sábado, 30 de julho de 2016

Crônicas de um pai: sentar-se no parque

Crônicas de um pai: sentar-se no parque

Caminhadas descompromissadas por entre as árvores não são mais as mesmas. O que vamos fazer quando o bebê nascer é o assunto constante. Casais com filhos passam a ser parte da paisagem que buscamos. Ser pai de uma menina transforma todas as meninas que estão ao seu redor em objeto de atenção. Elas se transformam na pequenina Maria Luíza que aguardamos e acalentamos. As árvores em sua majestade plena, a composição dos galhos, os ipês, que, nesta época do ano oferecem tapetes de flores que colorem nossos caminhos; em seus balanços ao vento rememoram o ciclo de nascimentos e mortes. Estamos nascendo, silenciosos, estamos morrendo.
(Arrastar ainda uma vez as folhas do outono do chão com pés, sentir a sua maciez)

Nenhum comentário:

Postar um comentário