terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Crônicas de um pai: aprender a andar

Crônicas de um pai: aprender a andar

(O tempo apaga nossas memórias e acabamos por enveredar por caminhos tortos)

Dia desses levávamos nossa filha ao parque. Desde que descobriu o escorregador a pequena Luíza está mais feliz. Eu, de maneira particular, estava ansioso. Confesso que sinto imensa alegria ao ver o sorriso em seu rosto ao escorregar. Todavia, nossa filha tinha outros planos. Ela sabia onde estava, sabia o que lhe aguardava, mas não tinha pressa. Antes do escorregador havia um gato, depois do gato havia uma flor, depois da flor, havia algo que ainda não sabia o que era. Luíza sabia que o escorregador a esperava, mas não tinha pressa, colhia o que havia pela frente.

(Dei-me conta de que andava rápido como quem não sabe ver o que há ao seu redor, ando esquecido demais)

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