sábado, 14 de janeiro de 2017

Crônicas de um pai: a mamadeira e a máquina de lavar

Crônicas de um pai: a mamadeira e a máquina de lavar

O título melhor seria se fosse longo, longo como os barrocos gostavam. Melhor seria dizer 'de como a menina que não queria pegar a mamadeira foi convencida pelos sons de uma máquina de lavar roupas a se alimentar'.
A vida de pai de primeira viagem traz apuros constantes, não há referência anterior, não há listas de checagem que possam ser repetidas, no final, a melhor maneira é o olho no olho misturado por muita, muita intuição.
Vany, pela manhã, foi ao médico, visto que a consulta ocorreria em um hospital entendemos que seria melhor não expor a pequena Maria Luíza ao ambiente. Resultado: pai e filha ficaram sozinhos pela manhã.
Nada a estranhar e convenhamos, é possível fazer artes que a mãe, em geral, torceria o nariz caso as assistisse.
As nossas andanças pela casa resultam em descobertas constantes, hoje, duas foram especiais: Maria Luíza gostou de sentir a textura de uma toalha aberta em um varal, ficou ali a dedilhar sem muito jeito a malha felpuda, mas, a mais importante, sem dúvida, foi se dar conta de que ela mamaria ao som de uma máquina de lavar roupa trabalhando. O ruído baixo e constante combinado com o visor aceso e, sobretudo, a fome criaram o ambiente propício para que ela aceitasse a mamadeira. Acredito que, amanhã, a estratégia não tornará a funcionar, não há problema, inventaremos outras.

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