quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Crônicas de um pai: dar colo

Crônicas de um  pai: dar colo

Entre as minhas paizices conto a de adorar dar colo à minha filha. Carrinho e berço pouco me interessam, eu a deixo desmaiar sobre o meu peito e fico ali durante horas aninhando a minha pequena. Dirão que ela se acostumará mal, pensam no berçário que, logo mais, a receberá. Francamente, não oferecerei menos do que tenho vontade com o propósito de atender às expectativas dos outros.

Crônicas de um pai: ao mamar

Crônicas de um pai: ao mamar

O que Maria Luíza busca ver nos olhos da mãe ao mamar? A arte de sugar e a busca pelos olhos da mãe são traduzidas em uma expressão singular; o que a embala em hora tão mãe e filha? (O pai aprende de longe)

Crônicas de um pai: Tahar Ben Jelloun

Crônicas de um pai: Tahar Ben Jelloun

Conheci a sua literatura nos anos 80, encantou-me com a sua arte de contar histórias entre continentes -Europa, Ásia e África -, desde então procuro pelos seus títulos. Anos atrás adquiri o seu 'O racismo explicado à minha filha'. Confesso que não o li, acreditava-o necessário, no entanto, não tive coragem de abrir o livro, algo assemelhado ao que sinto, hoje, pelo 'Nada de novo no front' de Remarque. Tão grande e tão revelador da barbárie de nossa sociedade que não sei como abrir as suas páginas.
Hora de ter coragem e viver uma conversa com o senhor Tahar sobre os crimes nossos de cada dia.

Beijo, Maria Luíza!

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Crônicas de um pai: Cary Grant e Debora Kerr

Crônicas de um pai: Cary Grant e Debora Kerr

Filmes rodados décadas atrás, atores e atrizes para muitos desconhecidos e eu aqui querendo apresentá-los à minha filha. Levá-la a descobrir alguns dos melhores momentos da arte cinematográfica, por que não? O repertório do pai, com certeza, é diferente daquele que será o de Maria Luíza, mas, se me cabe falar e contar algo, desejo falar de alguns pares românticos. Que tal Cary Grant e Debora Kerr?

"Quem são eles, meu pai?!"
"Depois, vamos assistir Frozen?!"

Crônicas de um pai: o almoço do dia 25

Crônicas de um pai: o almoço do dia 25

Pela primeira vez, às vésperas dos seus 9 + 2 meses, Maria Luíza fez-se anfitriã. Recebeu em sua casa e à sua mãe familiares maternos. Vestida de azul sentou-se à cabeceira e ensaiou as suas primeiras palavras, falou do presépio que ganhou e de sua vontade de que todos ali fossem verdadeiramente felizes.
Feliz Natal!

Crônicas de um pai: a vigília da mãe

Crônicas de um pai: a vigília da mãe

Noite longa, a mãe ficou plantada ao lado da filha. Zelando pelo sono e pelos possíveis efeitos da série de quatro vacinas de ontem. Vinte e quatro horas depois, Maria Luíza reage bem, resmunga de dores nos locais da aplicação, mas, no mais, sorri feliz. A mãe, acusa no rosto e no corpo a noite mal dormida. Agora, ambas dormem e é a minha vez de ficar em vigília.
Bom descanso!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Crônicas de um pai: Dia de Natal

Crônicas de um pai: Dia de Natal

Nunca mais e para sempre são duas expressões que desde o nascimento de Maria Luíza passaram a povoar o nosso mundo. Eu e Vany vivemos a nos dizer e a nos divertir falando sobre o que mudou em nossas vidas. O Natal de 2016 foi o primeiro de nossa filha, o primeiro da família que estamos a aprender a ser, do nosso jeito e da nossa cara.
No dia 24 visitamos queridos amigos: Dona Elisabeth, Sr. Humberto e Gian. Família querida e estimada que nos recebeu com enorme carinho e afeto. Maria Luíza conheceu o seu primeiro presépio de grandes proporções, presépio de tradição italiana, que, guarda peças centenárias trazidas décadas atrás pelo Patriarca da família. Presépio que reúne o imaginário italiano ao brasileiro, tudo isso sob um imenso céu estrelado. Os olhos dos pais e da filha brilharam.
Obrigado pelo carinho!
Abraços cordiais!

Crônicas de um pai: dia de vacinação

Crônicas de um pai: dia de vacinação

Eis um daqueles dias desafiadores: enfrentar a precariedade do sistema de saúde. Em geral, é necessário visitar mais de um posto para tomar as vacinas agendadas. Os horários dos postos, o pouco número de funcionários e tudo mais revela a nossa miséria. Peregrinação em busca de vacinas para, no final das contas, levar Maria Luíza às lágrimas. O jeito agora é trazê-la junto ao meu peito e dizer-lhe baixinho que estou ali para ajudá-la e ampará-la.

Crônicas de um pai: 9 + 2 = 11 meses

Crônicas de um pai: 9 + 2 = 11 meses

Hoje, dia 26 de Dezembro, Maria Luíza chega aos dois meses ou, de acordo com as contas da Vany, aos 11 meses. Para nós, verdadeiramente, o nosso bebê é real desde os primeiros exames, desde a confirmação de que esperávamos por alguém. A disputa que assistimos nos dias de hoje a respeito da concepção e da formação do sistema nervoso para justificar ou não a vida, francamente, não nos interessou. Nossa filha era real tanto quanto a nossa satisfação e a nossa franqueza. Parabéns pelo seu aniversário de 9 + 2.
Beijo!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Crônicas de um pai: altos papos com o meu bebê

Crônicas de um pai: altos papos com o meu bebê

Conversamos longamente, a cada dia por mais tempo e um número maior de vezes. Maria Luíza deixou para trás a vida de apenas mamar e dormir, ela interage com o seu pequeno mundo. Nossas conversas são sinal dessas mudanças. Falta-lhe firmeza, o corpo ainda não está pronto para o seu peso, os movimentos são algo desgovernados, todavia, há instantes nos quais ela esbanja controle e esperteza. Braços e mãos, hoje, servem para que ela aproxime e afaste objetos. Horas atrás acreditei que ela estava interessada em seu pé direito, pela maneira como ela o fitava e o movimentava. Ela cresce de forma rápida e como me disseram, devemos aproveitar, o tempo é ligeiro ligeiro.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Crônicas de um pai: banho de chuveiro

Crônicas de um pai: banho de chuveiro

Banheira de bebê ficou no dia de ontem, agora, tomo banho apenas de chuveiro. Há fartura de água quente e eu me divirto muito mais, finalmente meus pais entenderam que eu quero sorrir...

Crônicas de um pai: ninguém me entende

Crônicas de um pai: ninguém me entende

Meus pais são esforçados, mas nada entendem do que eu quero. Quando sinto fome, creem que sofro de cólicas, quando tenho sono, me oferecem uma mamadeira, quando quero ficar sentada, mandam-me para o berço. A minha lista é longa, muito longa. Faço, como não poderia ser diferente o que qualquer um faria no meu lugar: reclamo em voz alta, bem alta!
Tenho esperança, um dia aprenderão a me dar ouvidos!
(Maria Luiza, já para a cama!)
Entendem o que eu quero dizer?!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Crônicas de um pai: meu primeiro móbile

 Crônicas de um pai: meu primeiro móbile

Demorei, mas providenciei móbiles para o berço e para o carrinho de Maria Luíza. O mundo ganha cor, nada mais justo e apropriado do que pendurar bichos coloridos ao alcance de seus pequenos olhos. Ela olha com a atenção de quem quer saber, ainda não estou certo se gostará ou não.

(Beijo, filha!)

Crônicas de um pai: para-raios

 Crônicas de um pai: para-raios

O nascimento de uma criança coloca em relevo uma família. Ninguém é indiferente ao nascimento de uma família, ao nascimento dos pais e de um bebê. As pessoas ao nosso redor, se as conhecemos ou não, nos distribuem sorrisos. Quinta última fomos visitados por Dona Elisabeth e seu sorriso. Toda afeto para conosco trouxe regalos para a nossa pequena. Generosidade e carinho são virtudes que se expandem e, no caso de nossa família, Maria Luíza atrai o que há de melhor.
(Grato, filha! Abraço, Dona Elisabeth!)


Crônicas de um pai: entre um Fusca 1300 L e um Galaxie LTD

Crônicas de um pai: entre um Fusca 1300 L e um Galaxie LTD



Dia de sábado, dia de sol. Ontem, recebemos a visita de amigos queridos: Gian e o Sr. Humberto. Pessoas estimadas que, entre outros brilhos, são colecionadores de carros. Vieram nos visitar conduzindo um Ford  Galaxie LTD marrom saveiro. Maria Luíza fez pose para a foto em frente ao capô do veículo. Ao lado, outro veículo, um Fusca 1300 L bege alabastro olhava tudo com cara de ciúmes, afinal, ninguém cuidava dele desde que Maria Luíza havia nascido, não trocaram o seu pneu e, agora, o tesouro da casa posava para fotos em frente a outro carro que não ele. Percebi o ciúmes e, antes de entrarmos, Maria Luíza posou para fotos em frente fusca, prometi-lhe ainda que nas férias de janeiro cuidarei melhor dele para que possa, em breve, levar minha filha para um passeio pelo bairro.

Crônicas de um pai: tenho uma filha

Crônicas dei um pai: tenho uma filha

Vivo a dizer para mim mesmo: Eu sou pai, tenho uma filha. A frase está entre a oração e o êxtase místico de um dervixe. Eu sou pai, tenho uma filha é a senha para destrancar salas e câmaras perdidas ou ainda por descobrir. Eu sou pai, tenho uma filha é, agora, o meu nome.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Crônicas de um pai: dançar entre vaga-lumes

Crônicas de um pai: dançar entre vaga-lumes

O sono de nossa pequena segue irregular, a noite e a madrugada costumam ser longas, muito longas. É difícil derrubá-la, é difícil levá-la a um sono profundo. Na madrugada passada, eu e Maria Luíza dançamos entre a cozinha, a sala e o quarto para chamar o sono. As luzes coloridas da árvore de Natal a convidavam a ficar de olhos abertos, mas tanto fiz, tanto palmilhamos entre os cômodos, tanto balançamos que ela foi vencida e cedeu ao sono. Eu, de igual maneira, estava esgotado.
Beijo!

Crônicas de um pai: 50 dias

Crônicas de um pai: 50 dias

Ontem, fomos ao pediatra. O quadro geral é bom, há uma radiografia para avaliar a clavícula direita, no mais seguimos bem com os nossos 57 centímetros e mais de 5 quilos. Pais de primeira viagem redobram as suas atenções e ficam a se perguntar o que é melhor para o bebê: o que fazemos agora?
Sair do consultório satisfeito é um alento. Parabéns, Maria Luíza!!
Beijo!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Crônicas de um pai: mente em movimento

Crônicas de um pai: mente em movimento

À medida que os dias correm, mais e mais, Maria Luíza fica sozinha consigo mesma procurando ler o mundo. Ela agora vai além do dormir e mamar, ela pode ficar longos instantes observando as pessoas e as coisas ao seu redor. O cérebro e a percepção trabalham em ritmo febril, afinal, é preciso descobrir e inventar sentido para tudo que a envolve. Fico ali lhe oferecendo palavras e afagos crendo que podem ser de alguma valia para a cartilha que cria para ler a sua casa.

Crônicas de um pai: refeições em família, novos tempos

Crônicas de um pai: refeições em família, novos tempos

O ritmo da casa é medido não mais por relógios e vontades, mas sim, pelas mamadas de nossa pequena. O choro e o riso são nossos metrônomos agora. As refeições em família, entre outras situações, foram redefinidas. Muitas vezes, Vany dá de mamar à filha enquanto o pai lhe oferece o jantar. Maluco, mas funciona, precisa funcionar.

Crônicas de um pai: o último Natal de Dona Nassima

Crônicas de um pai: o último Natal de Dona Nassima

Minha mãe vivia o Natal, fez dele o seu momento maior. A casa, antes mesmo das semanas do Advento, entrava noutro ritmo. Ela era preparada para a chegada de seu morador. Cortinas eram trocadas, móveis recebiam atenção apurada e as orações ganhavam o ardor de quem sabe da chegada iminente. A casa ganhava contornos de expectativa e serena alegria. As comidas eram apenas parte, o mais importante era  o andamento, o ritmo de espera e de alento. Espero  ter a sabedoria de minha mãe e conseguir com os meus dedos e os de Vany criar os natais de Dona Nassima, sinceros e verdadeiros. 
Feliz Natal, mãe !!
(Maria Luíza e Vany mandam beijos)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Crônicas de um pai: aperte aqui para um sorriso

 Crônicas de um pai: aperte aqui para um sorriso


Instantes atrás eu a reconfortei durante uma crise de cólicas, agora, ela está no colo da mãe enquanto escrevo e, para minha alegria, procura saber o que estou fazendo. O seu corpo ganhou firmeza e ela se estica para buscar pelo movimento da casa. Ao me aproximar de Maria Luíza atendendo aos seus olhares curiosos brinco com o seu queixo e ganho de presente sorrisos lindos. 

Crônicas de um pai: A história da princesa que foi ao brejo caçar sapos

Crônicas de um pai: A história da princesa que foi ao brejo caçar sapos

Às vésperas da chegada de Maria Luíza, Vany inventariou, lavou e organizou peças e peças de roupas, planejou o uso das roupas de nossa filha para os primeiros meses. As gavetas da cômoda do quarto reuniam e acomodavam por tamanho e cor tudo aquilo que Maria Luíza vestiria. Passadas algumas semanas, as gavetas entraram em colapso, o número de peças perdidas é grande. Hoje ela veste, enquanto escrevo, um macacão cujas pernas terminam na canela. Os braços ainda servem, mas as pernas estão na altura certa para que Maria Luiza se aventure no brejo para caçar sapos, ou como diz a mãe, correr atrás das galinhas no terreiro.

(Graças a Deus ela goza de ótima saúde, nosso regalo, nosso dom!)

domingo, 11 de dezembro de 2016

Crônicas de um pai: fã de niki lauda

Crônicas de um pai: fã de niki lauda

Aproveitei que Maria Luíza gosta de ficar sentada e na semana que passou assistimos filme que retratava corridas de Fórmula 1. A mãe torceu o nariz e me perguntou se eu já não havia visto aquilo antes, respondi-lhe que isso não importava e que a menina estava gostando, Vany fez cara de incrédula entre sorrisos.
Assistir ao lado de Maria Luíza é modo de falar, ela pede atenção e há sempre algo para providenciar. Ficamos lá, pai e filha, e para desespero maior da mãe no momento exato em que niki lauda ultrapassava james hunt houve um explosão de contentamento de pai e filha. Maria Luíza respondeu à torcida do pai com a vibração dos seus pequenos braços, a mãe jura que eu sonhei, mas tenho certeza, ela é fã de automobilismo.
Dá-lhe Maria Luíza!

Crônicas de um pai: o que pensa um bebê?

Crônicas de um pai: o que pensa um bebê?

Vivo a me perguntar o que se passa naquela cabecinha ou a imaginar o que o expressivo par de olhos busca ao seu redor. A verdade é que eu não sei, explico de uma forma ou de outra, mas ignoro, ignoro mais do que entendo, no entanto, apesar da distância criamos à nossa maneira um território no qual acreditamos inventar uma linguagem que nos facilita algum nível de conversa.
(o afeto é mais do que a nossa solidão)

Crônicas de um pai: o silêncio da casa

Crônicas de um pai: o silêncio da casa

A casa mergulhou em sono pesado, mãe e filha dormem, descansam. Apesar de exausto tardo a me deitar, quero aproveitar por instantes o meu mundo e sonhar o sono da minha família, sonhar que de uma maneira ou de outro encontraremos as soluções de que precisamos - ou que nos aguardam - e sorrir, sorrir satisfeito e crente de que minha família está feliz.

sábado, 10 de dezembro de 2016

Crônicas de um pai: momentos engraçados que não deixam o sono - dela e nosso - chegar

Crônicas de um pai: momentos engraçados que não deixam o sono - dela e nosso - chegar

Todos cansados, semana longa e, amanhã, muito a fazer. Apesar disso, Maria Luíza que cambaleia de sono, mais e mais, quer descobrir o seu mundo. Se conversamos com ela, pedindo que feche os olhos e permita que o sono a embale, ela nos responde com um sorriso lindo, sim, ela aprendeu a responder aos estímulos e declarações de amor do mundo em que vive.
(eu te amo, mas, por favor, vamos dormir, já é sábado...!!)

Crônicas de um pai: a ovelhinha

Crônicas de um pai: a ovelhinha

Entre as situações que dão nomes inusitados e engraçados à nossa pequena está a hora do banho; aqui ela é chamada de ovelha, em virtude da quantidade de lãs que ficam presas ao seu pequeno corpo, claro estou a exagerar, não é tanto assim e não é apenas a lã, mas qualquer resíduo de tecido. O pequeno corpo retém pedaços diminutos que ficam por todo o corpo, de forma particular, nas dobrinhas.
(as bobagens de um pai e uma mãe são feliz oportunidade para corrigir o mundo de suas tragédias!)

Crônicas de um pai: o presépio e a sagrada família

Crônicas de um pai: o presépio e a sagrada família

Horas atrás, antes de tomar o banho da noite, Maria Luíza conheceu o seu primeiro presépio. Expectativa de uma jornada repleta de sentido e de significado, que, acredito, poderá lhe trazer alento em meio às pedras do caminho.

Crônicas de um pai: eu sei que estou errado

Crônicas de um pai: eu sei que estou errado

O tempo voa ligeiro, muito muito ligeiro, outro dia, ela nascia, agora, chega aos 45 dias. Passo parte do dia longe de casa e ao retornar quero, de todas as formas, aproveitar o que tenho, o que posso ter. O meu horário de chegada coincide com o início das cólicas. A maneira que encontrei para aliviá-la em momento tão choroso é deixá-la junto ao meu peito e com o calor do meu corpo diminuir o seu desconforto. Quando ela adormece eu a deixo ficar junto ao meu peito, evito o berço, quero aproveitar os poucos instantes que eu tenho, afinal, logo crescerá e não desejará mais o meu colo. Sei que estou errado, mas desejo que se farte com o meu colo enquanto posso oferecê-lo.
Beijo!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Crônicas de um pai: a Copa do Brasil

Crônicas de um pai: a Copa do Brasil

Não há como não rir de tudo. Ela estava preparada para dormir, roupas e fraldas limpas, sentada para a mamada da noite e lá se vai a programação. Sentada, mamadeira encaixada e ela resolve, aproveitando-se do instante de relaxamento, livrar-se do que a incomodava. A programação foi revista e adiada, alguém sabe o placar da final da Copa do Brasil?
(agora, limpa e serena, ela mama!)

Crônicas de um pai: Maria Luíza quer se sentar

Crônicas de um pai: Maria Luíza quer se sentar

Os movimentos revelam maior e melhor coordenação, ela tem agora 42 dias. Nada a estranhar, era esperado, todavia, algumas situações surpreendem e divertem. Ela quer se sentar, sim, ela quer se sentar. Estômago cheio, arroto em dia, ela prefere ficar sentada observando a movimentação da casa. Distribui os seus sorrisos, faz as suas bolhinhas de saliva e fica ali esbanjando o seu charme.
Beijo!

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Crônicas de um pai: o guarda-roupa e a feiticeira

Crônicas de um pai: o guarda-roupa e a feiticeira

Não estou certo de como aconteceu, os indícios são poucos, a feiticeira não deixou rastros apenas um guarda-roupa repleto de sinais de travessuras e de artimanhas fantásticas. Quando nos demos conta as roupas não serviam mais, o macacão de três dias atrás, de forma inconcebível, tornou-se menor. As meias tão cheias na semana passada, agora, mal chegam ao calcanhar. O mijão ficou pelo meio do caminho e a touquinha procura novo dono. Assim mesmo, não mais do que de repente, tudo ficou pequeno e a menina cresceu e cresceu como aquela Alice que perseguia um coelho.

Crônicas de um pai: o dom da vida

Crônicas de um pai: o dom da vida

A pedra do dia é nada, a falta de educação no ônibus é nada, o vandalismo de palavras lançadas de forma intempestiva é nada, a má-vontade alheia é nada. O dom da vida transcende e separa o joio do trigo, o que é perene do que é nada.
O dom da vida nos redime!

Crônicas de um pai: a força da mãe

Crônicas de um pai: a força da mãe

Sim, falei a respeito, o nascimento da mãe acompanha a gestação de seu filho e, depois de dar à luz, nossa mamãe segue como a pupa da história em sua jornada de transformação. Surpreendo-me com Vany, vejo o seu cansaço estampado em seus olhos e, apesar disso, ela se levanta para cuidar. Leva nos braços a sua filha durante as madrugadas longas e amargadas pela cólica, incansável e paciente. Vany, hoje, é uma mãe em um sentido largo, todos os dias, ela oferece o seu corpo à sua filha: a mãe nasce diariamente.

Crônicas de um pai: em meus braços

Crônicas de pai: em meus braços

Ora, serena, ora, agitada. Quando acredito que ela está preparada para dormir, quando percebo que a respiração ficou pesada, os olhos, de súbito, ficam arregalados e passam a ler o que está ao seu redor. A cada dia Maria Luíza interage mais e melhor com o seu mundo. Busca tudo com os olhos, tudo lhe interessa. Acompanhar o seu crescer é uma chuva que refresca o dia, coloca todos os senões e contradições nas quais tropeço em segundo plano. Ela cria nova escala de valores.
(sou pai)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Crônicas de um pai: imagem no espelho

Crônicas de um pai: imagem no espelho

Entre as travessuras de mãe e filha, no dia de hoje, vi fotos que ambas tiraram; voltadas para um espelho deixaram-se fotografar, a mãe sorria, a filha brigava contra o sono. É uma daquelas situações nas quais a memória de minha família pulsa, lembrei-me de minha mãe junto àquele mesmo espelho mirando-se e fiquei a me perguntar se em algum ponto da película de prata não permanece algo de quem se deixou capturar. (Saudades)

Crônicas de um pai: o controle remoto e a mamadeira

Crônicas de um pai: o controle remoto e a mamadeira

Os livros aguardam, não há como ler, alguém me solicita. Sou todo ouvidos e braços para quem me chama e que está a chorar como se ninguém lhe desse atenção alguma. O tempo, o andamento da casa é de outra ordem desde outubro último. As rotinas são quebradas, o jogo de basquete assistido no final da noite, agora, disputa espaço com a última mamada da noite. Seja bem-vinda, minha filha! Vamos ler um livro?