quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Crônicas de um pai: os passarinhos e o horário de verão

Crônicas de um pai: os passarinhos e o horário de verão

'Não, papai! Os passarinhos ainda não acordaram, não me chamaram ainda, posso dormir um pouco mais'.

Crônicas de um pai: unhas

Crônicas de um pai: unhas

Dia desses, pronta para tomar banho, observei com atenção as unhas do pé de Maria Luíza, a do dedo grande do pé direito apresentava desgaste irregular. Sim, de tanto engatinhar ela aparou ou entortou a unha do seu diminuto pé. Perguntei a Maria qual a razão, não quis comentar limitou-se-se a segurar os dedos do pé direito e os trouxe para junto do seu rosto. (Sorria feliz ao fazer isso)

Crônicas de um pai: engatinhar e caminhar

Crônicas de um pai: engatinhar e caminhar

À medida dos dias o inventário da casa se completa no dedilhar de nossa pequena Maria. Lugares e situações, cores e texturas, ruídos e luzes são mapeados e a ajudam a desenvolver a sua paisagem pessoal. Maria acordou cedo, hoje, por volta de três da manhã. Quis ficar sentada para a sua primeira mamada do dia, tombava de sono e ainda assim não se rendia ao descanso da madruga. Eu e Vany acreditamos que eram os dentes que a deixaram incomodada. Os seus quatro pares de dentes reclamam a chegada de novos que nas últimas semanas só fazem anunciar que estão a caminho, mas nada de despontarem. Sentada, cansada e com dores fiquei a olhar para ela. O que estará pensando? O quanto entende de quem é e de quem somos? É certo que cada vez mais, o pequeno cérebro se expande; há aumento impressionante do tamanho de suas frases, a sua linguagem de bebê afirma a sua presença entre nós.

A casa passa por adaptações sem fim, objetos e móveis dançam ao sabor dos caminhos e passos de nossa primogênita.

domingo, 15 de outubro de 2017

Crônicas de um pai: dar tchau e dizer não

Crônicas de um pai: dar tchau e dizer não

Há tempos Maria aprendeu a dar tchau, hoje, ela aprende a lançar beijo com a palma da mão. Ainda sobre o tchau há situação inusitada, visto que ela engatinha pela casa as ocasiões nas quais é preciso dizer não apareceram. Não ao fio da geladeira, não ao computador, e por aí vai...todavia, eu e Vany percebemos que cometemos um erro ao dizer não com a mão. Maria não distingue dar tchau e dizer não com as mãos, ambos ainda lhe parecem o mesmo movimento. Assim, quando ela busca pelo fio da geladeira e lhe dizemos não, nossa Maria Luíza nos olha feliz e crê que estamos a lhe dar tchau e, sem pensar duas vezes, sentada no chão se põe a dar tchau ao nosso não.

Crônicas de um pai: língua de fora

Crônicas de um pai: língua de fora

Lá vai Maria, língua de fora! Ajuda na concentração e aumenta o charme, diz ela! Lá vão os pais, língua de fora!! Exaustos e sem dormir, choramingam ambos. Não sabemos quando começou o hábito da língua de fora, mas agora é recurso regular de nossa pequena.

Crônicas de um pai: quase 12 meses

Crônicas de um pai: quase 12 meses

Às vésperas do seu aniversário a interação é grande, não há mais um recém-nascido, mas uma menina que amplia o seu repertório. Conhece e deseja fazer. Ontem, Maria Luíza observava a sua mãe usando uma borracha para apagar uma anotação no caderno; quando a mãe terminou Maria buscou pelo objeto borracha e repetiu a operação para experimentar a sensação.Aos 12 caminhar pelas nossas mãos começa a se tornar comum, em breve, ela andará à frente e correra. Ela cresce e se recria como uma menininha amorosa e cheia de choramingos. Quero crer que choraminga apenas porque não sabe me dizer do que precisa, se sente fome ou se os dentes estão a incomodá-la. Afetuosa, nossa pequena adora afagos e mais do que berço prefere o colo de sua mãe para adormecer. Não é mais um bebê e as suas longas pernas balançando enquanto a mãe a leva no colo crente de que aninha a filha recém-nascida é comovente.

Feliz (quase) aniversário, filha!
Feliz aniversário, mãe!

sábado, 14 de outubro de 2017

Crônicas de um pai: subir as escadas

Crônicas de um pai: subir as escadas

Engatinhar e caminhar com a ajuda de mãos amigas ficou para trás. Subir as escadas passou a fazer parte do repertório de Maria. Nada a detém quando deseja encontrar alguém. Degraus e objetos, tapetes e móveis são ultrapassados e superados. Ela está bem, feliz a distribuir os seus sorrisos. Troca a sua hora de sono para brincar a todo instante. Pela manhã, penteei  o seu cabelo, já há o que pentear....depois, entreguei-lhe a escova e Maria Luíza ficou a repetir o movimento com a escova. Ela sabe. Não é mais um bebê, está ali a menina. Ela reage aos sinais do mundo.

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Crônicas de um pai: Tsunami

Crônicas de um pai: Tsunami

Tsunami. Tesourinho. Marie Louise. Maria Das Dores. Furacão Classe Maria. Filhote. Pingo de gente. Passarinho e RN. A lista é longa demais....

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Crônicas de um pai: falar mamãe

Crônicas de um pai: falar mamãe

Sim, ela fala. Mamãe é de longe a palavra mais perfeita que ela pronuncia. Palavra macia que lhe lembra a sua vida. Maria chama e chama, às vezes choramiga outras gargalha, mas está ali inteira e completa: mamã.

Crônicas de um pai: o dia já nasceu

Crônicas de um pai: o dia já nasceu

Maria ainda dorme, a casa já está em movimento a jornada de trabalho dos pais começou. Maria dorme com o rosto colado no travesseiro, ouvimos a sua respiração. Vany é a primeira a sair, ainda está escuro. Maria acorda, acorda preguiçosa, de maneira lenta lança os braços em um movimento que acelera o seu despertar. Ela abre os olhos e busca saber quem a receberá após uma noite de sono. Maria tem fome, chora a sua mamadeira. Eu a tomo em meus braços  e nos dirigimos para a cozinha. Preparada a mamadeira, ainda em meu colo, Maria abre os olhos e reclama da luz acesa. Mamadeira na mão minha filha busca a posição que mais gosta, inicia o seu ritual de mãos e de pés. Sacia-se, seca a sua mamadeira. Deitada deixa a sua cabeça tombar para o lado e adormece satisfeita. Maria dorme e eu cumpro os últimos preparativos para levá-la ao berçário. Vany liga para ter notícias enquanto tomo café.

Hora de levantar, há que se trocar a fralda antes de sairmos. Maria resiste, não quer saber de levantar. Ela ainda insiste em ficar em seu berço por alguns instantes. O sabiá que sempre nos visita pela manhã a chama mais uma vez e Maria Luíza desperta. Os olhos vivos buscam a casa em que vive, pergunta pela mãe e lhe digo que ela foi trabalhar, mas não tarda a chegar. Fralda limpa e agasalhada, o xarope é o derradeiro passo antes da saída. Hora de ir, hora de nos despedirmos. Hora de pedir ao Papai do Céu que nos ampare em nossos caminhos e que saibamos entender o que se espera de nós.

O dia começou.

Beijo, filha!

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Crônicas de um pai: alívio

Crônicas de um pai: alívio

Lá se vão as 72h de febre, ficaram para trás, graças a Deus! Estávamos os três esgotados. Maria Luíza passou bem o dia, nos ofereceu a sua alegria e disposição de bebê. Agora, de tão bem e feliz, ela resolveu tirar o atraso dos últimos dias, deseja dormir tarde e, se possível, acordar antes dos sabiás que nos visitam logo cedo.

Beijo molhado, filha!

Crônicas de um pai: o milagre que mora em nossa casa

Crônicas de um pai: o milagre que mora em nossa casa

O nascimento é o maior dos milagres. O sol alto e o firmamento têm o seu lugar na lista de maravilhas, a cor do nosso oceano íntimo e a palheta de cores das plantas também estão lá, todavia, nada pode ser comparado ao nascimento. Gerar a vida, levar no ventre o segredo de uma menina é flor que se abre. O nascimento realinha os sonhos e a maneira de estar no mundo, modifica o diapasão, nada é como antes. Não à toa as religiões fazem da criação momento singular, o segredo a ser abraçado.

O milagre fez de nossa casa local de sua morada!

Crônicas de um pai: horários certos

Crônicas de um pai: horários certos

A pontualidade da febre nos assombra. Ao cair da tarde a temperatura se eleva, o desconforto e o choro passam a dar as cores da noite. Quando a sua filha chora e diz que não sabe o que se passa, que a sua respiração  e ânimo estão comprometidos o que fazemos? Aos poucos fica amuada e chora pelo colo de sua mãe, chora pelo afago de quem lhe quer bem. Vany está esgotada nos dias que seguem, afinal são 72h de febre. Sempre nos mesmos horários, regularmente do final de tarde ao amanhecer. Há que se fazer de tudo para ajudá-la, mesmo que seja inalação às 3 da manhã.

Agora ela está bem, não há vestígio de febre apenas  o seu semblante de quem dormiu mal durante a noite e quer descansar agora até o meio-dia.

Descanse filha, já voltarei para casa.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Crônicas de um pai: febre e febre

Crônicas de um pai: febre e febre

Batalha sem trégua, a febre intermitente de um filho aperta o coração. Já a certeza de que tudo passará, no entanto até lá há uma jornada longa. Noites mal dormidas, a dor de ouvir o choramingo febril de um bebê que ainda não entende o que se passa consigo mesmo, a eficácia relativa de medicamentos e procedimentos. As estações da febre intermitente se renovam de forma constante. Lá se vão mais de 48h e ela vai e vem, que Deus nos proteja e nos dê alento em jornada tão exigente.

Crônicas de um pai: ver e repetir

Crônicas de um pai: ver e repetir

Semanas atrás ficamos espantados quando Maria nos mostrou que desejava comer sozinha. A mão pequenina buscava o que lhe oferecíamos, pegava, examinava e a levava à boca. (Algumas vezes Maria Luíza resolve brincar com a comida antes de comê-la; brincar inclui passar os dedos lambuzados nas roupas dos pais).
Aquilo que vê, ela repete. Foi fácil ensiná-la a escovar os dentes - todos os oito dentes - afinal, basta começar a escovar e lhe oferecer a escova que ganhou. Lá vai ela, escova e morde, massageia a gengiva e se diverte.
Vany acompanhou mais uma no dia de hoje: limpar o nariz. As secreções provocadas pela gripe acompanhadas de aplicação de medicamentos e de inalação deixaram Maria Luíza irritada e incomodada. Vez por outra surgia o paninho para limpá-la. De tanto viver a situação, aprendeu a repetir o movimento. Maria pega o pano, deixa-o à frente de seu nariz molhado e se põe a sacudi-lo, falta pouco, mas chegaremos lá.

domingo, 1 de outubro de 2017

Crônicas de um pai: melancia positivo

Crônicas de um pai: melancia positivo

Fruta da estação as melancias chegaram, no ano passado Vany viveu a nossa gravidez a devorar, digo a degustar, frutas e frutas. Imaginei mesmo que se ao nascer Maria Luíza realizasse exame de sangue receberíamos resultado que diria algo como 'melancia positivo'.
Ontem a melancia voltou à nossa casa, por ora, Maria Luíza não se revelou fã da fruta, acreditamos que a febre das últimas horas a deixou pouco afeita a experiências de sabor. Vamos aguardar, temos tempo, a estação da melancia está apenas começando.

Crônicas de um pai: febre

Crônicas de um pai: febre

As mudanças de tempo jamais despertaram tanto a nossa atenção. Maria acusa as oscilações climáticas e sofre. Aos primeiros sinais de nossa primavera invernal sabemos que Maria Luíza sentirá a queda de temperatura, mudança que diminuirá, infelizmente, as suas andanças pela casa.
As últimas horas foram difíceis, a madrugada pediu que a ajudássemos a enfrentar a febre. Seu corpo pequenino ardeu, o resmungo de quem pede ajuda e nada entende do que se passa foi a nossa melodia. Aos poucos ela se vê fortalecida e se recupera. A mãe leva no rosto as marcas de uma noite mal dormida e, também, o orgulho de quem sabe que está a fazer o melhor que pode.