segunda-feira, 9 de abril de 2018

Crônicas de um pai: tetê e pepê

Crônicas de um pai: tetê e pepê

Não havia me dado conta, Dona Vany foi a primeira a perceber. Maria diferencia o leite da mamadeira do leite de sua mãe, ela lhes dá nomes diferentes e, também, já se deu conta de quem são os responsáveis. Ontem ao nos deitarmos, Maria estava em nossa cama. A asa machucada pede cuidados maiores, Maria enfrenta dificuldades para achar posição confortável para a sua noite de sono. Em nossa cama encontrará braços e bichos de pelúcia para apoiar o gesso de sua dor de bebê-quase menina. Não é fácil, há manobras e acrobacias que não têm fim para embalar o sono de três e durante a noite-madrugada é possível ganhar ganchos de gesso no queixo.
Fui o primeiro a adormecer, Maria aguardava a chegada do sono. Não tardou para Maria Luíza buscar por mim e me acordar; 'Acoda, acoda!!'; ao abrir os olhos ouvi de sua boca um sonoro 'tetê!'. Ela desejava mamar e balançando de sono preparei-lhe a mamadeira. que, em instantes estava vazia. Satisfeita, agora, buscava pela mãe que tudo via e pediu com mimo 'pepê!'. Do tetê ao pepê, do leite de lata ao materno, ela domina códigos vários, bem como, demonstra ótimo apetite.
Agora, duplamente saciada pelos pais ela adormece. Silenciosos nos voltamos para os nossos travesseiros e antes de terminamos de dizer boa noite um ao outro já dormíamos.

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