terça-feira, 21 de novembro de 2017

Crônicas de um pai: o nascimento dos dentes

Crônicas de um pai: o nascimento dos dentes

Os dentes são um capítulo longo e cheio de contratempos e de febres, de choro sofrido e de dengo charmoso. Maria começou cedo, já no terceiro mês apareceram os primeiros sinais da dentição, infelizmente, alguns dentes anunciam anunciam e nada de se mostrarem. Os molares estão gritando, as gengivas incham e regridem ao sabor dos dias. Capítulo longo e difícil, sobretudo ao cair da noite quando receios de bebê levam nossa Maria a ficar chorosa e desejosa de colo e de cafuné.

(vai passar, meu amor! eu lhe prometo!)

domingo, 19 de novembro de 2017

Crônicas de um pai: as palavras

Crônicas de um pai: as palavras

Há tempos as longas frases de Maria Luíza chamavam a nossa atenção, a coleção de vogais e consoantes preenchiam o espaço de nossa casa. Nossa filha estava ali em seus exercícios de linguagem. Hoje, dia 19 de novembro, aos 13 meses (ou quase) de idade algo mudou de forma definitiva. Se nas últimas semanas éramos capazes de perceber que as frases guardavam e escondiam palavras, se nos dávamos conta que aqui e ali Maria Luíza parecia nos responder, agora junto aos longos períodos surgiram frases curtas e diretas. A capacidade de interação e de comunicação deu um salto de um dia para o outro. Nossa filha nos responde e atende ao nosso chamado. Ela nos pede que a ajudemos a ser a pequena Maria.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Crônicas de um pai: mamar

Crônicas de um pai: mamar

Houve um tempo em que Maria ficava aninhada no colo de sua mãe para mamar. Tranquila e serena nossa filha mamava e adormecia. Os pássaros que nos visitam e largam sementes em nosso quintal cochicharam algo junto ao ouvido de nossa filha sobre o que há além do nosso telhado, nunca mais Maria foi a mesma, agora, ela quer se sentar e mamar, escalar a sua mãe e mamar, girar o rosto para acompanhar o que há ao seu redor e, no mesmo movimento, mamar.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Crônicas de um pai: fazer de conta

Crônicas de um pai: fazer de conta

As brincadeiras são outras, agora. Os últimos dias revelaram o crescimento de Maria Luíza a partir de sua maneira de brincar. Acostumada a ver as vasilhas coloridas que lhe servem de prato para as suas refeições, habituada a receber colheradas em sua boca, Luíza aprendeu a repetir o gesto, aprendeu a usar os seus brinquedos em sua alimentação de faz de conta, aprendeu a levar à boca dos pais as suas colheradas imaginárias. Ela aprendeu e agora está a repetir. Eu a observo entre uma colherada e outra que sou chamado a saborear. Minha filha está agora em mundo no qual ela assume papel próprio e é a partir daí que nos chama para brincar. As brincadeiras mudaram de cor.

Crônicas de um pai: 1 ano de vida

Crônicas de um pai: 1 ano de vida

Chegou o dia, Maria Luíza chega ao seu primeiro aniversário. Estamos há dias a celebrar, nada mais justo e próprio. Nossa pequena bate palmas e percebe que ao seu redor estão a cantar, estão a lhe dizer que é tempo de alegrias.

A semana que passou, recordamos das horas que antecederam ao nascimento. Os exames sem fim, o ambiente hospitalar e a cadeira na qual eu repousava olhando para Vany e Luíza.

ps. em virtude de meus problemas de saúde as crônicas estão atrasadas. há casos, como a presente que foi redigida e ficou esquecida em meu celular. escritas pela manhã depois que deixo minha filha no berçário as crônicas são carregadas à noite, todavia, a febre me dobrou durante semanas, aos poucos recomeçamos.

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Crônicas de um pai: minha madrinha

Crônicas de um pai: minha madrinha

Sou dos dias em que madrinhas eram especiais em nossas vidas, minha madrinha era a irmã mais nova de minha mãe. Tão parecidas e tão lindas. Minha mãe partiu e minha filha descobre nos seus olhos de sua tia-avó a própria avó. Coisas de meninas.

Crônicas de um pai: O elefante Pingo

Crônicas de um pai: O Elefante Pingo

Os finais de semana nos deram a oportunidade de visitarmos pessoas queridas. Tia Lídia abriu as portas de sua casa e nos recebeu para celebrarmos o primeiro ano de vida de nossa filha. Sandra, Fábio, Giovana, Bianca e Fábio (noivo da Bianca) desdobraram-se, aprontaram os seus sorrisos lindos e nos abraçaram, abraçaram a pequena Maria, sobrinha-neta, prima e bebê pronto a celebrar.
Luíza manda dizer que o nome do Elefante será, tal como sugestão da Bianca, Pingo. Manda também dizer que o sorriso do seu noivo é cativante: "adoro sorrisos".

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Crônicas de um pai: A bolsa de Maria Luíza

Crônicas de um pai: A bolsa de Maria Luíza

Caixas e bolsas, mochilas e carteiras despertam a sua atenção. Os brinquedos no chão são menos do que a bolsa que está sobre a cadeira. Sentada tem tudo ao seu alcance, a bolsa distante a chama. O que a fascina parece ser o ato de guardar. Aos seus olhos, creio, está o fascínio da descoberta. 'O que há aqui?, 'o que é isso?'. Escala a cadeira e chama as bolsas para que venham brincar no chão. Lá fica ela, abre e retira o que encontra. Examina e leva à boca bebê, algumas vezes bate um objeto contra o outro como quem pergunta 'quem são vocês?'. Maria Luíza deve entender a linguagem de cada um deles e lhes oferece aquela atenção de quem sabe onde está, depois, constrói frases longas.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Crônicas de um pai: (dores)

Crônicas de um pai: (dores)

aprende-se sempre, a paternidade pede que se descubra o que está além do braço e do olhar a todo instante. as últimas semanas trouxeram o que com segurança é o mais difícil de se aprender: padecer. semanas longas de noites intermináveis, sofri os horrores de febre intermitente sem causa identificada, mediquei-me para a pressão alta e fui espetado um sem número de vezes. tudo quanto vivi - e vivo - pede que eu olhe para a minha família de forma diferente. não quero deixá-los, preciso me cuidar e descobrir o que me faz sentir dores e desconforto sem fim. voltar-se para a filha e sentir que lhe faltam forças e que está tonto de dor é sensação pavorosa. estou aqui a tentar, buscarei melhores dias.

beijo, vany!
beijo, luíza!