Crônicas de um pai: casulos e pupas
Maria toca o meu rosto pedindo que eu me vire. Ela afaga meus cabelos ao mesmo tempo em que os deixa em desalinho. Volto-me para ela e vejo o seu sorriso de quem se diverte comigo. Insiste para que eu torne a virar e ajeita meus cabelos ainda molhados. Ri feliz, ri a sua vida e a minha em um instante. Peço que me conte sobre as borboletas que ainda vivem em casulos e que moram em sua escola. Fala-me de pupas e crisálidas de seu mundo de menina. Conta-me que anda incomodada e disposta, incomodada com todas as mudanças que anda a viver e disposta para o mundo que se apresenta frente aos seus olhos.
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