sábado, 23 de julho de 2016

Crônicas de um pai: o tempo e o cálamo

Crônicas de um pai: o tempo e o cálamo
Ontem pela manhã, em celebração de Missa, o querido Padre Luís Erlin, ofereceu-nos duas expressões: a imposição do tempo próprio e o amor persistente. Impor o tempo próprio nomeia todas as vezes nas quais somos devorados pela ansiedade e frustração. Ansiedade que nos leva a desejar que o mundo atenda e corresponda às nossas expectativas e planos, somos, a partir desta perspectiva, zelosos dos caminhos e roteiros que decidimos viver. Frustração é o resultado das respostas negativas do mundo ao nosso enredo, afinal, viver em sociedade significa estar rodeado de pessoas. Falar de tal imposição do tempo, vale com certeza, para um sem número de situações quotidianas, aqui, no entanto, diz respeito de forma particular à espera do bebê. Esperar e escrever roteiros nos quais definimos e construímos os trilhos. De tal lugar para tal lugar, de uma casa à outra, de uma cidade à outra. Quais são os limites? Se precisamos da organização e da referência dada pelo nosso enredo, a rigidez - a imposição do tempo - pode transformá-lo em em um pesadelo. O amor persistente baliza nossas ações e nos capacita a verdadeiramente ouvir quem está ao nosso lado, o roteiro ganha novas mãos. Ufa! agora, são três - logo mais, quatro, cinco... - pessoas a brincar e a rabiscar, o mundo é maior do que o imaginado.

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