em geral, envolvem lugares novos e pessoas desconhecidas. Maria pede as nossas mãos para enfrentar o mundo. Quando há algo novo pela frente ela para e fica junto às nossas pernas. Nossas pernas transformam-se em um nicho a partir do qual ela observa e processa as suas informações. Feito isso ela está pronta para prosseguir. Não é dengo, apenas um pedido que ela nos faz: me deem a mão, preciso de apenas uns poucos instantes antes de prosseguir.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Crônicas de um pai: curiosa, muito curiosa

Crônicas de um pai: curiosa, muito curiosa


O salão de refeições do hotel foi palmilhado em diferentes direções, as mesas dos hóspedes visitadas com atenção. Sorrisos e simpatia distribuídos com generosidade a todos os presentes. Ela quer ver e saber de tudo. Fica em silêncio a observar e nada lhe escapa. O resultado é que ela se torna conhecida de todos. O bebê que adora caminhar desvenda  quais são as mesas compostas por pessoas dispostas a retribuir um gesto de carinho e quais outras abrigam quem se esconde do carinho. À sua maneira ela nos ajuda a ver tudo sob outra perspectiva. 

Crônicas de um pai: em frente ao espelho

Crônicas de um pai: em frente ao espelho

O espelho mudou, agora, ficar em frente ao espelho fazendo caras e bocas é a nova brincadeira. Buscar pelas pessoas que estão no cômodo e têm  a sua imagem refletida enquanto sorri de si mesma são a maneira da pequena grande Maria Luiza revelar e praticar os seus jogos.

Parada e a sorrir para o seu reflexo aproxima o seu nariz da película. Abre a sua pequenina boca e busca sorver e lamber a sua imagem. Ela cresceu!

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Crônicas de um pai: o idiota e a rede

Crônicas de um pai: o idiota e a rede

De um tempo para cá comecei a considerar a rede a partir de outra perspectiva: a do pai preocupado com a enxurrada de porcarias que cairá na cabeça  de minha filha. Como nos defendemos da vulgaridade e da deseducação que são oferecidas e compartilhadas na rede? Como preparar um filho para usufruir dos bons recursos e meios colocados à disposição por computadores? O risco está ao nosso redor e veste fantasias cativantes. Sim, viver guarda riscos e desafios, todavia o território representado pela rede verbaliza e transforma em imagens um volume de material degradado que assombra. Disparar palavrões transformou-se em indicador do sucesso, erotizar o mundo, banalizar o crime fazem parte do receituário perverso e indigesto oferecido aos borbotões.

Aprender a nadar pedirá que minha filha respeite a água e saiba o limite de cada fase de sua vida. Aprender a navegar na rede exigirá que minha filha lembre-se de lições que ainda não aprendeu. Num e noutro caso, chegará o tempo em que sozinha ela tomará as suas decisões, por ora, me cabe educá-la como pai e expressar de forma franca o meu horror ao lixo. Liberdade de expressão, tantas vezes invocada, não pode servir para que a grosseria seja tratada como cultura. O idiota precisa de uma sala de aula para que a câmera de vídeo seja algo mais do que uma pá de lixo reveladora da sua mediocridade.

Crônicas de um pai: falar aos quatro ventos

Crônicas de um pai: falar aos quatro ventos

Maria Luíza adora conversar, tem as suas frases e combinações fonéticas favoritas. Eu e Vany estamos convencidos de que ela tem bom entendimento do que falamos ou lhe pedimos. Por exemplo, se solicitamos ajuda para calçar as meias ou vestir o casaco, Maria oferece o seu pé e estica o braço. Ela nos acompanha e nos compreende. Dia desses, ela soltou as travas e começou a brincar com a linguagem. Falava, falava e gesticulava como se a língua e as mãos fossem pares. Se normalmente as suas frases estão cheias de nomes conhecidos, há ali um desejo de falar, a brincadeira de dias atrás era intrigante e divertida. Quando me dei conta, comecei também a brincar. Maria ao perceber o que eu fazia parou e começou a me olhar sorrindo a sua boca cheia de dentes. Ficamos ali a conversar sobre tudo, a gesticular sobre paisagens e tudo mais. Estávamos juntos em um mundo particular.



quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Crônicas de um pai: giz de cera

Crônicas de um pai: giz de cera

Nos últimos dias, Luíza ganhou caderno de desenho e giz de cera. Era maneira de ajudá-la com as cores e, também, treinar a sua coordenação motora. Tudo ia bem, todavia, o caderno revelou-se restrito e os azulejos da cozinha mereceram a sua atenção. O estrago é reduzido, de fato, nada demais. É divertido acompanhar as suas ações. O planejamento jamais dá conta das possibilidades que Luíza coloca em movimento.

beijo, filha!

(não, meu amor, não comemos giz de cera!)

Crônicas de um pai: Dia de pediatra

Crônicas de um pai: Dia de pediatra

Os dias que antecedem a visita ao pediatra são de grande expectativa. Aos olhos dos pais nossa menina de 13 meses goza de boa saúde. Será mesmo? Será que há um chiado no pulmão que não deveria
 existir? Quanto ela cresceu? Estamos dentro da margem de altura e de peso?
Não sabemos, não sabemos tudo e precisamos de ajuda. Doutora Camila acompanha a nossa pequena desde o início, são velhas amigas. Em mais de uma oportunidade, nossa médica nos mostrou a sinceridade de sua dedicação.

Hoje, pela primeira vez, Maria Luíza entrou no consultório caminhando, o colo ficou para trás, agora os passos da menina atraem os olhares de todos que aguardam. A ansiedade deu lugar à serenidade. O estado de saúde e de desenvolvimento de nossa pequena está dentro do esperado. Maria Luíza contou tudo para a sua médica, falou de suas andanças pelos corredores e dos sorrisos que ganhou. Desejou tomar do estetoscópio para ouvir os segredos de outros pacientes. 
No final, médica e paciente, amigas posaram para uma foto.
Grato, Dra. Camila!  

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Crônicas de um pai: cantar e dançar

Crônicas de um pai: cantar e dançar


Desde cedo Maria revelou a sua paixão pela canção, ou melhor, antes disso, pelo som. Da máquina de lavar roupa ao verso é percurso bem trilhado e dela conhecido. As batidas e a respiração do coração de sua mãe ainda durante a gestação reverberam. Maria já tem as suas canções favoritas, que, muito cedo ainda, aprendeu a coreografia. Maria balbucia palavras, muitas vezes, perfeitas. Ela canta a história da galinha ou a do sapo. Leva para frente e para trás o seu corpo bebê e gesticula, balança as suas mãos pequeninas e escancara sorriso de satisfação. Ela está feliz e não há como não ser contagiado com tanta disposição e simplicidade ainda que a história de dona aranha subindo pelas paredes não tenha final feliz.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Crônicas de um pai: não era bem isso que imaginávamos

Crônicas de um pai: não era bem isso que imaginávamos

Dias atrás, em casa, Maria Luíza estava disposta a iniciar as suas caminhadas. Julguei que valeria a pena tirar-lhe os sapatos. Estava quente e imaginei que a caminhada descalça dentro de casa poderia lhe propiciar boa experiência. Já caminhara descalça na grama e na areia, mas dentro de casa, não. Lá vamos nós !!

Maria gostou, gostou de sentir o piso sob os seus pezinhos. Parou e observou. Intrigada bateu o pé para sentir o chão, curtiu ficar descalça. Divertiu-se quando se deu conta de que podia bater os pezinhos. Agora, calçada ou não, em casa ou não, quando caminha Maria Luíza ensaia as suas paradas para nos oferecer o seu sapateado. Eu e Vany aprendemos, aprendemos a sapatear.

Crônicas de um pai: berçário 2 e infantil 1

Crônicas de um pai: berçário 2 e infantil 1

Eu e Vany acreditávamos que receberíamos o relatório do berçário. Esperávamos ver fotos e saber algo da experiência de nossa filha. Quando muito ouvir que ela troca uma sala pela outra, aventura-se em caminhadas pelos corredores e no parquinho.

Nada disso! Maria Luíza, agora, é infantil 1. A bolsa de bebê sai de cena e entra a mochila da menina. As roupas transformam-se em uniformes.

Não pode ser diferente, aos 13 meses nossa filha exibe a sua desenvoltura de menina que cresce de forma rápida. Esperta, inteligente e linda.

Pois se o infantil 1 é o que está à sua frente, conte conosco. As salas novas, os professores diferentes, os cadernos pessoais, sabemos que estranhará, mas estamos certos que contará com a ajuda de todos em sua escola. Eu e sua mãe estaremos aqui, todos os dias, todas as horas que precisar.

Infantil 1 é a nossa próxima fronteira!! Uauuu!!

Crônicas de um pai: encantadora e esperta

Crônicas de um pai: encantadora e esperta

Em virtude de uma inflamação no ouvido, durante a última semana nossa Maria toma medicamentos. Ela não aprova alguns deles, chora e chora para nos afastar dos vidros e de suas poções. Ontem pela manhã, ela dormia e eu buscava ingenuamente acordá-la para o medicamento. Dei-me conta que ela fingia dormir. Aproximei o meu nariz do dela e comecei a brincar. Maria Luíza, a encantadora, segurava o quanto podia para não rir e, desta forma, revelar a sua farsa. Ela estava ali querendo que eu acreditasse que ela dormia, querendo dizer que não podia tomar nada.

Ela sabe do que gostar.

Não aguentou mais e escancarou os olhos vivos de quem diz: 'você me encontrou, quero mais'

Crônicas de um pai: fraldas, remédio e mamadeira

Crônicas de um pai: fraldas, remédio e mamadeira

Cuidar de mocinha tão inteligente pede estratégias, sobretudo, quando se está sozinho. Ela ainda dorme, fartou-se no peito da mãe logo cedo e voltou ao seu repouso de bebê. Não tarda e acordará para o dia que os passarinhos estão a chamar no quintal.

As fraldas são trocadas com facilidade, ela prefere ressonar a choramingar nesse horário. Aproveita para curtir e valorizar a preguiça da manhã. O remédio, passo seguinte, anuncia que a batalha é iminente. Ela percebe a minha ação e arma as suas defesas contra o intragável medicamento. Venço, vencemos. A mamadeira está pronta e ao alcance das mãos. Está a nossa espera desde o início da operação da manhã. A mamadeira ajuda Maria a deixar para trás o gosto do remédio.

Agora só falta colocar um casaco leve e uma touquinha, estaremos prontos para sair.

'Partiu escola'

Ainda há tempo para que ela peça cafuné, esparrama-se e suplica por um afago, eu a atendo de pronto.

Eu te amo, pequenina!

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Crônicas de um pai: sala de espera

Crônicas de um pai: sala de espera

Salas de espera pedem aprendizado, pedem que sejamos capazes de encontrar e dar rumo a barco que ameaça ser engolido por uma tempestade. A parede de água vai nos engolir. Estava eu assim, dias atrás, exaurido pela febre e tendo em minhas mãos os exames que apresentaria dentro de instantes à médica. Procurará na rede todas as informações disponíveis em páginas idôneas sobre os indicativos de reagente e não reagente informados pelos exames. Lembrei-me de história das Mil e uma noites na qual um homem tem uns poucos dias para acomodar a sua família antes que um gênio venha cumprir a sentença de morte. Lá estava eu brigando com vagalhões imaginários que me afogavam e me lembrando das promessas feitas a Vany e que iria quebrar. Fui salvo pela médica que me chamava ao consultório. Sentei-me crente de que era grave. 'Você tem contato com crianças pequenas? Perguntou-me enquanto fazia marca nas folhas dos exames. Sim, respondi-lhe, tenho uma filha de 13 meses. 'É isso, ela lhe passou'. De repente os vagalhões voltaram e agora ameaçavam a minha Maria. 'Na criança há apenas leve resfriado, já o adulto vai à lona com a mesma combinação de vírus'. Maria resiste mais do que os seus pais, está preparada. Logo mais os pais terão  cadernetas de vacina, medida necessária para enfrentar os novos tempos. No domingo refiz os exames, agora é aguardar, esperar que as infeções tenham cedido e os órgãos recuperado o tamanho normal. Maria passa bem, pronta para tudo.

Crônicas de um pai: falar com as mãos

Crônicas de um pai: falar com as mãos

Maria Luíza fala aos quatro ventos, gesticula ao conversar encantada com as mãos cheias de dedos que dançam em frente aos seus vivos olhos. Eu e Vany agora sabemos que mesmo no berçário Maria tem o seu público. Falante e  disposta a desenhar o mundo aos seus ouvintes, Maria Luíza está lá contando suas histórias com o dedo indicador a apontar para o firmamento.

domingo, 3 de dezembro de 2017

Crônicas de um pai: brincar com a sua filha

Crônicas de um pai: brincar com a sua filha

Sábado último, eu e Vany estivemos na escola de nossa filha. Aprendemos a brincar com ela, conhecemos e fomos conhecidos pelos responsáveis por cuidar de Maria ao longo da semana. As salas e os seus segredos, os espaços e suas paisagens lúdicas foram ocupados por dezenas de pais. Durante alguns instantes nos fizemos pais e filhos reunidos na casa que todos os dias acolhe nossos pequenos herdeiros. Foi um sábado diferente, houve mesmo lugar para que eu e Vany - Maria entre nós - dançássemos uma valsa.
Grato, grato pelo dia!!
Abraços cordiais!!

Crônicas de um pai: a música

Crônicas de um pai: a música

O tema do 'Revelando São Paulo' era o  Divino Espírito Santo. Havia lugar, todavia, para todas as manifestações de Deus, havia respeito e concórdia. Da mesma maneira como as comidas e aromas se misturavam, homens e mulheres dançavam as suas heranças de festas. Ao chegarmos pela manhã, Maria Luíza dormia, ressonava serena e encolhida; encolhida, pois, Maria cresceu e o colo de sua mãe a cada dia perde espaço, torna-se um pouco menor enquanto Maria cresce. Caminhávamos os três quando os sons de festeiros coloridos chegou aos nossos ouvidos, de pronto, Maria abriu os seus olhos, levantou-se e ergueu a sua mão como quem busca despertar e ao mesmo tempo apontar para o caminho que se vai seguir. O sono ficou para trás, Maria vestiu-se para a festa que viveria junto aos pais.

sábado, 2 de dezembro de 2017

Crônicas de um pai: a escalada

Crônicas de um pai: a escalada

Há uma casa inteira pela frente, rotas a serem palmilhadas centenas de vezes; concluída a série é preciso recomeçar, refazer roteiros, criar novas brincadeiras, descobrir texturas, aprender a diferença entre a verdura de nossa geladeira e as folhas verdes de nossos vasos. Assim são os dias, eles começam com gesto simples e supremo. Maria engatinha e busca pelas nossas pernas, quando as encontra, escala com as suas pequenas mãos e ao se colocar de pé nos diz do que precisa, nos segreda as suas expectativas e vontades. Mãos de bebê a nos chamar, nos voltamos para ela e ofertamos as nossas mãos para a jornada que começa agora. A casa é pequena e os roteiros são infinitos.

Crônicas de um pai: o espaço

Crônicas de um pai: o espaço

É assim que saúdo as suas peripécias pela casa e pelos lugares que visita. Frase de seriado de TV, frase que falava de uma espaçonave que viajava por mundos e galáxias desconhecidos, seres estranhos e excêntricos aos montes. Maria Luíza, hoje, está a escrever o seu diário de bordo e de impressões, compõe a sua cartilha e manual para ler e viver o mundo ao seu redor. Hoje, Maria é a capitã da nova espaçonave o conhecer lugares 'nos quais mulher alguma jamais esteve'.