segunda-feira, 31 de julho de 2017

Crônicas de um pai: brincar a três

Crônicas de um pai: brincar a três

Lembro-me de que andar de bicicleta era bom, era muito bom. Sou capaz de sentir o gosto e o prazer das pedaladas e de ver o quarteirão ficar para trás. Hoje, a bicicleta dos dias de menino já não existe mais, a grande brincadeira é a três. Sentar-se no chão ou na grama e conversar, brincar de família. Rolar no tapete e puxar um trenzinho, beijar os dedos dos pés de Maria até a estrondosa gargalhada. Abraçar Vany e a filha ao mesmo tempo.

Crônicas de um pai: de repente, mãe!

Crônicas de um pai: de repente, mãe!

Vany aniversariou com uma criança em seus braços. Exibiu-a orgulhosa e generosa. No ano passado desfilava com a filha ainda em seu ventre, agora, Maria Luíza mostra-se ao mundo, escancara as suas vontades, descobre e inventa o seu mundo de criança. Vany e a filha aniversariam, cresceram, estão mais bonitas do que quando chegaram. Estão aqui! Sou um pai mais velho e menos rabugento, mais feliz e grato pela chance sem par de viver tudo isso.

(o mundo é bom!)

Feliz Aniversário, Vany!

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Crônicas de um pai: tutorial de fita de cabelo

Crônicas de um pai: tutorial de fita de cabelo

Ao nascer Maria exibia cabelo ralo ralo de recém-nascido, com o passar dos dias os poucos cabelos foram caindo e caindo. Aos 9 meses eles voltaram, crescem e criam formas, dão charme ao semblante de minha pequena. Já estou a procurar tutoriais de fita de cabelo, Vany está brava desde o episódio Masterchef...

Crônicas de um pai: a estação das peras chegou

Crônicas de um pai: a estação das peras chegou

Não sei se é época de peras, só sei que em nossa casa o mamão foi abandonado e a fruta da vez é a pera. Se antes Maria devorava um mamão sozinha sem nenhuma dificuldade, agora, a pera a satisfaz.
Ela abre bem a boca bebê e morde - arranca - nacos generosos da polpa. Confesso que eu e a mãe ficamos apreensivos com o tamanho dos pedaços, afinal, um quarto da fruta não precisa de  mais do que 5 abocanhadas.
'Mastigue bem, filha! Não tenha pressa, temos todo o tempo do mundo!'

Crônicas de um pai: Masterchef Santana

Crônicas de um pai: Masterchef Santana

Foi mais ou menos assim: Dona Vany, fã de carteirinha de programas de culinária, esmerou-se ao preparar a papinha do dia. Nada de tompêros, nada de combinar abobrinha e frutos da estação, apenas legumes cozidos e processados. Maria andava arredia para se alimentar, os dentes deixavam a sua boca bebê sensível. Aceitou uma colherada, aquela que lhe diz o que estão a lhe oferecer, pegou outra ainda para ter certeza do paladar. Pronto! Bastava, não queria mais nada! Os pais pensaram que eram os dentes, a sensibilidade da gengiva a impedia de comer direito. Pois bem, vamos mamar!

O pai se pôs a descascar as batatas para o purê enquanto a filha mamava, o jantar dos pais ainda não estava pronto. Maria, a encantadora, deixou a mamadeira e buscou as cascas. A mãe não queria acreditar que o seu bebê desejava brincar e morder cascas de batata, sentiu o desprestígio de sua cozinha, apelou ao dizer que a temperatura das cascas de batata estavam a aliviar a gengiva de Maria.

Não houve choro, Vany irá para a prova de eliminação e eu para o mezanino.

Grato, filha!

ps. Eeeeeeeeeba!!

terça-feira, 25 de julho de 2017

Crônicas de um pai: notícia da rede...Beyoncé

Crônicas de um pai: notícia da rede...Beyoncé

Enquanto escrevia Vany navegava pela rede e leu que B. teria contratado 18 funcionários para cuidar de seu casal de gêmeos...Sim, não tenho nada a ver com isso e sequer sei se é verdade, no entanto, dá vontade de rir. Maria Luíza tem a seu dispor um reino inteiro.

beijo, filha!

Crônicas de um pai: a estrada do vinho de São Roque

Crônicas ide um pai: a estrada do vinho de São Roque

Era uma viagem daquelas em que se deixa de olhar para a estrada e procura-se pelo entorno, por aquilo que está além do asfalto e do cascalho. Ao longe uma enorme locomotiva surge, ela marcha em sentido contrário ao nosso. Reluzente e cromada leva uma composição que parece não ter fim. Nós a deixamos para trás e seguimos a estrada do vinho que nos levará à chácara de Ricardo e Cida. Ouvimos ainda o apito do comboio ao tempo em que passamos por um sem número de vinícolas.
São Roque, do vinho e da alcochofra, agora é, sobretudo, o recanto do generoso casal amigo que nos recebeu e compartilhou um pouco do seu paraíso. Nossa Maria descobriu o pé de goiaba e as flores do pessegueiro. Horas encantadoras que nos fizeram ter certeza do sentido da palavra generosidade.

grato Ricardo e Cida!!

Crônicas de um pai: 9 meses

Crônicas de um pai: 9 meses

Chegamos aos primeiros 9 meses (9 + 9 = 18) de nossa nova vida. Maria Luíza Petruz deu-me o prazer de passar longos minutos brincando comigo. Tempos não deixava o colo de sua mãe, todavia, hoje, lembrou-se de mim. O estojo de canetas coloridas da mãe foi ao chão, ficou esparramado aos pés de nossa filha. O tapete ficou colorido com as canetas e o trenzinho vermelho, laranja e azul. O desconforto provocado pelo nascimento dos dentes nos deu uma trégua.
Dia 25 de julho, dia de São Tiago, trouxe de volta o abraço de minha filha. Ela passa cada vez mais tempo querendo o chão, torna-se uma exploradora habilidosa que vive o encantamento da descoberta. À tarde mostrei-lhe como capturar a névoa criada pelo umidificador de ar. Entre o cenho franzido da dúvida e sorriso alegre do fascínio estava minha Maria.
Dona Vany cresceu, de igual maneira, ganhou ares de mulher e soube conservar a honesta capacidade de sorrir. Mãe e filha aniversariam, há muito a comemorar!

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Crônicas de um pai: a mãe e a filha

Crônicas de um pai: a mãe e a filha (ou a dor dente)

Mãe e filha estão juntas de uma maneira que cabe ao pai apenas observar. Maria está às voltas com o nascimento de dentes, significa que tem febre e alimenta-se com dificuldade. Nessas horas de aflição Maria deseja e precisa da mãe. Ela ficará aos prantos em meu colo e ao ver a mãe se aproximar ela suspirará aliviada. Mãe e filha estão juntas de uma maneira que não me cabe atrapalhar, confesso que fico desconcertado, fico a ver navios, sou o pai que deseja acalentar e nada pode lhe oferecer, Maria deseja a sua mãe.
Lembro-me da primeira vez que tive minha filha em meus braços na sala de cirurgia, Maria Luíza chorava alto. Ela estava embrulhada, parecia antes um bicho-da-seda vestido de azul. Eu a tomei em meus braços, de olhos fechados Maria insistia em chorar, aproximei o seu rosto bebê de sua mãe. Elas se viam pela primeira vez, mas elas se conheciam, eram a mesma menina. Maria, ainda de olhos fechados, parou de chorar e a mãe começou.

ps. vou-me embora prá pasárgada!

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Crônicas de um pai: o fusca 1300L de Maria Luíza

Crônicas de um pai: o fusca 1300L de Maria Luíza

Ainda que com meses de atraso cumpri minha promessa, o fusca 1300L bege alabastro voltou a funcionar e a rodar. Pneus recuperados, mangueiras trocadas e o pequeno barulhento voltou a rugir. Maria olhou curiosa para tanta confusão e sorriu quando ele começou a se movimentar. O motor boxer de 40 anos, em breve, será retificado, por ora, ele nos permitirá levar Maria para um passeio no quarteirão e, logo mais, para uma exposição!
(por ora, levarei Vany para uma aventura na sorveteria!)

Crônicas de um pai: o berço foi transformado

Crônicas de um pai: o berço foi transformado

Ano passado, no dia 8 de setembro, o berço ficou pronto, faltavam 7 semanas para a chegada de nossa filha. O berço foi retirado de suas caixas e montado no quarto de Maria Luíza; nas semanas seguintes, eu e Vany, muitas vezes ao longo do dia visitávamos o quarto para namorar o berço, pois bem, ontem, dia 18 de julho, o dito berço foi reconfigurado...o estrado do colchão desceu alguns centímetros e, agora, está próximo ao chão. A disposição anterior já oferecia riscos, Maria se senta com facilidade e descobriu que os protetores laterais são ótimos para se apoiar e, assim, ganhar as grades. Maria aprendeu a escalar.
Não sei se será suficiente, talvez se eu aumentar as grandes em aproximadamente 200 centímetros eu e Vany possamos dormir tranquilos.

beijo, filha!

Crônicas de um pai: Castelo Rá-tim-bum

Crônicas de um pai: Castelo Rá-tim-bum

Mãe e filha eufóricas. Dona Vany empolgada por visitar o Castelo que embalou a sua meninice, a filha por passear. Eu me divertia com a reação das duas, a felicidade de cada reencontro e de cada descoberta. Minha Maria começou a se divertir já na fila quando puxou conversa com um jovem casal. Maria parece ter se encantado com a jovem que usava maquiagem escura e piercing.
De todos os lugares, de todos os cômodos gostei da biblioteca, Maria deixou-se fotografar em meu colo e buscou com os seus dedos pequenos dedilhar as lombadas de dicionários e enciclopédias.
Olha lá, Vany! A Coruja Adelaide!!




segunda-feira, 17 de julho de 2017

Crônicas de um pai: voar

Crônicas de um pai: voar

Maria Luíza repassa os instrumentos de voo e se diz preparada para a viagem que a levará em busca de outro sistema planetário. Eu a ajudo a conferir ainda uma vez mais. Não pode haver erro ou falha.
A espaçonave se ergue e a viagem começa. Mal engatinhava e ganha o céu aberto. Eu, orgulhoso ajudo a mãe a chorar.
Nossa Maria Luíza foi buscar o raio de luz que ainda bebê a chamou para brincar.

beijo molhado, filha!

Crônicas de um pai: ainda ontem

Crônicas de um pai: ainda ontem

Ainda ontem a troca de fraldas foi um desafio, hoje, desafio maior. Ainda ontem Maria tentava se sentar enquanto eu a trocava, hoje, ela se senta, assim mesmo, entre um movimento e outro, lá vai a pequena grande Maria Luíza se sentar para fazer o que deseja. 'Papai, onde está a minha caixa de lenços ?'

ps. como se trocam as fraldas de uma mocinha que não fica mais deitada?

Crônicas de um pai: o detalhe

Crônicas de um pai: o detalhe

Há no tapete um fio, um fio perdido. Não, não está mais perdido, Maria Luíza o encontrou e procura trazê-lo para perto de si. Segura-o e tenta entendê-lo.
Há sobre a mesa de refeições uma migalha perdida. Não, não está mais perdida, Maria Luíza a encontrou e deseja saber o que é, quem a deixou para trás.
Quem a ensinou a perceber que isso destoa?
Quem chamou a sua atenção para o detalhe, para o pequeno?

ps. ela ainda vai estudar História da Arte na Itália

Crônicas de um pai: se está no colo

Crônicas de um pai: se está no colo

Funciona assim: se Maria está no colo, o chão a chama, quer se sentar, rolar no tapete e caminhar na ponta dos pés; se está no chão, chora o colo, quer se deslocar, lançar os olhos para além da porta do seu quarto nos braços de quem ama.
Assim são dias de uma garotinha que quer tudo (ao mesmo tempo), coisas do crescimento.

Crônicas de um pai: os sapatos vermelhos

Crônicas de um pai: os sapatos vermelhos

'Meu querido diário: conheci o galinheiro - a casa das galinhas - e usei os meus sapatos vermelhos. Queria mostrá-los para a dona galinha, mas ela estava entretida por demais ciscando e ciscando. Ela tinha muitos filhos,  todos barulhentos e muito apressados. Depressa, papai! Quero ver o galo de perto'

Crônicas de um pai: a primeira palavra

Crônicas de um pai: a primeira palavra

Nos últimos meses, Maria dedica-se a treinos longos e exaustivos para falar. A sintaxe e o léxico já estão lá, ou quase. Ontem, elétrica ainda com as experiências em uma chácara, Maria reclamava de fome e ao me ver preparando a sua mamadeira exclamou 'tetê', que é como Dona Vany ensinou-a a chamar pelo leite de lata. Maria falou e repetiu para que não houvesse suspeita a respeito da etapa em que vive. Como se isso já não bastasse, me deixou desconcertado quando não apenas segurou a sua mamadeira, mas começou a brincar com o bico. Ela mamava segurando sozinha, retirava a mamadeira da boca, mexia no bico e, depois, tronava a levá-lo à boca. Não consegui continuar a contar depois que Maria Luíza fez isso pela terceira vez.

Crônicas de um pai: alhures

Crônicas de um pai: alhures

Em algum lugar entre Taubaté e Ubatuba há um estrada perdida, frequentada por tratores e de quando em quando por carros cujos sistemas de navegação não funcionam mais (não há sinal). Ali há uma chácara comandada pela Dona Constância. Anfitriã sem igual e cujo doce de goiaba quase me fez desistir de voltar para casa.
Maria aprendeu que a vaca é um animal grande, muito maior do que aquele que está em seu livro de ilustrações. Aprendeu que o galinheiro é a casa das galinhas, degustou mexerica colhida pela mãe e que acordar cedo, a despeito do que os pais vivem a lhe dizer, é sim a melhor política para um dia de diversões sem fim.
(O pai ficou boquiaberto com a corrida de gaiolas)

Feliz Aniversário Artur e Alice!
(grato pela generosa acolhida e pela paçoca de pilão)

Crônicas de um pai: ninar-se

Crônicas de um pai: ninar-se

Trago minha filha para junto do meu peito, desejo abraçá-la, segredar ao seu ouvido o que sei do mundo e das pessoas. Acreditava que fazia isso para acalentá-la e prepará-la, de fato, hoje, não sei quem está ninando quem.

beijo, Maria!
beijo molhado, minha filha!

Crônicas de um pai: o tchau de Maria

Crônicas de um pai: o tchau de Maria

Ela aprendeu a dar tchau, no entanto, o tchau de Maria serve para mais de uma ocasião. Quando chegamos ou partimos ou quando eu me aproximo dela para lhe dar bom dia e tomá-la em meus braços, dito de outra forma, para qualquer situação na qual se peça a sua opinião e o seu parecer. Maria estica a sua mão e se põe a acenar.
Nem mesmo a princesa de um reino esquecido que treina horas a fio acena com tamanha elegância! O segredo,  Maria confessou-me, é estar inteira no gesto e, ao mesmo tempo, não se importar com isso e já se ocupar do assunto seguinte de sua pauta de reinações.

ps. bem-vinda, Maria!

Crônicas de um pai: Maria Luíza não sabe chorar

Crônicas de um pai: Maria Luíza não sabe chorar

Não é choro, é um resmungo. A sabedoria da tia Lídia definiu assim a sua sobrinha neta, Maria resmungava a ausência momentânea de sua mãe, parecia um choro sentido e sofrido, mas não havia lágrimas e ao se dar contar da volta de sua mãe, Maria explodia de contentamento. Minha tia está certa, Maria não sabe chorar, mas reclama, reclama como ninguém. E, tal como tia Lídia também observou Maria sabe brincar, diverte-se sozinha e encontra nos objetos algo para fazer, que o diga a Nossa Senhora Aparecida feita de cabaça e o pires no qual o café foi servido, ambos a ajudaram a mostrar o que ela já sabia fazer.

Crônicas de um pai: não controlamos nada

Crônicas de um pai: não controlamos nada

Planejar, decidir, organizar, desenhar, rascunhar, esperar, aguardar e criar. Não, não tenho o leme. Não me refiro aos contratempos típicos da vida de uma casa na qual há uma criança de 9 meses. Refiro-me à certeza de que a vida que levamos é decidida por outras mãos e destinos. Há uma vontade que transcende e enfeixa os fios disponíveis, tece a trama.
Minha razão é pequena para alcançar os sinais, há que se dar linha para que o coração faça o que precisa ser feito.

Crônicas de um pai: a tia-avó de Maria

Crônicas de um pai: a tia-avó de Maria

Ela  cuidava das plantas da entrada de sua casa quando chegamos. Durante alguns instantes fiquei a observá-la, lembrava das aventuras das três Marias tantas vezes contada pela minha mãe. Três irmãs, três jovens solteiras que viviam as suas parcerias e cumplicidades, três filhas de imigrantes árabes que contam mais de um século em terras brasileiras. Missa no Mosteiro de São Bento, uma sessão de cinema após a outra, passeio para saber o que as vitrinas estão a expor de novidades. Era um outro tempo, a distante São Paulo dos anos 40 e 50 aos pés das três irmãs. As histórias de minha mãe tinham enredos simples, no entanto, ela era boa para dar ao seu ouvinte o andamento, o tom da situação. Oitivas que levo comigo e nas quais conheci os meus avós e casa de Piraju. (Hoje ao me lembrar da maneira de minha mãe contar histórias percebo que os vazios de suas narrativas estavam lá para fisgar e sustentar a atenção de seu ouvinte)
 Lá estava a minha tia, a última das três Marias. Eu me encontrava com a minha mãe uma vez mais. Despertei ao ouvir Vany me perguntado se estava bem. 'Sim, estou!' Meu primou surgiu junto à porta e chamou a atenção de minha tia para a nossa chegada. 'Deus do céu, tempos queria estar aqui!' Aos poucos a casa se encheu, logo minha prima e as filhas chegaram e a pequena Maria começou a fazer das suas, passeava de colo em colo e mostrava a todos o seu sorriso bebê de cinco dentes. Ninguém ficou sem se sentir acarinhado. Reunião de família, reunião de retratos de família - novos e antigos - todos ali.
Grato tia Lídia!
Grato Sandra e Fábio!
Grato Giovana e Bianca!
Grato Vany e Maria!
(Gonçalves e Abdalla, Saliba e Montemurro)

terça-feira, 4 de julho de 2017

Crônicas de um pai: ninar a mãe

Crônicas de um pai: ninar a mãe

Há que se ninar a mãe, dar-lhe colo  e acarinhar o seu rosto. Os dias e as noites são longos e exigentes. As forças da mãe estão sempre ali como se infinitas fossem, todavia o cansaço é silencioso. Dar de mamar, cuidar da roupa e da comida, mal cuidar de si mesma e escrever mentalmente o capítulo que a orientadora solicitou semestre passado.

Como fazer? Como ser mãe, esposa e pesquisadora em jornada tão pequena? Como levar o sorriso no rosto se o ônibus não passou no horário e o arroz queimou?

(Estamos aqui para lhe dar colo todos os dias)

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Crônicas de um pai: a novela

Crônicas de um pai: a novela

Sabemos que Maria revela o seu repertório e busca ampliá-lo, a cada dia. Ainda ontem quando o computador estava aberto Maria começou a dedilhar o teclado. O estilo Maria Luíza é ligeiro e breve, diria o maestro. Quando nos demos conta ela abriu a página do You Tube e assistia novela árabe da qual ninguém em casa tinha notícia. Ela estava ali fascinada com a novelinha que lembrava novelas infanto-juvenis populares entre nós. Fel la la land foi aprovada por Maria.

Crônicas de um pai: bigode de papinha

Crônicas de um pai: bigode de papinha

Quem come papinha levando ao alto a perna como uma ginasta? Quem faz bubu enquanto come? Quem oferece cinco lindos dentes com um sorriso? Quem adora maçã cozida? Quem morde, inclusive, o babador? Quem reclama e reclama? Para depois, explodir em uma gargalhada...

domingo, 2 de julho de 2017

Crônicas de um pai: dia de ginástica olímpica

Crônicas de um pai: dia de ginástica olímpica

No início as trocas de fraldas eram simples, Maria nos aguardava e pai e mãe deram conta. O tempo passou, a troca de fralda ganhou tempos e movimentos de ginástica olímpica. Os alongamentos e as torções não têm par, pai e mãe sucumbiram, saem lambuzados de cremes e tudo mais que está em jogo.
Ao me dar conta disso, percebo o quanto erramos. Hoje, pela manhã, assistimos a apresentação de equipes de ginástica de tradicionais clube. Maria Luíza não piscava, creio que lhe demos mais e mais argumentos, alimentamos os seus olhos curiosos e, sobretudo, coreografias com argolas, bolas e cordas...
Sim, filha! Você pode arremessar a sua mamadeira para o alto e dar um salto mortal antes de tornar a segurá-la...

ps. Dona Vany está com o coração nas mãos...

Crônicas de um pai: um, dois, três, quatro...cinco

Crônicas de um pai: um, dois, três, quatro...cinco

Cinco dentes! Eles já se mostraram, despontaram aqui e ali colorindo de branco a pequena gengiva. São dias de sofrimento de nossa pequena, o nascimento dos dentes traz desconforto e aflição. A mãe procura de todas as formas apoiá-la e ampará-la, o pai pode pouco nessas horas. Grandes dores pedem a mãe, o pai está ao lado, ao pé de cama por assim dizer, mas é a mãe quem consegue trazer o consolo. Ela brincará com o pai e responderá aos seus afagos, apenas se a mãe estiver por perto e lhe der colo.
Dias de nascimento de dentes e de férias escolares, julho promete!