Crônicas de um pai: as minhas mãos
Encantei-me sempre pela maneira como ela erguia as suas mãos e as observava. Ensaiava os seus movimentos, os pequenos dedos recolhiam o ar à sua frente e os revirava em movimentos pensados e e ensaiados. Havia ritmo ali, ela estava inteira ali.
Agora, tudo voltou. Livre da tala que a prendia pela asa, ela se vê pronta que retomar de onde parou.Ela ensaia e executa, apercebe com a ponta dos dedos o rumor do mundo e brinca.
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