Crônicas de um pai: tirar o gesso
Dia longo e difícil. Dia de tirar o gesso e visitar a
pediatra. O retorno ao ortopedista para avaliação da fratura e a visita
rotineira ao pediatra coincidiram no dia de hoje. Pai e mãe andam à flor da pele com as
tormentas das últimas duas semanas. Desde a quinta-feira da Semana Santa até
agora sofremos as dores de uma bebê-quase menina. Logo cedo a romaria que ligava
a sala de radiografias ao consultório do ortopedista e, depois, a sala de gesso.
Os ossos estão se recompondo, por isso, o gesso que chegava até o cotovelo,
agora, cobrirá apenas o antebraço. Serão mais três semanas de gesso. No total, minha filha
ficará durante 5 semanas com parte de seu braço imobilizado por gesso. A agonia
e o choro de minha filha ao retirar o gesso, rasgou-me ainda mais. Fiquei a
lembrar dos últimos dias, de pessoas que são capazes de
mentir para posar de responsáveis. Quantas lágrimas minha filha não derramou
para pagar pela falta e descaso de outros.
Enquanto escrevo Maria dorme, depois do choro da manhã com a
troca de gesso visitamos instantes atrás a sua pediatra. Ela nos acompanha
desde o início, conheceu Maria miúda miúda e, hoje, a chama de amiga. O quadro
geral de Maria é bom, a despeito de lhe terem tirado o sossego ao dormir,
afinal dormir com o braço engessado não é a senha para uma noite tranquila. Maria e mãe aconchegadas descansam a expressão de ambas nos diz que caminhamos na direção certa.
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