sábado, 30 de julho de 2016

A Beleza da Física: ressonância

(O blog Nimbus integra projeto que inclui site, newsletter e outras redes e mídias sociais. Revista eletrônica que reúne colaboradores de diferentes áreas e ofícios. Vânia Scott, física e matemática de formação é a colaboradora de hoje)

Um motor, o vento, a voz e o sentimento. O universo das vibrações nos cercam.

Ao fazer a opção pelo bacharelado em Física, a minha motivação era explicar as pequenas ações que me rodeavam. Desde um simples andar ou escorregar até a complexidade da Física atômica. Por exemplo, sabe quando você está no carro, com o motor ligado e uma parte do carro começa a vibrar? Bom, é isso. Tudo tem uma frequência própria,  chamada frequência de ressonância. No caso do carro, o motor está exatamente na frequência daquela parte do carro. E o que isso pode ter de interessante? Aí é que está a graça, é possível explicar como uma frequência de voz pode quebrar taças de cristal ou, ainda, mais surpreendente, como a ponte de Tacoma (1940) entrou em colapso e caiu (veja o vídeo) simplesmente porque o vento permaneceu exatamente na frequência da ponte por horas resultando na queda. A frequência tem, ainda, outras aplicações. E porque não pensar em medir a frequência de um tumor em um corpo e emitir exatamente essa frequência na pessoa? O corpo permaneceria intacto e só destruiríamos a parte indesejada. Ou, divagando ainda mais, podemos encontrar pessoas com afinidade, ou seja, com frequência muito próximas a nossa. Pois até sentimentos geram vibrações físicas específicas em nosso corpo o que nos faz sentir atrações pelo semelhante. Enfim, não percebemos claramente, mas as vibrações nos rodeiam e tem alguma explicação. E certamente muitas outras a descobrir. É a beleza da Física.  

(Por Vânia Scott)

Nenhum comentário:

Postar um comentário