terça-feira, 1 de novembro de 2016

Crônicas de um pai: sala de cirurgia

Crônicas de um pai: sala de cirurgia

Assisti ao parto de nossa pequena, vesti-me de verde e aguardei longos instantes. De tudo quanto vi e vivi quero lembrar da primeira vez que eu a tive em meus braços. Maria Luíza era um pacote vestido de azul marinho. Tinha medo de machucá-la, ao mesmo tempo, desejava ter em meus braços a minha pequena. Cenho franzido, rosto aflito de quem está perdida, afinal de contas, instantes antes, fora retirada do ventre de sua mãe, Maria Luíza chorava. Eu a tinha em meus braços e voltei-a para o meu próprio rosto. Passo seguinte, comecei a aproximar nossa pequena de Vany. A mãe rasgada e com olhos molhados beijou a filha. Lembrarei sempre da mudança da expressão de nossa filha.
(O céu se abriu)

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