quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Crônicas de um pai: engatinhar e caminhar

Crônicas de um pai: engatinhar e caminhar

À medida dos dias o inventário da casa se completa no dedilhar de nossa pequena Maria. Lugares e situações, cores e texturas, ruídos e luzes são mapeados e a ajudam a desenvolver a sua paisagem pessoal. Maria acordou cedo, hoje, por volta de três da manhã. Quis ficar sentada para a sua primeira mamada do dia, tombava de sono e ainda assim não se rendia ao descanso da madruga. Eu e Vany acreditamos que eram os dentes que a deixaram incomodada. Os seus quatro pares de dentes reclamam a chegada de novos que nas últimas semanas só fazem anunciar que estão a caminho, mas nada de despontarem. Sentada, cansada e com dores fiquei a olhar para ela. O que estará pensando? O quanto entende de quem é e de quem somos? É certo que cada vez mais, o pequeno cérebro se expande; há aumento impressionante do tamanho de suas frases, a sua linguagem de bebê afirma a sua presença entre nós.

A casa passa por adaptações sem fim, objetos e móveis dançam ao sabor dos caminhos e passos de nossa primogênita.

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