quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Crônicas de um pai: sonhar o Natal

Crônicas de um pai: sonhar o Natal

A expectativa e a esperança estão próximas, a memória de Natais passados é presente na hora de sonhar e de cuidar do Natal que bate à porta. Será o primeiro de minha família, agora, abençoada com o dom da vida.
Lembro-me de montar árvores e presépios com minha mãe, lembro-me, emocionado, de sonhar e de caminhar cheio de expectativas, o mundo entrava noutro andamento. Rememorar, renovar e acreditar. O mundo de verdade mora além do dia a dia, embora, para chegar lá - no mundo de verdade - há que se atravessar o quotidiano.

Crônicas de um pai: quero dormir, meu pai!

Crônicas de um pai: quero dormir, meu pai!

Não, não terminei de mamar; sinto dores, não sei o que são dores, mas eu as sinto, aliás, desconheço a diferença entre dores e cócegas, carícias e tapinhas nas costas...tudo é confuso. Quero saber, quero entender, quero falar...

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Crônicas de um pai: dormir sobre o peito (o tatu-bola do meu jardim)

Crônicas de um pai: dormir sobre o peito (o tatu-bola do meu jardim)

Dar-se conta de que sua filha aninha-se sobre o seu peito tal como um tatu-bola e descansa é um alento nos dias que seguem. Chegar cansado depois de uma jornada de trabalho e perceber que uma pequena pede o calor do seu corpo dolorido muda o dia, definitivamente.
Beijo, filha!

Crônicas de um pai: explicar o nome

Crônicas de um pai: explicar o nome

Entre uma mamada e outra encontrei jeito de ler para a minha filha a origem do nome que seu pai leva: Josias. Rei de Israel, personagem presente no A. Testamento foi escolha de minha mãe, Dona Nacima Abdalla. Ler para a pequena Maria Luíza foi a maneira de lhe apresentar a Bíblia nova que abre o nosso Natal de 2016!
Beijo!

Crônicas de um pai: Maria Luíza cresce

Crônicas de um pai: Maria Luíza cresce

Banho tomado, hora de se vestir...mas, o macacão não serve...como assim? acho que ficou preso sob as costas dela...não, não está preso...o macacão está pequeno...pequeno? qual a numeração do macacão...talvez seja isso, a modelagem da fábrica é pequena, deve estar fora do padrão...sim, deve estar...creio que não, ela cresceu, sim, claro que ela cresceu, mas, espere...ela usou o macacão dias atrás, como pode não servir mais: Maria Luíza cresce...
Deus lhe abençoe!

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Crônicas de um pai: sirene desligada

Crônicas de um pai: sirene desligada

A casa adormeceu, Vany e Maria Luíza tombaram esgotadas. O choro ficou na memória e na letra. Cobri mãe e filha, mosquiteiro aberto e beijo de boa noite!

Crônicas de um pai: teste do pezinho

Crônicas de um pai: teste do pezinho

Ficaram prontos os exames realizados, pai curioso busquei entender o que dizia. Assemelha-se aos exames de sangue ao oferecer coluna com valores de referência com os valores esperados - acima e abaixo - e, desta forma, concluí que tudo está bem.
A pediatra C* conhecerá os resultados apenas em nossa consulta de dezembro, hoje, pai e mãe, já deram o seu parecer: respiraram fundo e agradeceram...

Crônicas de um pai: sirenes abertas

Crônicas de um pai: sirenes abertas

Como entender? Como saber do que ela precisa? A linguagem do choro, ao longo dos dias, revelas as diferenças entre o choro da fome e dos demais. Alguns sinais combinados facilitam a comunicação, todavia, muitas vezes, os sinais são atropelados e o que lhe parecia uma revelação, agora, é um engano. As sirenes soam alto e a pequena grande Maria Luíza revela a sua força. É preciso recomeçar e, depois, recomeçar, recomeçar e recomeçar.

domingo, 27 de novembro de 2016

Crônicas de um pai: Domingo do Advento

Crônicas de um pai: Domingo do Advento


A Festa de Natividade de 2016 lembrará a graça da chegada de minha filha. É o primeiro Natal de nossa família, peço que seja o primeiro de muitos. 

Crônicas de um pai: Cheiro de abacaxi

Crônicas de um pai: Cheiro de abacaxi


Os sentidos do mundo ganham forma e contorno para a nossa pequena. Os sons e os sinais luminosos misturados aos objetos que os emitem chamam a sua atenção e ela fica ali a tentar entendê-los. Ela cresce, cresce de forma rápida. Dentro em breve que vai querer morar sozinha e estudar Arte em uma escola italiana...

Crônicas de um pai: ela dorme, ufa!

Crônicas de um pai: ela dorme, ufa!


Maria Luíza custa a dormir, a casa entrava, antes de sua chegada, em um ritmo sonolento no final da tarde. Eu e Vany saíamos cedo para trabalhar, agora, as noites são longas e invadem as madrugadas. Por que custa tanto a dormir? Fraldas limpas, banho tomado e alimentada não bastam para a nossa pequena. Acreditamos que o grande vilão é a cólica, a pequena se contorce tentando se livrar do que lhe incomoda tanto. Pronto, passou! Bons sonhos, minha filha! 

Crônicas de um pai: Fraldas RN durante a Black Friday

Crônicas de um pai: Fraldas RN durante a Black Friday


Avesso aos rogos para comprar durante a b.f. fui obrigado a correr lojas em busca de fraldas RN, eu que desejava ficar longe da loucura me vi carregado por aquela enxurrada de pessoas indecisas e sedentas, que, em virtude das circunstâncias, comportavam-se de forma mais do que mal-educada. Por fim, descobri a prateleira de fraldas. Jamais vi uma prateleira tão mal arrumada, certamente, as centenas de mãos que passaram por ali transformaram o local em um monte desordenado. Respirei fundo e enfrentei o monstro apesar da minha dor de cabeça. Salvei das profundezas dois pacotes, que, nos hão de nos ajudar a atravessar as próximas semanas. No caminho para o caixa, uma feliz surpresa, barras de chocolate. B.f, nunca mais, até o próximo apuro!

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Crônicas de um pai: olhos antigos de tanto ver

Crônicas de um pai: olhos antigos de tanto ver

Eu a tenho agora em meus braços, desperta, olhos vivos e braços ao ar. Sinto o seu cheiro de bebê, afago a sua barriguinha e lhe conto um segredo. Agradeço a graça de ouvir a sua linguagem de recém-nascido, digo-lhe o que sinto.
Beijo, Maria Luíza!

Crônicas de um pai: 30 dias

Crônicas de um pai: 30 dias

Amanhã, dia 25 de Novembro, a pequena grande Maria Luíza chegará aos 30 dias. Cresce rapidamente, vasculha o mundo ao seu redor e aprende a conhecer o próprio corpo. A sua coordenação motora, a movimentação de braços e pernas nos surpreende. Ela já sabe recusar o que não lhe agrada usando a mão, fez isso no dia de hoje mais de uma vez. Acompanhar o crescimento de uma criança e regalo sem tamanho, felizes dos pais que disseram sim à paternidade e criaram as suas famílias.

Crônicas de um pai: pai de primeira viagem e o sr. sísifo

Crônicas de um pai: pai de primeira viagem e o sr. sísifo

Não tem fim, simples assim. Aos poucos descobre-se que há elenco de possibilidades: fome, fralda suja, cólica e outros ainda não inventariados. Você confere cada um deles e, depois, torna a conferir e depois e depois. O sossego não chega, a pedra insiste em voltar ao ponto inicial....
Ai, meu Deus!
Beijo, filha!
(rsrsrsrsrs)

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Crônicas de um pai: dar ouvidos

Crônicas de um pai: dar ouvidos

Fico fora de casa boa parte do dia, fico longe de minha filha. Sinto saudades de suas queixas e de seus pedidos, daquele par de olhos expressivos que levantam cortinas e afastam nuvens de chuva. Quero voltar, voltar a viver em minha Pasárgada e levar os dias a ver Maria Luíza crescer.

Crônicas de um pai: ruídos com a língua

Crônicas de um pai: ruídos com a língua

Maria Luíza os adora, fã de muxoxos, fica a buscá-los com os olhos dentro de minha boca. Onde estão? Quero ouvir mais e mais? Curiosa, vive a olhar em todas as direções. Os olhos de um recém-nascido, dizem os pediatras, ainda não tem percepção do mundo que os rodeia, de forma lenta, ao longo das semanas completarão a sua formação. Em compensação, a audição, desde os primeiros dias, garantirá ao bebê a capacidade de descobrir o mundo. Seja como for, creio que ela já sabe onde estão os muxoxos do pai. Beijo!

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Crônicas de um pai: a cara de brava do pai

Crônicas de um pai: a cara de brava do pai

Dizem, não sei quem, que Maria Luíza herdou a cara de brava do pai; calúnia, calúnia e calúnia, é apenas uma carinha séria que ela tem, não é uma menina brava, apenas séria. Ela não suporta chateação e, além disso, fica incomodada com aquelas flores na cabeça, sente-se uma couve-flor fora da horta.
Reitero, não é brava, apenas, séria!!

Crônicas de um pai: visita médica

Crônicas de um pai: visita médica

Ir ao médico sempre dá um frio na barriga, ir ao médico para acompanhar esposa e filha congela a barriga. Fico a me perguntar se está tudo bem, se fizemos tudo certo, se a recuperação da mãe está dentro do esperado e tudo mais. Aos poucos, de forma lenta, quando me dou conta de que tudo vai bem começo a relaxar. A visita de hoje foi com a médica que fez o nosso pré-natal, para nossa felicidade Vany e Maria Luíza estão bem..

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Crônicas de um pai: o presente da avó Dalva

Crônicas de um pai: o presente da avó Dalva

Há presentes inseparáveis, presentes que se tornam práticos, úteis e necessários. Dalva confeccionou almofada apropriada à amamentação. Simples e eficiente, o presente da avó Dalva faz sucesso em nossa casa. O bebê sente-se mais confortável e com isso o ato de amamentar ganha qualidade e equilíbrio.
Muito, muito obrigado, avó Dalva!!

Crônicas de um pai: oferecer o próprio peito para a sua filha adormecer

Crônicas de um pai: oferecer o próprio peito para a sua filha adormecer

Temos tomado um baile de Maria Luíza, as noites e madrugadas estão baralhadas, os horários de cabeça para baixo. Acalmá-la e aliviar as dores provocadas pela cólica são tarefas das mais difíceis. Deitá-la sobre o meu peito tem sido estratégia que alivia as dores, o calor do meu corpo combinado à atenção recebida a acalma. Ela gosta de recolher as pernas e ficar em posição fetal, segura os pelos do meu peito e adormece.
(não sei quem fica mais relaxado)

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Crônicas de um pai: expectativa de noite tranquila

Crônicas de um pai: expectativa de noite tranquila

Nos últimos dias, as noites e madrugadas foram intermináveis. Choro e olhos abertos e despertos foram nossos companheiros inseparáveis. A noite de hoje carrega expectativa diferente. Ela adormeceu cedo, ainda no meu colo e, por enquanto, dá sinais de que deseja compensar as noites mal dormidas dos últimos dias. Merecido e necessário repouso de nossa família.

Crônicas de um pai: a força da mãe

Crônicas de um pai: a força da mãe

Vany disse sim à maternidade. Dedica-se e desdobra-se para atender de todas as formas a nossa pequena Maria Luíza. As suas refeições e os seus horários de repouso foram remarcados segundo o novo horário da casa. Não há resmungos, não há dúvidas.
A mãe segue linda e atenta.

Crônicas de um pai: dia de pediatra

Crônicas de um pai: dia de pediatra

Ansiedade talvez seja a primeira sensação do dia do pediatra. Pais de primeira viagem estão a aprender sobre tudo, assim, as dúvidas enchem a nossa cabeça. A ansiedade, durante a consulta, dá lugar ao relaxamento quando nos damos conta de que tudo segue dentro do esperado. Aliás, acima do esperado, o ganho de peso foi de quase 50% além do pretendido para o período, ela cresceu um centímetro e os sintomas e a vontade de trocar o dia pela noite, para a idade dela, são normais, nos disse a pediatra C*. A consulta, aos poucos, parecia tirar peso enorme de nossas costas.

(são 9 horas e tudo vai bem!)

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Crônicas de um pai: pescoço de coruja

Crônicas de um pai: pescoço de coruja

O passar dos dias fortalece o corpo de nossa pequena e, agora, ela parece ter um pescoço de coruja. À medida que a visão Maria Luíza se desenvolve o mundo ao seu redor ganha importância e merece a sua atenção. Olhar, espiar, buscar são alguns dos seus verbos favoritos. De tanto procurar com os olhos o seu pescoço parece feito de borracha. (O mundo está crescendo ao seu redor)

Crônicas de um pai: dormir sentado

Crônicas de um pai: dormir sentado

Os dias ficam mais longos e as noites mais curtas, deitar e dormir é direito perdido, agora, quando possível cochilar ainda que sentado é a solução. Maria Luíza desenvolve curioso comportamento, não deseja ficar sozinha. Eu e mãe nos desdobramos para ampará-la, estamos a lhe dizer o tempo todo que estamos por perto, todavia, as sirenes tocam quando pai e mãe estão além da distância de um corpo.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Crônicas de um pai: rosca de padaria

Crônicas de um pai: rosca de padaria

Não creio que ainda possam ser encontradas nas padarias, fui menino nos anos 70 e as padarias daqueles dias tinham poucas opções de pães e guloseimas. A vedete que ocupava o centro da vitrine era a rosca de padaria. Grande e vistosa, coberta de creme e colorida. Hoje, quando me lembro, dou-me conta de que não era tão saborosa, mas ela enchia os olhos pela combinação exagerada que a recobria. Por que me lembro da rosca de padaria aqui? A combinação empregada nas roupas de meninas lembra muito uma rosca de padaria...
Exagerada e, sobretudo, nada prática. A quantidade de botões para abrir e fechar são um crime contra a ordem pública, já estou a mandar moção de protesto contra os responsáveis. Tentem trocar um bebê com aquela corrente de botões inúteis...


(Dona Vany não quer assinar a moção, ela disse que são lindas as roupas)

Crônicas de um pai: a visita da avó Dalvinha

Crônicas de um pai: a visita da avó Dalvinha

Há pessoas de ouro, pessoas que são devoção e carinho, não medem esforços para levar ao rosto do outro um sorriso, desdobram-se sem medo e sem egoísmo, são pessoas virtuosas. Dalvinha é dessas, hoje, veio visitar Maria Luíza, veio demonstrar a sua natureza de mãe de Vany e de avó de Maria Luíza.

(Vany e Dalvinha trabalharam juntas, uma adotou a outra, cuidavam-se mutuamente de forma terna e fraterna. A vida vale pelas joias que descobrimos. Obrigado, Dalvinha!)

Crônicas de um pai: Nossa Senhora das Graças

Crônicas de um pai: Nossa Senhora das Graças

Entre as aparições de Nossa Senhora, três estão em fortemente presentes em nossa tradição familiar: do Líbano, de Aparecida e das Graças. Esta última tem chamado a atenção de Maria Luíza, de fato, ela gosta de segurar o escapulário que comecei a usar nos últimos dias e este traz de um lado o Sagrado Coração e, do outro, Nossa Senhora das Graças. Tenho de contê-la, Maria Luíza é forte e o segura com força, com muita força.

Rogo que minha pequena chame a atenção da mãe de nossas mães!

Crônicas de um pai: aulas de direção de Maria Luíza

Crônicas de um pai: aulas de direção de Maria Luíza

Maria Luíza, ainda que pequena, tem os seus brinquedos. São poucos, mas estão lá, povoando a paisagem de seu quarto. Entre os brinquedos está uma pequena Kombi. Ela usa a combinação de pinturas conhecida como saia e blusa, metade superior usando a cor branca e, a parte inferior, azul. Onde já se viu uma Kombi no quarto de um recém-nascido? Coisas de um pai que amou brincar de carrinhos. Aliás, garanto que ainda ontem, em meio a uma crise de choro, o motor a fricção da Kombi, fez a minha pequena parar de chorar.

Nos próximos dias, Maria Luíza terá as suas primeiras aulas de direção, afinal, se ela já segura uma mamadeira, tomar conta do volante será brincadeira de criança...

Crônicas de um pai: agradecer e agradecer

Crônicas de um pai: agradecer e agradecer


Minhas preces levam o sorriso estampado em meu rosto, levam a certeza de que recebi uma Graça que não me julgava merecedor, levam a certeza de que a cada dia preciso me esforçar mais e mais para estar à altura, para ser, verdadeiramente, digno. O esforço, no final, traz mais e mais contentamento e o sorriso só faz crescer.

Crônicas de um pai: o nascimento do pai (pupa)

Crônicas de um pai: o nascimento do pai (pupa)


As forças redobram, fazemos mais e mais e estamos prontos para ir além. O nascimento da filha abre portas lacradas e esquecidas pelo pai tempos atrás: ele, agora, lembra-se de sonhos e crê que pode, por fim, pilotar um foguete rumo à Lua. O nascimento do pai ocorre sob a forma de uma metamorfose, jamais fomos tão fortes, nunca tão responsáveis.

Crônicas de um pai: operação roupa suja

Crônicas de um pai: operação roupa suja

Em um tempo no qual nossa classe política cambaleia sob o peso de seus crimes ao ouvir o nome ‘operação’, aqui em casa, distante quilômetros de Brasília, também temos a nossa operação, no caso, operação roupa suja; mais modesta e, acima de tudo, literal, isso mesmo, tanque e máquina de lavar já estão a trabalhar para regularizar os desfalques das últimas horas sofridos pelas gavetas. Não que Maria Luíza provoque grandes estragos, no entanto, há combinações trágicas e engraçadas. A pior é aquela não qual você acaba de limpá-la e já começou a colocar a roupa limpa, tudo parece em ordem, afinal, o pior já passou, você já começa a divisar o momento no qual a pegará no colo e a levará de volta ao berço, mas, de repente, como se fosse chuva de verão, as comportas tornam a se abrir e o que era paz transforma-se em uma barragem sem controle...Ai, meu Deus!!

(beijo, filha!)

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Crônicas de um pai: não é preciso chorar Maria Luíza, eu e sua mãe sempre estaremos aqui

Crônicas de um pai: não é preciso chorar Maria Luíza, eu e sua mãe sempre estaremos aqui

A prece de um pai para oferecer tranquilidade à sua filha roga que ela se acalme e que creia que os pais estarão ao seu lado sempre. (chovendo ou não!)

Crônicas de um pai: a geração de 2016 e os livros digitais

Crônicas de um pai: a geração de 2016 e os livros digitais

A cada ano publicações digitais ganham espaço e a pergunta sobre o que acontecerá com o impresso é renovada. O quarto de Maria Luíza tem a sua coleção de impressos, ela crescerá em uma casa no qual um dos cômodos é uma biblioteca. Ao menos com esta representante da geração de crianças nascida em 2016 o impresso está assegurado como registro, arte e conhecimento.


Crônicas de um pai: visita de domingo

 Crônicas de um pai: visita de domingo

Sr. Humberto e família, pessoas muito queridas, sem ser familiares de sangue, tornaram-se ainda mais queridos. Visita que faz bem à alma, que traz gosto de memórias felizes. Sincero agradecimento aos estimados amigos. Maria Luíza está a mobilizar as pessoas e elas ofertam o melhor de si mesmas. Crianças são taumaturgos.


Crônicas de um pai: a noite sem fim de uma menina que não sabe o que sente e dos pais que não sabem o que ela tem

Crônicas de um pai: a noite sem fim de uma menina que não sabe o que sente e dos pais que não sabem o que ela tem

A linguagem a ser estabelecida entre pais e filhos não é aprendida em lugar algum, passa pela intuição e devoção amorosa e é completada no consultório de uma pediatra. Entre um e outro, os incontáveis conselhos que todos estão a oferecer ao nosso redor e visitas a páginas na rede nas quais pais compartilham as suas alegrias e agonias. Como entendê-los, como atendê-los de forma adequada, somos, a bem da verdade, aprendizes: nós e o bebê.
Tão aprendizes que as noites são mais longas, colocá-la para dormir é tarefa exigente e hercúlea, acho que mesmo que deve estar entre as tarefas mais difíceis dadas à humanidade em sua torta jornada.


Crônicas de um pai: nada disso. você não entende nada

Crônicas de um pai: nada disso, você não entende nada

Voltamos à linguagem. Acredito que entendo o que ela deseja, mas, verdadeiramente, acredito entender; Maria Luíza, por sua vez, deve estar a se perguntar o que, afinal de contas, ele está a dizer, por que não fala com clareza?
(Somos solitários e é a partir de nossa solidão que buscamos)


Crônicas de um pai: descobrir o mundo

 Crônicas de um pai: descobrir o mundo

A cada dia os olhos são mais vivos, a cada dia Maria Luíza revela maior capacidade de fixar o olhar sobre o mundo que a cerca. Ela parece enxergar melhor. A pediatra C* nos dissera que bebês já nos primeiros dias têm boa audição, mas a visão pediria tempo maior para a sua formação. Eles ouvem melhor do que enxergam. Creio que estamos em momento de mudanças aqui em casa, Maria Luíza parece desejar ver tudo, interessa-se pelo lugar no qual vive. Ontem, por exemplo, ela descobriu o nosso relógio cuco. O pêndulo indo e voltando parecia realizar malabarismos em frente aos seus olhos.


Crônicas de um pai: uma couve-flor na cabeça

Crônicas de um pai: uma couve-flor na cabeça


Meninas adoram flores na cabeça, ou melhor, mães adoram laços e flores na cabeça de seus bebês. Depois do primeiro banho de nossa filha, ainda no berçário da maternidade, levei as roupas que ela deveria usar para encontrar a mãe depois do parto. A mim coube apenas, de fato, levar as roupas tudo estava separado em embalagens apropriadas e marcadas: primeiro dia, segundo dia e assim por diante. Vany diz que a filha fica bem com o arranjo na cabeça, confesso que, por vezes, acho estranho, muito estranho; importa mesmo é a diversão e, no final das contas, divirto-me com tudo isso.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Crônicas de um pai: 14 dias

Crônicas de um pai: 14 dias

Maria Luíza completa, hoje, 14 dias. Tempo no qual os pais e a filha aprenderam muito, aprenderam que o dom da vida paira acima de tudo, flutua noutra dimensão e encanta tudo. As dificuldades são, de forma regular renovadas, não compreendemos, simplesmente, ignoramos tudo. Apesar disso, somos capazes de atender aos rogos de nossa pequena. Atendemos não porque lemos o manual imaginário, mas sim porque estamos sinceramente dispostos. Somos de forma silenciosa conduzidos por caminhos novos e incertos, ficamos contentes e satisfeitos quando nos damos conta de nossos acertos. No final das contas, todos estamos a fazer aniversário: de filha e de pais.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Crônicas de um pai: com o que sonham os bebês?

Crônicas de um pai: com o que sonham os bebês?

O sono de minha filha é recheado de caretas e sorrisos, fico maravilhado admirando e imaginando o que passa pela cabeça dela. Às vezes parece estar mamando, outras vezes batendo asas e ensaiando passos de dançarina. De uma forma ou de outra é um sono aparentemente tranquilo, recheado de aventuras com final feliz: um sorriso grande que movimenta os músculos da face e coloca à mostra uma boca banguela.
Beijo!

Crônicas de um pai: o medo de sentir medo

Crônicas de um pai: o medo de sentir medo

Às vezes é por demais desconfortável. O corpo grita de dor e as articulações parecem quebradas. A estrada dos 51 anos é larga e me deixa atônito.
Ao lembrar de minha jornada dou-me conta que sempre há uma solução à espera, tudo, de uma forma ou de outra, encontra a sua solução, no entanto, por que o medo de sentir medo é recorrente?

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Crônicas de um pai: roupas e mamadeiras

Crônicas de um pai: roupas e mamadeiras

Maria Luíza nasceu com pouco mais de 51 cm, uma menina e tanto. Saudável e com um garganta para lá de profissional em canto e choros. No final de semana, começamos a separar as roupas que a nossa menina de apenas 11 dias não usa mais. Mal posso acreditar, há peças de roupas que não lhe servem, estão pequenas. Uauuuu!! Para sustentar tudo isso, leite, muito leite. Mamar no peito, tomar mamadeiras e mais e mais. Ela sorve leite sem fim. Eu e a mãe, perplexos...

domingo, 6 de novembro de 2016

Crônicas de um pai: lembrar-se do próprio pai

Crônicas de um pai: lembrar-se do próprio pai

Meu pai partiu em 2010, hoje, a sua memória foi reavivada, afinal, eu sou, agora, pai. Lembrar-se do pai que tive é algo constante, fico a tentar montar quebra-cabeça de peças incompletas. Casas e acontecimentos, alegrias e tragédias. O sabor que fico a sentir depois de tudo de que me lembro (ou acredito lembrar), e, ao mesmo tempo a expectativa que vivo ao olhar para minha filha é companheira de minha jornada; não, não é mais o mesmo tempo, não são mais os mesmos homens, não, não são mais os mesmos, então, por que a insistência em trazer à tona? (A memória do pai do pai é passado, estou aqui).

Crônicas de um pai: a família

Crônicas de um pai: a família

A casa e as suas paisagens, os seus cômodos e os seus móveis, os seus objetos e as suas imagens; tudo isso encantado por um espírito fraterno e amoroso que sonha, sonha acordado, brinca e sorri, galhofa e chora. Território de manifestação de dons, silêncio de fé e agradecimento sincero.
(enquanto a pequena mama o pai ora pela sua família)

Crônicas de um pai: a saúde da mãe

Crônicas de um pai: a saúde da mãe

Dona Vany está bem, voltamos hoje ao médico para avaliar a cicatrização da cesariana. Foi tão bom vê-la saindo do consultório com um sorriso nos lábios, sorriso de alívio e de felicidade. Eu e Maria Luíza ficamos do lado de fora a esperar pela mãe e pela esposa. Ambas saíram juntas. Há instantes em nossas vidas que condensam o tempo, duram mais do que os segundos do relógio e reverberam de forma indefinida pela vida.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Crônicas de um pai: Natividade

Crônicas de um pai: Natividade

Fico a pensar na maneira como celebraremos o nosso Natal, agora, somos três. A bênção da vida e o dom da paternidade estão por toda a casa. O Natal, em minha casa, sempre foi celebrado com grande empenho e esperança. O que eu aprendi, o presépio que ajudei a montar e junto ao qual rezei, servirá à educação de minha filha.

Crônicas de um pai: da careta ao sorriso

Crônicas de um pai: da careta ao sorriso

A cada dia, as expressões faciais tornam-se mais e mais evidentes. Maria Luíza vai da careta ao sorriso em poucos instantes. Hoje, depois de mamar, ela ficou em meu colo. Ela tombava de sono, mas resistia, não queria dormir.Mostrou-me algumas de suas caretas e sorrisos.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Crônicas de um pai: caras e sinais

Crônicas de um pai: caras e sinais

Fico a olhar, fico a buscar os traços, a entender os jeitos e o charme que mostra ao usar a mão para repousar o rosto. Lembro-me de alguém, não, sim. O afeto e a saudade confundem-se e criam uma linha ininterrupta. Minha filha, minha família.

Crônicas de um pai: Maria Luíza e a Nascar

Crônicas de um pai: Maria Luíza e a Nascar

Nossa filha, já disse o médico que a trouxe, é menina de muita personalidade, tão grande é a força de nossa menina que ela ralhou com a mãe pelo direito de assistir junto ao pai uma corrida da Nascar. Para a felicidade da casa, a corrida foi vencida pelo nosso herói, piloto do Chevrolet número 48, já que o nosso time de futebol não vai lá nada bem, temos com o que nos consolar...
Dá-lhe Maria Luíza!!

Crônicas de um pai: a primeira consulta pediátrica

Crônicas de um pai: a primeira consulta pediátrica

Maria Luíza teve a sua primeira consulta com a Dra. C*. Quem diria, nossa pequena tem uma ficha. Foi uma boa conversa, a Dra. C* mostrou-se, apesar da pouca idade, experiente; isso nos deu segurança e acima de tudo livrou-nos de receios acumulados nos últimos dias. Sincera e direta, alheia aos modismos e consumismos procura o que interessa. Maria Luíza e Vany estão bem, medicadas e dispostas. Ao longo de minha vida, frequentei de forma regular clínicas e laboratórios para atender as necessidades de meus pais. Hoje, voltei a um hospital para celebrar uma vida tão pequena que sequer usa onomatopeias...

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Crônicas de um pai: conversar longamente

Crônicas de um pai: conversar longamente

Caminhar pela casa com minha filha nos braços, durante a madrugada, é algo constante, aproveito para lhe apresentar a casa na qual vive e para conversar sobre a vida. Nos entendemos bem, falamos de mamadeiras e sobre livros. Fico a lhe perguntar o significado das caretas que faz enquanto dorme, não estou certo se bebês sonham, Maria Luíza, por vezes, faz cara de contentamento e de brava, de tudo um pouco. A mais divertida é a do bico que faz ao dormir.

Crônicas de um pai: não é preciso ligar a sirene, minha filha!

Crônicas de um pai: não é preciso ligar a sirene, minha filha!

A frase foi dita pela mãe, o sentido, bem, o sentido diz respeito ao potente grito de Maria Luíza para dizer que está com fome. Nossa filha é uma pequena muito tranquila, de quando em quando, a cada refeição, ela reclama em alto e bom som que deseja se alimentar. Vany entende os sinais das mãos e o movimento dos braços e antecipa o acionamento da sirene rogando que a filha não abra os pulmões...
Entender e  inventariar choro de fome, choro de fralda suja e choro de cólica não é ciência que se aprenda em curso universitário: a vida é maior!

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Crônicas de um pai: sala de cirurgia

Crônicas de um pai: sala de cirurgia

Assisti ao parto de nossa pequena, vesti-me de verde e aguardei longos instantes. De tudo quanto vi e vivi quero lembrar da primeira vez que eu a tive em meus braços. Maria Luíza era um pacote vestido de azul marinho. Tinha medo de machucá-la, ao mesmo tempo, desejava ter em meus braços a minha pequena. Cenho franzido, rosto aflito de quem está perdida, afinal de contas, instantes antes, fora retirada do ventre de sua mãe, Maria Luíza chorava. Eu a tinha em meus braços e voltei-a para o meu próprio rosto. Passo seguinte, comecei a aproximar nossa pequena de Vany. A mãe rasgada e com olhos molhados beijou a filha. Lembrarei sempre da mudança da expressão de nossa filha.
(O céu se abriu)

Crônicas de um pai: os olhos de Maria Luíza

Crônicas de um pai: os olhos de Maria Luíza

Os pediatras dizem que a percepção visual de um bebê, nas primeiras semanas, não é completa. O bebê, afirmam, nada enxergaria. Maria Luíza corre os olhos por tudo e, aqui e ali, fixa-se em algum ponto. Os olhos de Maria Luíza respondem aos meus, buscam os meus olhos quando estamos conversando, sim, conversamos longamente sobre tudo. Os olhos de Maria Luíza em nada lembram alguém que pouco vê diante de si, eles revelam uma criança curiosa.
Lembro-me de saudação árabe que sempre me cativou: 'meus olhos'. Maria Luíza, meus olhos!

Crônicas de um pai: sete dias

Crônicas de um pai: sete dias

Lá se vão sete dias, sete dias de vida, sete dias de pai e mãe. O manual não acompanhou a embalagem e, com dificuldade e constância, resolvemos o que aparece. Aprendemos rápido, aprendemos de forma devotada e sem medir esforços. Vany, a nossa heroína, exibe as marcas do cansaço e, ao mesmo tempo, sorriso de felicidade sem igual. Estamos esgotados pelas longas horas acordados, todavia, felizes e prontos para o que for preciso.
(Sete dias pintando o sete)