Crônicas de um pai:o apelo
Noutros dias ela chorava, abria a boca e chorava sentida como quem acredita que foi abandonada, agora, ela sabe onde está, conhece a casa e os seus ruídos, percebe os movimentos e as rotinas. Sabe mais dos seus pais.
Ela chama, chama de forma serena pelos pais. O som chega suave aos nossos ouvidos, não há resmungo da parte de Maria, apenas o apelo, pede a chance de curtir os últimos instantes da madrugada junto aos pais, quer ouvir os primeiros pios dos sabiás conosco.
Alguém dirá que é preciso 'educar', preferimos cambalear de um cômodo ao outro e trazê-la. Breve, não chamará mais, falta pouco, sentiremos saudades.
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